O reitor do Santuário do Santuário de Aparecida, padre Carlos Eduardo Catalfo, antes da procissão de entrada, saudou os bispos do Brasil acolhendo-os na “Casa da Palavra, Casa dos Pobres, Casa da Eucaristia e Casa da Vida” para o encontro que vai marcar a celebração dos 70 anos da CNBB.
O arcebispo de Belo Horizonte, MG, e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidiu a missa concelebrada pelos membros da presidência da entidade e pelos bispos que integram o Conselho Episcopal Pastoral, o Consep. Os franciscanos da província da Imaculada Conceição do Brasil (OFM) também participaram da celebração que enalteceu também bicentenário de morte de Frei Galvão.
No último domingo do Mês Vocacional, data em que a Igreja no Brasil celebra o Dia do Catequista, a assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Mariana Venâncio, foi convidada a fazer a primeira leitura da missa representando os catequistas do Brasil. Ela disse sentir-se honrada por representar, na celebração junto aos pastores, os catequistas e as catequistas do Brasil neste dia.
“É grande a responsabilidade porque sei que trago comigo muitos rostos, identidades, histórias, esforços, alegrias e desafios. Ao ouvir a Palavra de Deus com a Assembleia dos Bispos, rezo pedindo que ela continue sendo fonte de unidade e sinodalidade para a Igreja e que ela inspire e anime da maneira renovada a cada pessoa que se põe a serviço da Catequese”, disse.
“Viemos para uma experiência de comunhão”
O presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, saudou a todos congregados na casa da Mãe Aparecida, o arcebispo de Aparecida, SP, dom Orlando Brandes, aos redentoristas e aos franciscanos pela ocasião dos 200 anos do nascimento de Santo Antônio Galvão. Saudou fieis presentes no santuário e aos que acompanharam a celebração pela TV Aparecida e redes sociais do santuário e da CNBB.
Dom Walmor lembrou da ocasião em que a Igreja volta o seu olhar para os catequistas de todo o Brasil e pediu um aplauso de gratidão a eles e elas. “Os catequistas no Brasil são uma grande multidão. Por isso, merecem nosso apreço por seu ministério. Gente de fé cuidando da fé de muita gente”, disse. De acordo com o presidente da CNBB, os catequistas são uma multidão admirável que precisa se multiplicar frente ao desafio enorme de aproximar as pessoas de Cristo.
Ao dirigir-se aos bispos, assessores e ao povo de Deus, o presidente da CNBB lembrou dos anos que os bispos foram impedidos, em razão da pandemia, de congregar-se em Assembleia de forma presencial. “Estamos aqui pela graça de Deus”, disse. Sobre a 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o arcebispo disse que os corações dos bispos não são corações que participam de uma convenção, mas de servidores e peregrinos do povo de Deus. “Estamos aqui com coração de discípulos missionários”, disse.
Dom Walmor disse que os bispos brasileiros trazem em seu coração uma tarja de luto pelas muitas vítimas em razão da Covid-19, da violência e dos milhões de brasileiros que vivem em condição de insegurança alimentar. Por outro lado, o presidente da CNBB disse que a etapa presencial da 59ª AG CNBB é um espaço de alegria para curar os corações dos bispos do Brasil e voltar à casa da Mãe Aparecida. “Temos motivos para nos alegrar apesar de nossos corações feridos, nossos pés cansados e em nossas mãos fatigadas’, disse.
O presidente da CNBB disse ser agradável o encontro dos irmãos no episcopado e ressaltou que os bispos não vieram à Aparecida para realizar uma convenção, mas para realizar uma experiência de comunhão.
“Que esse caminho seja fecundo. Estamos aqui para uma experiência bonita para fortalecer o que é mais importante da experiência episcopal dos bispos do Brasil: “a comunhão’. Viemos para fortalecer a nossa comunhão de modo que as nossas diferenças se tornem riqueza, nossos modos de ver diferentes se tornem consenso eclesial e que possamos servir melhor o povo amado de Deus”, disse.