Na comunidade de formação, os salesianos estudam teologia, mas estão atentos ao que acontece em seu derredor, como o fato de que agora têm, perto, 80 jovens refugiados, chegados a Roma por causa de mil desventuras e depois de terem sobrevivido a uma gravissima calamidade marittima, que suscitou dor e perturbação em todo o mundo, e sobre a qual pesa ainda o grave juízo do Papa Francesco: “É uma vergonha!”
Os jovens estudantes de teologia não podiam, por isso, ficar apenas a olhar comodamente o que sucedia. Começaram por se aproximar lentamente dos refugiados, com simpatia, amizade, cordialidade. Por vezes na recreação aproximaram-se deles, ficaram com eles, fizeram sentir a sua proximidade e o seu apoio.
Sexta–feira, 20 de dezembro, organizaram uma tarde particular, com um torneio de futebol e um sucessivo momento de convivência que avizinhou ainda mais esses jovens já tão assemelhados, em sua maioria, por serem estrangeiros. O momento de festa foi uma ocasião para os jovens salesianos conversarem com os refugiados, cononhecê-los, e sobretudo ouvir não só as suas histórias e sofrimentos, mas também seus anseios e esperanças.
Um momento muito bom, caracterizado pela alegria e pela simplicidade. Uma circunstância que confirmou os jovens salesianos – que se estão formando para tornar-se sacerdotes à maneira de Dom Bosco – na sua finalidade de viver o dito do Fundador: “Por vós estudo, por vós trabalho, por vós estou disposto a dar a vida!”.
Serviu também para pôr em prática as exortações do Papa Francisco: “Pôr de lado a ansiedade e olhar nos olhos, ouvir os outros, renunciando às urgências para acompanhar quem ficou à margem do caminho” (Evangelii Gaudium 46) e: “Ser pastores cheirando a ovelhas”.
O Centro de acolhença Eta Beta faz parte do ’Sistema de Proteção para Pedintes Asilo e Refugiados’. A Equipe multidisciplinar que o anima garante acolhença integrada dos migrantes, atenção às necessidades materiais de primeira necessidade, apoio psicológico, orientação legal, suporte à integração socioeconômica – através de cursos profissionais e de alfabetização –, e acesso ao serviço sanitário nacional.
Fonte: ANS-Roma