“Semeador de paz e de esperança” é o lema escolhido pelo Papa para a sua passagem a Madagascar – a grande Ilha Vermelha.
“O nosso desejo é que o Santo Padre possa reavivar a esperança no coração dos malgaxes: faz muito que buscam mudar a sociedade e não conseguem e, ao mesmo tempo, possa trazer a paz a uma sociedade intensamente dividida também no interior das famílias, das vilas, da sociedade”, comentou o prelado salesiano dom Rosário Vella, nomeado, em julho, bispo de Moramanga, depois de 12 anos como titular de Ambanja.
O salesiano, há quase 40 anos em Madagascar, referiu à Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” a grande emoção pela visita do Pontífice à Ilha, onde a Igreja Católica, embora minoritária, representa um apoio indispensável para toda a população.
“Se o povo precisa fazer curativo, explicou dom Vella, vem aos nossos dispensários; enquanto os pais mandam, com confiança, os seus filhos às escolas que alevantamos também nas vilas mais remotas. Além disso, cada paróquia orienta projetos ligados à agricultura ou programas de assistência sanitária, de que todos se beneficiam. Aqui a Igreja Católica sempre foi, para todos, o único ponto de referência”.
Embora rico de recursos, Madagascar é um dos países mais pobres do mundo. Quase a metade das crianças estão desnutridas. A taxa do analfabetismo chega a 31%. Somente 15% da população tem acesso à energia elétrica.
Em sua videomensagem em vista da sua viagem, o Papa Francisco encoraja a população madagascarense, dizendo:
« O vosso país é famoso por suas belezas naturais, e por elas dizemos: «Laudato Si’!». É nosso dever cuidar dele solicitamente. Mas há outra beleza que está ainda mais a peito do Senhor Jesus: a do Seu povo, isto é, a vossa santificação! Irei por isso para confirmar-vos na Fé e para, ao mesmo tempo, impregnar-me dela! ».