CG 27: Inspetorias do Brasil são lembradas no evento

Quarta, 09 Abril 2014 11:36 Escrito por  InfoANS
CG 27: Inspetorias do Brasil são lembradas no evento InfoANS
  Neste ano a Inspetoria Salesiana de Campo Grande (BCG) está celebrando 120 anos de presença missionária e a inspetoria de Manaus-Amazônia (BMA) se prepara para celebrar os seus primeiros 100 anos de presença. Estas são as recorrências mais relevantes que envolvem essas duas inspetorias brasileiras e sobre elas falaram na quinta-feira, 3 de abril, numa boa-noite conjunta, os respectivos inspetores: padre Lauro Shinohara e padre Francisco Alves.   A presença missionária nessas regiões, que realizou os sonhos de Dom Bosco, foi também marcada pelo sangue: o padre João Fuchs e o padre Pedro Sacilotti foram mortos em 1934, quando tentavam aproximar-se dos Xavantes. Mais tarde, em 1976, o padre Rodolfo Lunkenbein e o índio Simão, Bororo, foram mortos em Merúri, no contexto da demarcação da reserva dos Bororos. Dom Luís Lasagna, padre João Bálzola, padre Antonio Colbachini, padre José Solári, o salesiano irmão, José Canuto, são apenas alguns nomes para rememorar a enorme lista dos tantos missionários que aportaram no Brasil.   O empenho missionário prioritário, além da evangelização, foi sempre o de promover a agricultura e o cuidado sanitário, coadjuvado pela educação nas escolas e nos centros de formação profissional.   Toda atividade sempre deu especial atenção à cultura local, como o comprovam instituições universitárias. Demonstram-no a publicação da Enciclopédia Bororo, as obras de sistematização das línguas Bororo e Xavante, a abertura do Centro de Documentação Indígena (CDI) e o Museu das Culturas Dom Bosco.   Foi mudando ao longo do tempo a tipologia de presença educativo-pastoral: no início trabalhava-se, sobretudo, nos centros missionários; hoje, com o aumento da população, que chega a mais de 20 mil entre Bororos e Xavantes e a multiplicação (cerca de 250) das vilas (indígenas), a missão educativo-evangelizadora se desenvolve através de serviço itinerante, que, para conviver por entre inúmeras dificuldades, exige grande habilitação ascética.   Não faltam desafios: uns ligados às despesas para sustentar todas as atividades; outros à presença insuficiente relativamente às necessidades – ainda que esteja crescendo o voluntariado juvenil, a capacidade organizativa e a co-responsabilidade dos leigos -  outros ainda ligados à globalização que vai impondo, a todo o mundo, consumismo, subjetivismo, hedonismo, que geram também violência, prostituição, drogas, alcoolismo.   Na Amazônia a presença salesiana tem colhido muitos frutos, como o crescimento das vocações autóctones e, em especial, as provenientes das 23 etnias presentes na região. Concentram-se agora esforços no Primeiro Anúncio a um grupo considerável de comunidades de indígenas ianomâmis, que habitam a fronteira Brasil-Venezuela.   “Mandai-nos irmãos salesianos, porque a colheita é grande, mas os operários são poucos” – concluíram os dois inspetores.   InfoANS
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  Neste ano a Inspetoria Salesiana de Campo Grande (BCG) está celebrando 120 anos de presença missionária e a inspetoria de Manaus-Amazônia (BMA) se prepara para celebrar os seus primeiros 100 anos de presença. Estas são as recorrências mais relevantes que envolvem essas duas inspetorias brasileiras e sobre elas falaram na quinta-feira, 3 de abril, numa boa-noite conjunta, os respectivos inspetores: padre Lauro Shinohara e padre Francisco Alves.   A presença missionária nessas regiões, que realizou os sonhos de Dom Bosco, foi também marcada pelo sangue: o padre João Fuchs e o padre Pedro Sacilotti foram mortos em 1934, quando tentavam aproximar-se dos Xavantes. Mais tarde, em 1976, o padre Rodolfo Lunkenbein e o índio Simão, Bororo, foram mortos em Merúri, no contexto da demarcação da reserva dos Bororos. Dom Luís Lasagna, padre João Bálzola, padre Antonio Colbachini, padre José Solári, o salesiano irmão, José Canuto, são apenas alguns nomes para rememorar a enorme lista dos tantos missionários que aportaram no Brasil.   O empenho missionário prioritário, além da evangelização, foi sempre o de promover a agricultura e o cuidado sanitário, coadjuvado pela educação nas escolas e nos centros de formação profissional.   Toda atividade sempre deu especial atenção à cultura local, como o comprovam instituições universitárias. Demonstram-no a publicação da Enciclopédia Bororo, as obras de sistematização das línguas Bororo e Xavante, a abertura do Centro de Documentação Indígena (CDI) e o Museu das Culturas Dom Bosco.   Foi mudando ao longo do tempo a tipologia de presença educativo-pastoral: no início trabalhava-se, sobretudo, nos centros missionários; hoje, com o aumento da população, que chega a mais de 20 mil entre Bororos e Xavantes e a multiplicação (cerca de 250) das vilas (indígenas), a missão educativo-evangelizadora se desenvolve através de serviço itinerante, que, para conviver por entre inúmeras dificuldades, exige grande habilitação ascética.   Não faltam desafios: uns ligados às despesas para sustentar todas as atividades; outros à presença insuficiente relativamente às necessidades – ainda que esteja crescendo o voluntariado juvenil, a capacidade organizativa e a co-responsabilidade dos leigos -  outros ainda ligados à globalização que vai impondo, a todo o mundo, consumismo, subjetivismo, hedonismo, que geram também violência, prostituição, drogas, alcoolismo.   Na Amazônia a presença salesiana tem colhido muitos frutos, como o crescimento das vocações autóctones e, em especial, as provenientes das 23 etnias presentes na região. Concentram-se agora esforços no Primeiro Anúncio a um grupo considerável de comunidades de indígenas ianomâmis, que habitam a fronteira Brasil-Venezuela.   “Mandai-nos irmãos salesianos, porque a colheita é grande, mas os operários são poucos” – concluíram os dois inspetores.   InfoANS
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