A Amazônia é hoje a casa de um milhão de indígenas, divididos em aproximadamente 400 tribos. De acordo com os dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), 63% dos aborígines vivem no Brasil e dos 400 grupos étnicos individuados, cerca de 100 – os mais frágeis – escolheram viver em completo isolamento. Os salesianos trabalham com aborígines da América do Sul há mais de um século: contribuem não somente com a sua instrução e formação, mas também cuidando deles e valorizando a sua cultura.
Durante esse período enormes mudanças ocorreram. Mas os Filhos de Dom Bosco continuaram trabalhando com o objetivo de fornecer aos índios os instrumentos para viver dignamente, no respeito das próprias tradições. Isto é o que fazem, por exemplo, em Marauiá, pequena aldeia sobre um afluente do Rio Negro, no coração da floresta amazônica. Ali vive uma comunidade de ianomâmis, uma das etnias que mais caracteriza a Amazônia e que os salesianos acompanham há já mais de 100 anos, desde quando chegaram a esta região realmente inacessível e inexplorada.
A escola do vilarejo Marauiá, construída em 2011, foi seriamente danificada, em 2017, por um furacão. Depois de quase dois anos de grandes dificuldades, os Salesianos querem reestruturar o edifício para permitir que seus 128 alunos – que frequentam os cursos elementares e médios, divididos em três turnos (manhã, tarde e noite) – possam viver o momento mais importante do dia num ambiente digno.
O projeto, assumido pela Procuradoria Missionária Salesiana de Turim - Missões Dom Bosco - é simples, mas muito significativo. Em nível prático, trata-se de refazer o telhado, que praticamente foi pelos ares durante o furacão de 2017, reforçar os alicerces, reformar o pavimento, arrumar a fachada...
O significado do projeto, entretanto, vai além dos trabalhos para garantir a segurança do local. “A atenção às minorias étnicas é um elemento fundamental da missão salesiana; e está mais do que nunca em evidência por que foi escolhida para tema de reflexão para a Assembleia especial do Sínodo dos Bispos, a Região Pan-Amazônica. Apoiar o projeto desta pequena escola significa garantir um futuro melhor aos pequenos ianomâmis, futuros guardas do pulmão verde do mundo”, explica o presidente de Missões Dom Bosco, Giampietro Pettenon, salesiano irmão.
Para mais informações visite o site: www.missionidonbosco.org