Para não dizer que não falei das flores

Sexta, 11 Outubro 2024 16:07 Escrito por  SC Carlos R. Minozzi
Em 1968, o compositor Geraldo Vandré compunha a música que leva o mesmo nome utilizado hoje por mim nesta coluna e que causou muita polêmica e confusão. Mas não é esse o tema de nossa conversa desta vez. É que sempre que se aproxima a festa de Santa Teresinha do Menino Jesus (1º de outubro), nossa lembrança se volta para flores, mais exatamente para a mais bela delas, a rosa.

 

Não é para menos. Santa Teresinha afirmou que “depois de minha morte, farei cair uma chuva de rosas” e a tradição reza que, sempre que alguém pede uma graça a essa santinha, receber uma rosa de presente é um sinal antecipado de que a graça será concedida. Essa frase e tradição são ainda reforçadas pelas imagens de Santa Teresinha, que sempre tem nas mãos algumas rosas belíssimas.

Pois bem, as rosas estão presentes não só na vida da jovem santa, mas também nos sonhos do santo dos jovens, Dom Bosco. Como todos os sonhos dele, também esse demonstra uma preocupação com a juventude e com a manutenção de sua missão.

Conta Dom Bosco que, no sonho, era convidado por Nossa Senhora Auxiliadora a retirar seus sapatos e caminhar por um caramanchão forrado de rosas, o que muito lhe agradou, fazendo com que a ele se juntassem várias outras pessoas, entre leigos e clérigos. Ao iniciar a caminhada, porém, junto das rosas, encontravam-se os espinhos dos roseirais que lhe machucavam os pés, fazendo com que muitas daquelas pessoas se revoltassem com Dom Bosco, achando que tinham sido enganadas.

Outros, que olhavam de fora, achavam que para Dom Bosco tudo ia bem, posto que caminhava sobre rosas, não enxergando os espinhos que lhe feriam. Ao terminar a caminhada, após o caramanchão, encontraram-se, todos aqueles que haviam empreendido tão árdua missão, num belíssimo jardim, que, com uma brisa suave, curava todas suas feridas.

Nossa Senhora então aparece novamente e explica a Dom Bosco que todos aqueles que o acompanharam, mesmo os que ele não conhecia, eram pessoas que o seguiriam no exercício de sua missão junto à juventude.

E missão é outra coisa que une Dom Bosco e Santa Teresinha. Enquanto São João Bosco é um grande incentivador de missões que possam levar o carisma salesiano a toda parte onde a juventude necessitar de promoção, Santa Teresinha é reconhecida pela Igreja como padroeira das missões. Ambos os santos, contemporâneos que foram, são hoje símbolos de algo que o Documento de Aparecida vem nos convidar a ser: Discípulos e Missionários de Jesus Cristo.

Santa Teresinha do Menino Jesus é hoje para nós o grande exemplo de humildade e oração que se necessita para ser um missionário eficaz e Dom Bosco é o exemplo da grande atividade que deve reger a vida de quem se propõe a obter resultados em sua missão.

Sabendo rezar como Santa Teresinha e trabalhar como Dom Bosco, certamente atenderemos o convite do Documento de Aparecida, pois afinal, como diz a música do título, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer!”

 

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Para não dizer que não falei das flores

Sexta, 11 Outubro 2024 16:07 Escrito por  SC Carlos R. Minozzi
Em 1968, o compositor Geraldo Vandré compunha a música que leva o mesmo nome utilizado hoje por mim nesta coluna e que causou muita polêmica e confusão. Mas não é esse o tema de nossa conversa desta vez. É que sempre que se aproxima a festa de Santa Teresinha do Menino Jesus (1º de outubro), nossa lembrança se volta para flores, mais exatamente para a mais bela delas, a rosa.

 

Não é para menos. Santa Teresinha afirmou que “depois de minha morte, farei cair uma chuva de rosas” e a tradição reza que, sempre que alguém pede uma graça a essa santinha, receber uma rosa de presente é um sinal antecipado de que a graça será concedida. Essa frase e tradição são ainda reforçadas pelas imagens de Santa Teresinha, que sempre tem nas mãos algumas rosas belíssimas.

Pois bem, as rosas estão presentes não só na vida da jovem santa, mas também nos sonhos do santo dos jovens, Dom Bosco. Como todos os sonhos dele, também esse demonstra uma preocupação com a juventude e com a manutenção de sua missão.

Conta Dom Bosco que, no sonho, era convidado por Nossa Senhora Auxiliadora a retirar seus sapatos e caminhar por um caramanchão forrado de rosas, o que muito lhe agradou, fazendo com que a ele se juntassem várias outras pessoas, entre leigos e clérigos. Ao iniciar a caminhada, porém, junto das rosas, encontravam-se os espinhos dos roseirais que lhe machucavam os pés, fazendo com que muitas daquelas pessoas se revoltassem com Dom Bosco, achando que tinham sido enganadas.

Outros, que olhavam de fora, achavam que para Dom Bosco tudo ia bem, posto que caminhava sobre rosas, não enxergando os espinhos que lhe feriam. Ao terminar a caminhada, após o caramanchão, encontraram-se, todos aqueles que haviam empreendido tão árdua missão, num belíssimo jardim, que, com uma brisa suave, curava todas suas feridas.

Nossa Senhora então aparece novamente e explica a Dom Bosco que todos aqueles que o acompanharam, mesmo os que ele não conhecia, eram pessoas que o seguiriam no exercício de sua missão junto à juventude.

E missão é outra coisa que une Dom Bosco e Santa Teresinha. Enquanto São João Bosco é um grande incentivador de missões que possam levar o carisma salesiano a toda parte onde a juventude necessitar de promoção, Santa Teresinha é reconhecida pela Igreja como padroeira das missões. Ambos os santos, contemporâneos que foram, são hoje símbolos de algo que o Documento de Aparecida vem nos convidar a ser: Discípulos e Missionários de Jesus Cristo.

Santa Teresinha do Menino Jesus é hoje para nós o grande exemplo de humildade e oração que se necessita para ser um missionário eficaz e Dom Bosco é o exemplo da grande atividade que deve reger a vida de quem se propõe a obter resultados em sua missão.

Sabendo rezar como Santa Teresinha e trabalhar como Dom Bosco, certamente atenderemos o convite do Documento de Aparecida, pois afinal, como diz a música do título, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer!”

 

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