FMA: 150º aniversário de comunhão e sinodalidade

Quarta, 08 Junho 2022 15:20 Escrito por  Agência Info Salesiana
O cardeal vigário Angelo De Donatis presidiu a celebração eucarística pelo 150º aniversário de fundação das Irmãs Missionárias Combonianas e das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). A cerimônia ocorreu em 3 de junho, na Basílica de São João de Latrão, de Roma, Itália.


A celebração contou com a presença da superiora geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, madre Chiara Cazzuola, e seu conselho; da irmã Yvonne Reungoat, madre geral emérita e presidente da União das Superioras Maiores da Itália (USMI), da inspetora da Inspetoria São João Bosco (IRO), irmã Gabriella Garofoli, e conselho inspetorial; além das diretoras das comunidades de Roma; da vice-presidente da Confederação Mundial das Ex-alunas e Ex-alunos das FMA (EXA-FMA), Olivia Furlan, e outras FMAs e noviças das comunidades de Roma.

Também participaram a madre geral das Irmãs Combonianas, irmã Luigina Coccia, e seu conselho, algumas religiosas das comunidades de Roma e alguns membros do Capítulo Geral dos Missionários Combonianos, em andamento.

O superior da Visitadoria Maria Sede da Sabedoria dos Salesianos, padre Maria Arokiam Kanaga, representou o Reitor-mor da Congregação Salesiana, padre Ángel Fernández Artime.

Profunda amizade

O cardeal Angelo começou sua homilia retomando as palavras do Salmo Responsorial - "Bendize o Senhor, ó minha alma" (Sl 103) e destacou o vínculo de profunda estima e amizade que ligava Dom Bosco e o padre Daniel Comboni, fundador das Irmas Combonianas:

"Seus carismas a vós transmitidos são como duas línguas de fogo do Espírito Santo penetrando-vos os corações e acalentando-vos o anseio pastoral e missionário. Agora, do céu, os dois santos podem se alegrar por ver suas filhas espirituais compartilhando da alegria do caminho já percorrido e, mais: ansiosas por seguir adiante com o mesmo ardor, unidas pela mesma estima e amizade.

"Meu desejo é que vocês continuem em seu compromisso, enriquecendo a Igreja de Roma com suas energias, seus dons e também se deixando enriquecer pela vida desta igreja local que tem o Papa como seu bispo", conclui o cardeal de Donatis.

Após a bênção do cardeal, as duas madres gerais dirigiram uma saudação à assembleia:

"São João Bosco e São Daniel Comboni se encontraram mais de uma vez. Pela correspondência se pode notar que havia entre eles uma bela e íntima amizade. Em 1864, Comboni se hospedou no Oratório de São Francisco de Sales e se encontrou com Dom Bosco e seus jovens. Sabemos que, nessa época, Comboni inflamou tanto os salesianos quanto os jovens por seu espírito missionário (cf. MB VIII 825-826). Deduz-se isso da única carta de Comboni a Dom Bosco, datada de 3 de julho de 1870:

 

Venho fazer-lhe uma pergunta, que requer uma resposta o mais rápido possível. O senhor estaria disposto a reunir dois ou três jovens sacerdotes e quatro ou cinco de seus talentosos artesãos e catequistas, para que me acompanhem ao meu instituto masculino no Cairo do Egito? Estes fariam parte do meu instituto sob minha jurisdição e eu cuidaria de tudo: viagens, alimentação, vestuário, ensino de idiomas... Ao mesmo tempo eu daria a eles uma autonomia adequada, para que, com o tempo, ajudados e orientados por outros de seu instituto de Turim, meu instituto do Cairo os levasse ao ponto de poder dirigir uma missão especial na Nigéria Central, a ser confiada exclusivamente ao Instituto Dom Bosco de Turim.

O carisma de Dom Bosco na África Central

 

É claro que São Daniel Comboni também queria que o carisma de Dom Bosco chegasse ao coração da África Central. Sabemos que na época, Dom Bosco não pôde dar uma resposta positiva ao pedido de Comboni, também porque ainda não havia obtido a aprovação das constituições da Santa Sé. Mas, depois de 150 anos, se considerarmos as inúmeras presenças que expressam o carisma salesiano, sejam femininas ou masculinas, hoje, na África, missão tão cara a São Daniel Comboni, estamos certos de que Dom Bosco, com sua cofundadora Santa Maria Domingas Mazzarello, está respondendo o convite com generosidade.

Desde o início, nossos institutos vivem a comunhão dos carismas. Nossos fundadores nos testemunharam que, na Igreja, ou estamos em comunhão ou não estamos na missão da Igreja. Hoje, celebramos com gratidão nossos santos fundadores, grandes profetas de coração aberto para o mundo, para a missão universal da Igreja. Seu carisma missionário continua vibrando há 150 anos no coração de nossas comunidades e continua a infectar muitos e muitos jovens, leigos e leigas a compartilhar a missão ‘ad gentes’ e ‘inter gentes’.

Sonhos missionários

O que nos diz o encontro de nossos santos fundadores hoje?

Antes de tudo, convida-nos a não termos medo de cultivar juntos grandes sonhos missionários.

"Na celebração deste grande Jubileu, queremos fortalecer nossa bela fraternidade e nos colocarmos, juntos, à escuta do grito da humanidade, dos jovens, dos pobres, das mulheres, da Terra.

Podemos, juntos e em rede com outras famílias religiosas e com outras instituições, fazer escolhas evangélicas corajosas, na perspectiva da ecologia integral, para sonharmos juntos novas missões, recomeçando e continuando a construir aquele sonho, em que os nossos santos fundadores acreditaram e que a nós nos confiaram.

Na véspera da Solenidade de Pentecostes, invoquemos juntos, com Maria, a Virgem do Cenáculo e Guia materna de nossos institutos, o Dom do Espírito Santo, para que continue a doar à Igreja os carismas necessários para a santidade do povo de Deus e a construção do Reino de paz e fraternidade universal".


Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Quarta, 08 Junho 2022 16:23

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FMA: 150º aniversário de comunhão e sinodalidade

Quarta, 08 Junho 2022 15:20 Escrito por  Agência Info Salesiana
O cardeal vigário Angelo De Donatis presidiu a celebração eucarística pelo 150º aniversário de fundação das Irmãs Missionárias Combonianas e das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). A cerimônia ocorreu em 3 de junho, na Basílica de São João de Latrão, de Roma, Itália.


A celebração contou com a presença da superiora geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, madre Chiara Cazzuola, e seu conselho; da irmã Yvonne Reungoat, madre geral emérita e presidente da União das Superioras Maiores da Itália (USMI), da inspetora da Inspetoria São João Bosco (IRO), irmã Gabriella Garofoli, e conselho inspetorial; além das diretoras das comunidades de Roma; da vice-presidente da Confederação Mundial das Ex-alunas e Ex-alunos das FMA (EXA-FMA), Olivia Furlan, e outras FMAs e noviças das comunidades de Roma.

Também participaram a madre geral das Irmãs Combonianas, irmã Luigina Coccia, e seu conselho, algumas religiosas das comunidades de Roma e alguns membros do Capítulo Geral dos Missionários Combonianos, em andamento.

O superior da Visitadoria Maria Sede da Sabedoria dos Salesianos, padre Maria Arokiam Kanaga, representou o Reitor-mor da Congregação Salesiana, padre Ángel Fernández Artime.

Profunda amizade

O cardeal Angelo começou sua homilia retomando as palavras do Salmo Responsorial - "Bendize o Senhor, ó minha alma" (Sl 103) e destacou o vínculo de profunda estima e amizade que ligava Dom Bosco e o padre Daniel Comboni, fundador das Irmas Combonianas:

"Seus carismas a vós transmitidos são como duas línguas de fogo do Espírito Santo penetrando-vos os corações e acalentando-vos o anseio pastoral e missionário. Agora, do céu, os dois santos podem se alegrar por ver suas filhas espirituais compartilhando da alegria do caminho já percorrido e, mais: ansiosas por seguir adiante com o mesmo ardor, unidas pela mesma estima e amizade.

"Meu desejo é que vocês continuem em seu compromisso, enriquecendo a Igreja de Roma com suas energias, seus dons e também se deixando enriquecer pela vida desta igreja local que tem o Papa como seu bispo", conclui o cardeal de Donatis.

Após a bênção do cardeal, as duas madres gerais dirigiram uma saudação à assembleia:

"São João Bosco e São Daniel Comboni se encontraram mais de uma vez. Pela correspondência se pode notar que havia entre eles uma bela e íntima amizade. Em 1864, Comboni se hospedou no Oratório de São Francisco de Sales e se encontrou com Dom Bosco e seus jovens. Sabemos que, nessa época, Comboni inflamou tanto os salesianos quanto os jovens por seu espírito missionário (cf. MB VIII 825-826). Deduz-se isso da única carta de Comboni a Dom Bosco, datada de 3 de julho de 1870:

 

Venho fazer-lhe uma pergunta, que requer uma resposta o mais rápido possível. O senhor estaria disposto a reunir dois ou três jovens sacerdotes e quatro ou cinco de seus talentosos artesãos e catequistas, para que me acompanhem ao meu instituto masculino no Cairo do Egito? Estes fariam parte do meu instituto sob minha jurisdição e eu cuidaria de tudo: viagens, alimentação, vestuário, ensino de idiomas... Ao mesmo tempo eu daria a eles uma autonomia adequada, para que, com o tempo, ajudados e orientados por outros de seu instituto de Turim, meu instituto do Cairo os levasse ao ponto de poder dirigir uma missão especial na Nigéria Central, a ser confiada exclusivamente ao Instituto Dom Bosco de Turim.

O carisma de Dom Bosco na África Central

 

É claro que São Daniel Comboni também queria que o carisma de Dom Bosco chegasse ao coração da África Central. Sabemos que na época, Dom Bosco não pôde dar uma resposta positiva ao pedido de Comboni, também porque ainda não havia obtido a aprovação das constituições da Santa Sé. Mas, depois de 150 anos, se considerarmos as inúmeras presenças que expressam o carisma salesiano, sejam femininas ou masculinas, hoje, na África, missão tão cara a São Daniel Comboni, estamos certos de que Dom Bosco, com sua cofundadora Santa Maria Domingas Mazzarello, está respondendo o convite com generosidade.

Desde o início, nossos institutos vivem a comunhão dos carismas. Nossos fundadores nos testemunharam que, na Igreja, ou estamos em comunhão ou não estamos na missão da Igreja. Hoje, celebramos com gratidão nossos santos fundadores, grandes profetas de coração aberto para o mundo, para a missão universal da Igreja. Seu carisma missionário continua vibrando há 150 anos no coração de nossas comunidades e continua a infectar muitos e muitos jovens, leigos e leigas a compartilhar a missão ‘ad gentes’ e ‘inter gentes’.

Sonhos missionários

O que nos diz o encontro de nossos santos fundadores hoje?

Antes de tudo, convida-nos a não termos medo de cultivar juntos grandes sonhos missionários.

"Na celebração deste grande Jubileu, queremos fortalecer nossa bela fraternidade e nos colocarmos, juntos, à escuta do grito da humanidade, dos jovens, dos pobres, das mulheres, da Terra.

Podemos, juntos e em rede com outras famílias religiosas e com outras instituições, fazer escolhas evangélicas corajosas, na perspectiva da ecologia integral, para sonharmos juntos novas missões, recomeçando e continuando a construir aquele sonho, em que os nossos santos fundadores acreditaram e que a nós nos confiaram.

Na véspera da Solenidade de Pentecostes, invoquemos juntos, com Maria, a Virgem do Cenáculo e Guia materna de nossos institutos, o Dom do Espírito Santo, para que continue a doar à Igreja os carismas necessários para a santidade do povo de Deus e a construção do Reino de paz e fraternidade universal".


Fonte: Agência Info Salesiana

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