“Não sabemos quem foi. Ninguém ainda reivindicou a responsabilidade. O que sabemos é que possuem armas pesadas” , nota o missionário.. "Até agora a situação estava relativamente tranquila. Mantínhamos aberta a Escola, de Galabadja, e o Centro profissional, de Damala. Mas agora as pessoas têm mais medo; e nós com elas”.
Nos dois centros salesianos de Damala e Galabadja, bairros de Bangui, milhares de pessoas se refugiaram, obrigadas a deixar suas casas, em busca de um lugar seguro para dormir. Os Salesianos, além disso, estão também acolhendo centenas de crianças que ficaram órfãs ou separadas das suas famílias.
A República Centro-Africana está vivendo momentos muito delicados. Soma-se mais de um milhão os refugiados: desses; 500.000 crianças e adolescentes. Os pequenos são as principais vítimas da guerra. E segundo as Organizações Internacionais: pelo menos 6.000 deles são utilizados pelos grupos armados; e sete dentre 10 crianças, não frequentam a escola. Além disso, 80% das escolas foram destruídas.
O Hospital Dom Bosco, no qual colaboram os “Médicos Sem Fronteiras”, não para um minuto: todos os dias passam centenas de pessoas que foram atingidas por alguma bala ou mulheres que devem dar à luz.
Diante dessa realidade, a Procuradoria Missionária Salesiana, de Madri, pede à Comunidade Internacional mais empenho para cessar a violência na República Centro-Africana e mais segurança, para que os missionários salesianos possam continuar a sua obra de assistência à população.