Lições de um bispo

Quarta, 25 Abril 2012 18:54 Escrito por  Pe. Raimundo Ricardo Sobrinho, SDB
Lições de um bispo Dom Lustosa com os noviços de 1964, em Carpina Fotos: Arquivo Insp. Salesiana do Nordeste
Em seus primeiros anos de sacerdócio, o padre salesiano Raimundo Ricardo Sobrinho conviveu com dom Antonio de Almeida Lustosa em Carpina, PE. "Convivi com dom Antonio de Almeida Lustosa, em Carpina, PE, nos anos primeiros do meu sacerdócio. Venho trazendo dele, pela vida afora, a recordação de muitas e preciosas lições. Acreditando que seus exemplos de vida possam edificar muitos leitores do nosso Boletim Salesiano, resolvi escrever algo daquilo que vi e ouvi desse homem de Deus nos inícios do meu sacerdócio."  

 

No desempenho de responsabilidades que me foram confiadas na vida da inspetoria e por ocasião da abertura do processo de beatificação e canonização de dom Antonio de Almeida Lustosa (aberto em Fortaleza, em 14 de agosto de 1993), estive bem ligado à figura desse fiel Salesiano de Dom Bosco e, lembro-me, logo depois, colaborei na elaboração de alguns folhetos onde se registram datas de sua vida e missão.
Acresce dizer, no entanto, que, nas informações escritas em livros e folhetos, muito se fala da sua vida e do seu testemunho de santidade: quem ele foi, o que disse e o que fez! Nós da geração que o conheceu vamos passando, e o que vimos e ouvimos poderá perder-se no esquecimento, quando melhor seria que tais informações edificantes seguissem com outros fazendo os mesmos passos, e nós de hoje nos comprometêssemos a distribuí-las, como herança, aos que virão depois de nós.

Há pessoas que vêm e passam por este mundo o tempo suficiente para deixar saudade. Isso se diz daqueles que poucos anos viveram aqui na terra, mas em pouco tempo muito fizeram de bom e de bem para a felicidade dos outros ao ponto de sua passagem marcar profundamente a humanidade. Dom Lustosa foi uma dessas pessoas. Compreendeu não só, mas viveu com perfeição o conselho de Paulo apóstolo: ”Portanto, enquanto temos tempo, trabalhemos para o bem de todos ...” (Gl 6,10) e alguém ­­– no dizer de alguns o místico São João da Cruz – teria acrescentado: “Porque na tarde de nossa vida seremos julgados sobre o amor”.

Foi, bem sabemos, o amor o grande movente da vida e ação desse bom pastor. Outro não pode ser o caminho que vai levá-lo ao altar. Foi ele um bispo pobre, simples, sem as vaidades e pretensões da dignidade cultuada. Assim, este Salesiano de Dom Bosco é lembrado por todos aqueles que o conheceram e com ele conviveram nas casas salesianas e nas dioceses por onde passou e trabalhou com exemplar dedicação e amor às pessoas. Há muitos fatos que comprovam isso. Um exemplo: após uma campanha de arrecadação de objetos para os pobres, foi visto, de joelhos no chão, experimentando sapatos nos pés de um por um de longa fila de pessoas necessitadas.

 

Escritos

Dom Lustosa viveu com extraordinário zelo pastoral em seus 38 anos de ministério episcopal entre o povo de Deus nas dioceses de Uberaba, MG; Corumbá, MS; Belém, PA; e Fortaleza, CE, com impecável fidelidade às orientações da Igreja e exigências do múnus episcopal. Foi também escritor de rica e fértil imaginação. A quem começasse a ler um livro seu, significava não suspender sua leitura enquanto não terminasse. Entre suas obras estão: Abraçando a Cruz, Solilóquios infantis, Notas a Lápis, Terra Martirizada, Seca do Ceará, Meu Livro Inseparável, Filosofia de Zé Peregrino e outros tantos. Admira--nos saber que seus livros, mais do que da cabeça, lhe nasciam do seu coração de pastor zeloso, preocupado com o sofrido rebanho a ele confiado: eram escritos à noite, em horas de insônia ou sob o peso do cansaço, e seu objetivo era angariar fundos para manter os estudos dos seminaristas pobres ou ainda socorrer os famintos das prolongadas secas cearenses.

Em Carpina

A partir do dia 29 de maio de 1963, Dom Lustosa, vindo de Fortaleza na qualidade de arcebispo emérito, se estabeleceu no Aspirantado Salesiano, em Carpina, PE. Foi ele muito bem recebido pelos seminaristas e pelo povo em geral. Todos nos alegramos com sua presença. Nos primeiros anos do meu sacerdócio, trabalhando com os seminaristas salesianos de Carpina, muito aprendi de sua presença diária, convivência de que recordo com gratidão a Deus e de que muito me orgulho. Não antecipamos julgamentos, mas podemos dizer que havíamos acolhido um santo em nossa casa. Dom Lustosa era confessor e preenchia o precioso tempo de que dispunha estudando, escrevendo, rezando, celebrando a Eucaristia e atendendo a quem a ele se dirigisse para buscar em sua palavra o acompanhamento espiritual. Também era uma viva presença no meio dos aspirantes: boas-noites, conferências, caminhadas nos pátios à hora dos recreios etc., era tudo isso um serviço prestado por ele à comunidade, e suas caminhadas pelos pórticos consistiam em uma presença pedagógica e educativa.


Lembro-me de uma cena, para mim uma eloquente lição de pobreza: dos bispos da Alemanha, que muito o ajudaram quando arcebispo em Fortaleza, recebeu ele um carro, um “Fusquinha” para as suas andanças devido ao seu estado de saúde. Era diretor da Casa o padre Tiago Gallo, que lhe passou a chave do carro. A cena se deu no pórtico mesmo. Dom Lustosa com uma mão recebeu a chave e com a outra, no mesmo instante, a devolveu ao padre Tiago, dizendo: “Disponha dele. É para o uso da casa”.

Era um homem sensível e culto. Quem quer que tenha folheado Notas a Lápis saberá que Dom Lustosa era um profundo conhecedor e pesquisador da Botânica. Na hora dos recreios ele passeava com alguns seminaristas pelo jardim e pelo pátio explicando plantas e flores e dando, inclusive, o nome científico de cada uma e sua classificação no reino vegetal. Eram encontros formativos, pois sabia incutir respeito à natureza e de tudo tirar lições de vida. Ensinou ele as verdadeiras lições do Evangelho. É servindo-se das coisas pequeninas que Deus rea­liza os grandes feitos reveladores de sua sabedoria.
 

 

Santo e sábio
Avançado em anos, com uma saúde já bastante fragilizada, corpo franzino, Dom Lustosa foi surpreendido por um acidente que o forçou a dizer um “sim” longo e muito sofrido sobre uma cadeira de rodas, por anos, até o fim de sua vida terrena. Não se rendeu, porém, nem reclamou. Estudava, escrevia, celebrava a Eucaristia, acolhia as pessoas que o procuravam para o sacramento da reconciliação, rezava sempre... Essas foram as estações de sua longa “via sacra” até a hora de Deus, que se fez sua hora: no dia 14 de agosto de 1974, santamente vividos 88 anos.
Ao visitar o seu túmulo na Catedral de Fortaleza, em 1980, o papa João Paulo II consagrou a voz do povo: “Dom Lustosa, um bispo santo e sábio!”. Esta a grande e preciosa herança que recebemos de Dom Lustosa. Cabe a nós, herdeiros de sua missão, acolher e viver sua mensagem de vida e esperança: “Abre teus olhos à luz da fé, para saberes apoiar o dom de Deus a quem devemos eterna gratidão”.

 

Quem foi Dom Lustosa

Dom Antonio de Almeida Lustosa (1886-1974) foi um dos salesianos mais importantes na implantação e difusão do carisma de Dom Bosco no Brasil. Após ter sido diretor em Lavrinhas, foi eleito, aos 39 anos, bispo de Uberaba, MG. Depois foi transferido à diocese de Corumbá, MS, e sucessivamente às arquidioceses de Belém, PA, e Fortaleza, CE. Dom Lustosa viveu intensamente o “Da mihi animas” de Dom Bosco. Percebeu que a primeira evangelização consiste em dar novamente dignidade às pessoas e às famílias mais pobres. Por isso é considerado o “bispo da justiça social”. Em 1963, após 38 anos de episcopado, ele se retirou à Casa Salesiana de Carpina, onde transcorreram os últimos 15 anos de sua vida. Morreu em 14 de agosto de 1974, e seus restos mortais repousam na catedral de Fortaleza. Em 1993, a Arquidiocese de Fortaleza abriu o processo para sua canonização. Em 2008, foi entregue à Congregação das Causas dos Santos, em Roma, o “positivo”, ou seja, o dossiê que, com base no inquérito diocesano, demonstra a heroicidade da vida e das virtudes, bem como a fama de santidade, do servo de Deus.
 

Centenário de ordenação sacerdotal

A Catedral Metropolitana de Fortaleza comemorou, dia 28 de janeiro, o centenário de ordenação sacerdotal do primeiro arcebispo da capital cearense, dom Antonio de Almeida Lustosa. Na programação da catedral, houve uma exposição das obras literárias e eclesiásticas, representando o memorial do religioso. O bispo auxiliar de Fortaleza, dom José Luiz Ferreira Salles, presidiu a missa, que foi concelebrada pelo bispo emérito de Limoeiro do Norte, dom Edmilson da Cruz, e, representando os Salesianos de Dom Bosco, padre Gilberto Silva. A celebração foi animada pelo coral do Colégio Dom Bosco. Após o ato religioso foi visitada a campa de Dom Antonio situada no cemitério da ressuscitação na Catedral. 

Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

 

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Última modificação em Quinta, 28 Agosto 2014 18:18

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Lições de um bispo

Quarta, 25 Abril 2012 18:54 Escrito por  Pe. Raimundo Ricardo Sobrinho, SDB
Lições de um bispo Dom Lustosa com os noviços de 1964, em Carpina Fotos: Arquivo Insp. Salesiana do Nordeste
Em seus primeiros anos de sacerdócio, o padre salesiano Raimundo Ricardo Sobrinho conviveu com dom Antonio de Almeida Lustosa em Carpina, PE. "Convivi com dom Antonio de Almeida Lustosa, em Carpina, PE, nos anos primeiros do meu sacerdócio. Venho trazendo dele, pela vida afora, a recordação de muitas e preciosas lições. Acreditando que seus exemplos de vida possam edificar muitos leitores do nosso Boletim Salesiano, resolvi escrever algo daquilo que vi e ouvi desse homem de Deus nos inícios do meu sacerdócio."  

 

No desempenho de responsabilidades que me foram confiadas na vida da inspetoria e por ocasião da abertura do processo de beatificação e canonização de dom Antonio de Almeida Lustosa (aberto em Fortaleza, em 14 de agosto de 1993), estive bem ligado à figura desse fiel Salesiano de Dom Bosco e, lembro-me, logo depois, colaborei na elaboração de alguns folhetos onde se registram datas de sua vida e missão.
Acresce dizer, no entanto, que, nas informações escritas em livros e folhetos, muito se fala da sua vida e do seu testemunho de santidade: quem ele foi, o que disse e o que fez! Nós da geração que o conheceu vamos passando, e o que vimos e ouvimos poderá perder-se no esquecimento, quando melhor seria que tais informações edificantes seguissem com outros fazendo os mesmos passos, e nós de hoje nos comprometêssemos a distribuí-las, como herança, aos que virão depois de nós.

Há pessoas que vêm e passam por este mundo o tempo suficiente para deixar saudade. Isso se diz daqueles que poucos anos viveram aqui na terra, mas em pouco tempo muito fizeram de bom e de bem para a felicidade dos outros ao ponto de sua passagem marcar profundamente a humanidade. Dom Lustosa foi uma dessas pessoas. Compreendeu não só, mas viveu com perfeição o conselho de Paulo apóstolo: ”Portanto, enquanto temos tempo, trabalhemos para o bem de todos ...” (Gl 6,10) e alguém ­­– no dizer de alguns o místico São João da Cruz – teria acrescentado: “Porque na tarde de nossa vida seremos julgados sobre o amor”.

Foi, bem sabemos, o amor o grande movente da vida e ação desse bom pastor. Outro não pode ser o caminho que vai levá-lo ao altar. Foi ele um bispo pobre, simples, sem as vaidades e pretensões da dignidade cultuada. Assim, este Salesiano de Dom Bosco é lembrado por todos aqueles que o conheceram e com ele conviveram nas casas salesianas e nas dioceses por onde passou e trabalhou com exemplar dedicação e amor às pessoas. Há muitos fatos que comprovam isso. Um exemplo: após uma campanha de arrecadação de objetos para os pobres, foi visto, de joelhos no chão, experimentando sapatos nos pés de um por um de longa fila de pessoas necessitadas.

 

Escritos

Dom Lustosa viveu com extraordinário zelo pastoral em seus 38 anos de ministério episcopal entre o povo de Deus nas dioceses de Uberaba, MG; Corumbá, MS; Belém, PA; e Fortaleza, CE, com impecável fidelidade às orientações da Igreja e exigências do múnus episcopal. Foi também escritor de rica e fértil imaginação. A quem começasse a ler um livro seu, significava não suspender sua leitura enquanto não terminasse. Entre suas obras estão: Abraçando a Cruz, Solilóquios infantis, Notas a Lápis, Terra Martirizada, Seca do Ceará, Meu Livro Inseparável, Filosofia de Zé Peregrino e outros tantos. Admira--nos saber que seus livros, mais do que da cabeça, lhe nasciam do seu coração de pastor zeloso, preocupado com o sofrido rebanho a ele confiado: eram escritos à noite, em horas de insônia ou sob o peso do cansaço, e seu objetivo era angariar fundos para manter os estudos dos seminaristas pobres ou ainda socorrer os famintos das prolongadas secas cearenses.

Em Carpina

A partir do dia 29 de maio de 1963, Dom Lustosa, vindo de Fortaleza na qualidade de arcebispo emérito, se estabeleceu no Aspirantado Salesiano, em Carpina, PE. Foi ele muito bem recebido pelos seminaristas e pelo povo em geral. Todos nos alegramos com sua presença. Nos primeiros anos do meu sacerdócio, trabalhando com os seminaristas salesianos de Carpina, muito aprendi de sua presença diária, convivência de que recordo com gratidão a Deus e de que muito me orgulho. Não antecipamos julgamentos, mas podemos dizer que havíamos acolhido um santo em nossa casa. Dom Lustosa era confessor e preenchia o precioso tempo de que dispunha estudando, escrevendo, rezando, celebrando a Eucaristia e atendendo a quem a ele se dirigisse para buscar em sua palavra o acompanhamento espiritual. Também era uma viva presença no meio dos aspirantes: boas-noites, conferências, caminhadas nos pátios à hora dos recreios etc., era tudo isso um serviço prestado por ele à comunidade, e suas caminhadas pelos pórticos consistiam em uma presença pedagógica e educativa.


Lembro-me de uma cena, para mim uma eloquente lição de pobreza: dos bispos da Alemanha, que muito o ajudaram quando arcebispo em Fortaleza, recebeu ele um carro, um “Fusquinha” para as suas andanças devido ao seu estado de saúde. Era diretor da Casa o padre Tiago Gallo, que lhe passou a chave do carro. A cena se deu no pórtico mesmo. Dom Lustosa com uma mão recebeu a chave e com a outra, no mesmo instante, a devolveu ao padre Tiago, dizendo: “Disponha dele. É para o uso da casa”.

Era um homem sensível e culto. Quem quer que tenha folheado Notas a Lápis saberá que Dom Lustosa era um profundo conhecedor e pesquisador da Botânica. Na hora dos recreios ele passeava com alguns seminaristas pelo jardim e pelo pátio explicando plantas e flores e dando, inclusive, o nome científico de cada uma e sua classificação no reino vegetal. Eram encontros formativos, pois sabia incutir respeito à natureza e de tudo tirar lições de vida. Ensinou ele as verdadeiras lições do Evangelho. É servindo-se das coisas pequeninas que Deus rea­liza os grandes feitos reveladores de sua sabedoria.
 

 

Santo e sábio
Avançado em anos, com uma saúde já bastante fragilizada, corpo franzino, Dom Lustosa foi surpreendido por um acidente que o forçou a dizer um “sim” longo e muito sofrido sobre uma cadeira de rodas, por anos, até o fim de sua vida terrena. Não se rendeu, porém, nem reclamou. Estudava, escrevia, celebrava a Eucaristia, acolhia as pessoas que o procuravam para o sacramento da reconciliação, rezava sempre... Essas foram as estações de sua longa “via sacra” até a hora de Deus, que se fez sua hora: no dia 14 de agosto de 1974, santamente vividos 88 anos.
Ao visitar o seu túmulo na Catedral de Fortaleza, em 1980, o papa João Paulo II consagrou a voz do povo: “Dom Lustosa, um bispo santo e sábio!”. Esta a grande e preciosa herança que recebemos de Dom Lustosa. Cabe a nós, herdeiros de sua missão, acolher e viver sua mensagem de vida e esperança: “Abre teus olhos à luz da fé, para saberes apoiar o dom de Deus a quem devemos eterna gratidão”.

 

Quem foi Dom Lustosa

Dom Antonio de Almeida Lustosa (1886-1974) foi um dos salesianos mais importantes na implantação e difusão do carisma de Dom Bosco no Brasil. Após ter sido diretor em Lavrinhas, foi eleito, aos 39 anos, bispo de Uberaba, MG. Depois foi transferido à diocese de Corumbá, MS, e sucessivamente às arquidioceses de Belém, PA, e Fortaleza, CE. Dom Lustosa viveu intensamente o “Da mihi animas” de Dom Bosco. Percebeu que a primeira evangelização consiste em dar novamente dignidade às pessoas e às famílias mais pobres. Por isso é considerado o “bispo da justiça social”. Em 1963, após 38 anos de episcopado, ele se retirou à Casa Salesiana de Carpina, onde transcorreram os últimos 15 anos de sua vida. Morreu em 14 de agosto de 1974, e seus restos mortais repousam na catedral de Fortaleza. Em 1993, a Arquidiocese de Fortaleza abriu o processo para sua canonização. Em 2008, foi entregue à Congregação das Causas dos Santos, em Roma, o “positivo”, ou seja, o dossiê que, com base no inquérito diocesano, demonstra a heroicidade da vida e das virtudes, bem como a fama de santidade, do servo de Deus.
 

Centenário de ordenação sacerdotal

A Catedral Metropolitana de Fortaleza comemorou, dia 28 de janeiro, o centenário de ordenação sacerdotal do primeiro arcebispo da capital cearense, dom Antonio de Almeida Lustosa. Na programação da catedral, houve uma exposição das obras literárias e eclesiásticas, representando o memorial do religioso. O bispo auxiliar de Fortaleza, dom José Luiz Ferreira Salles, presidiu a missa, que foi concelebrada pelo bispo emérito de Limoeiro do Norte, dom Edmilson da Cruz, e, representando os Salesianos de Dom Bosco, padre Gilberto Silva. A celebração foi animada pelo coral do Colégio Dom Bosco. Após o ato religioso foi visitada a campa de Dom Antonio situada no cemitério da ressuscitação na Catedral. 

Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

 

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