Os protagonistas dessa iniciativa são jovens economistas e empresários de todo o mundo. O evento seria realizado de 26 a 28 de março de 2020, em Assis, mas devido à Covid-19 foi adiada para o próximo mês de novembro. Por isso, os organizadores do evento informaram mais detalhes na sala de imprensa da Santa Sé, em 27 de outubro, em uma apresentação que foi realizada sem a presença física de jornalistas devido ao aumento das infecções da Covid-19, na Itália.
Em sua intervenção, o diretor científico de “A Economia de Francisco”, Luigino Bruni, destacou que se trata de “um evento que traz esperança” porque criou “um amplo movimento de jovens economistas e empreendedores no mundo” já que os participantes trabalharam durante esses nove meses nos 12 eixos temáticos.
“O resultado de ‘A Economia de Francisco' são jovens comprometidos com uma nova economia, no auge dos novos tempos” porque “uma economia 'verde' não basta... precisamos da inclusão dos pobres, do protagonismo dos jovens, do cultivo da vida interior”, indicou o professor Bruni.
Por sua vez, uma das organizadoras do evento, irmã Alessandra Smerilli, FMA, destacou que “A Economia de Francisco” significa “jovens, esperança e concretude” porque “não se trata de convidar os jovens a difundir uma mensagem, mas de lhes pedir que ajudem a construí-la”.
Semerilli descreveu que os dois mil jovens trabalharam em 12 eixos temáticos coordenados por um membro júnior e um sênior junto com dez colaboradores internacionais com experiência nas áreas de economia.
Entre os temas abordados, irmã Alessandra destacou que em muitas equipes de trabalho surge a importância “da revalorização do cuidado dentro da sociedade e da economia, como chave para moldar o futuro, juntamente com a necessidade de um olhar mais feminino e de uma maior participação das mulheres por uma economia e finanças mais inclusivas”.
“Os jovens como convidados estão se tornando protagonistas, demonstrando um sentido de responsabilidade, ideias inovadoras, capacidade de diálogo que se estende pelos cinco continentes: são um 'presente' (e não apenas um futuro) que deve ser ouvido. Graças ao Papa Francisco tiveram e estão tendo espaços de escuta, graças a São Francisco eles encontram inspiração para mudar a economia atual e dar alma à economia do futuro”, advertiu.
Nesta linha, a religiosa destacou que na atual crise provocada pela Covid-19 “os jovens entendem que ninguém se salva sozinho” e acrescentou que “têm clareza de que é preciso trabalhar juntos para responder ao que está acontecendo”.
Da mesma forma, o diretor da assessoria de imprensa do Santo Convento de Assis e responsável pela comunicação de "A Economia de Francisco", padre Enzo Fortunato, disse que há dois mil jovens inscritos de cerca de 120 países que vão participar em pelo menos 12 conferências.
Padre Fortunato explicou que os inscritos poderão interagir com os relatores e que os jornalistas poderão entrevistar os relatores e os jovens.
O local principal será a Basílica de São Francisco de Assis, que estará conectada com cinco outros lugares significativos para a vida do santo: o Santuário de Rivotorto, a Igreja de São Damião, a Basílica de Santa Clara, o Santuário do Despojamento e o Palácio Monte Frumentario.
Entre os conferencistas estará o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus.
Para mais informações: http://www.francescoeconomy.org
Fonte: ACI Digital
