“Dentro de um só mês tivemos dois fortes ciclones monçônicos, sendo que o último foi extraordinariamente longo. As chuvas continuaram ininterruptamente, especialmente na capital, Honiara, e na ilha de Guadalcanal. As poucas notícias locais que recebemos do arcebispo de Honiara e das religiosas de Tetere ilustram a situação e a gravidade do momento.
A ambulância doada pelo embaixador Italiano, em Canberra, foi violentamente assolada enquanto procurava salvar várias famílias. Milagrosamente ninguém morreu; mas a ambulância ficou totalmente inutilizada.
A Igreja Paroquial de Tetere foi totalmente invadida pela água. Salvam-se ainda o hospital, a residência das irmãs e a escola, graças às barragens levantadas pelo trabalho dos voluntários. Várias pontes foram literalmente varridas. Tetere continua isolada de socorros.
Em Honiara as coisas estão ainda piores. A ponte que une ‘Holy Cross’ a ‘Chinatown’ foi levada juntamente com várias casas ao longo do rio. Certos, dois mortos. Pela ponte principal só pode passar um carro por vez: mas também as bases estão... cedendo. No Seminário e no centro de pastoral o alagamento chega a um metro de altura. Os seminaristas estão confinados nos únicos ambientes do segundo andar. A biblioteca também foi inundada.
É muito triste receber um chamado dentro da noite funda, a 350 km de distância, e não poder ajudar.
A Catedral e a colina de ‘Holy Cross’ (Santa Cruz), em Honiara, está repleta de desabrigados. Em Gizo e Malaita, a situação está mais tranquila. Mas a água é muita: falta eletricidade e vive-se com medo! Alguns voluntários conseguiram partir no início da tarde, mesmo que, de Tetere a Honiara, tudo estivesse alagado.
Agora também a pista internacional está momentaneamente fechada.
Estamos vivendo um verdadeiro momento de Via Sacra. E dizer que no dia 2 de abril acabamos de recordar a tragédia do terremoto-tsunâmi de sete anos atrás...”.
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