Internacionais
Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:52

Biblioteca dos Papas disponibiliza documentos online

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O Vaticano colocou à disposição dos internautas nesta quarta-feira, dia 30 de janeiro, os primeiros 256 manuscritos da Biblioteca dos Papas, graças a um projeto que pretende facilitar o acesso a mais de 80 mil documentos por meio da rede, informou o jornal “Corriere della Será”.   Os códigos, de enorme valor, estavam na Biblioteca Vaticana, protegidos por rígidas medidas de segurança e de conservação, podendo ser consultados apenas por 250 especialistas qualificados a cada dia. Com este projeto, as páginas destes documentos - digitalizados com tecnologia da NASA e organizados em um banco de dados -, poderão ser visualizadas por qualquer pessoa.   Para a sua digitalização foi empregada a tecnologia FITS (Sistema de Transporte Flexível de Imagens), desenvolvida pela NASA há 40 anos, para conservar imagens de suas missões espaciais. O serviço foi contratado em outubro de 2011, para evitar a deterioração dos manuscritos causada pelas prolongadas consultas por parte dos especialistas.   O projeto começou a mostrar seus resultados nesta quarta-feira, dia 30, por meio do acordo entre a Biblioteca Vaticana e a Biblioteca Boldleian de Oxford, que em abril de 2012 estabeleceu a disponibilização de seus textos na internet para consultas gratuitas.   Os textos incluem obras de Homero, Platão, Sófocles, Hipócrates, alguns dos manuscritos judeus mais antigos conservados, além dos primeiros livros italianos impressos durante o Renascimento.   A Biblioteca dos Papas foi criada em 1450 pelo Papa Nicolau V, nos fundos de sua biblioteca pessoal. Posteriormente ela foi dotada de um estatuto jurídico. Entre suas preciosidades encontra-se o ‘Codex Vaticanus’, o primeiro testemunho em grego da Bíblia de que se tem notícias.   ANEC  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:15

Juventude é foco da Igreja no Brasil e no mundo

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  A Campanha da Fraternidade 2013 tem a juventude como tema e insere-se no movimento mundial de atenção a essa parcela da população.       A juventude brasileira quer ser ouvida. Quer ter seus direitos sociais e políticos respeitados, quer o fim da violência contra os jovens, quer que a sociedade lhe permita novas perspectivas de vida e realização. A juventude reivindica o diálogo com as outras gerações e que estas compreendam e aceitem seu jeito próprio de ser. Mas os jovens não pedem somente: eles fazem e agem; utilizam as novas mídias digitais e nelas constroem as também novas maneiras de expor seus anseios, preocupações e opiniões. É esse grito da juventude, que ressoa nos quatro cantos do país, que a Igreja Católica no Brasil ouve e atende ao lançar a Campanha da Fraternidade 2013 (CF 2013), com o tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).  
Segunda, 10 Dezembro 2012 22:12

Feliz Natal do Senhor

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  Jesus, nosso Senhor, é o centro da festa do Natal. É a celebração de Seu nascimento que nos leva a enfeitar a casa, trocar presentes, acender luzes e velas, montar o presépio... Conheça a história destes e de outros símbolos de uma das festas mais importantes no mundo todo.   É dezembro e todos já se preparam para o Natal. As lojas estão enfeitadas, as ruas e as casas também. É hora de comprar presentes, preparar a ceia farta, reunir a família, encontrar os amigos. É tempo de preparar a festa, sim. Porém, não se pode esquecer de quem é o centro dessa festa: o aniversariante, Nosso Senhor Jesus Cristo. O Natal é a celebração desse grande acontecimento para a humanidade: o Verbo que se fez homem e veio habitar entre nós. E em cada um dos símbolos do Natal – mesmo os que consideramos mais característicos da sociedade consumista em que vivemos – está contida um pouco dessa história.  
Sábado, 03 Novembro 2012 12:29

Concílio Vaticano II: 50 anos

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  Realizado entre 11 de outubro de 1962 e 8 de dezembro de 1965, o Concílio Vaticano II foi o maior acontecimento da história da Igreja Católica no século XX.   Eleito em outubro de 1958, já em janeiro de 1959, João XXIII anuncia a convocação de um Concílio ecumênico. Muitos achavam que já não seriam mais necessários Concílios para a Igreja, mas o bom papa João queria ouvir o episcopado mundial. Assim, ele inicia a grande transição da Igreja para o mundo contemporâneo. O sopro do Espírito impulsionou a Igreja a se confrontar com a história para tornar mais eficaz a sua missão evangelizadora. Duas expressões orientam o propósito de renovação conciliar. A primeira é a volta às fontes. A Igreja deve reencontrar seus fundamentos evangélicos na grande tradição que vem desde a comunidade apostólica. A segunda é aggiornamento, uma palavra italiana que significava que a Igreja devia “pôr-se em dia” com os tempos. Queria dizer ainda que a Igreja devia deixar para traz o ideal da cristandade medieval e partir para a grande aventura no mundo atual, secular e urbano, marcado pela cultura tecnocientífica e, hoje, midiática. Eis o grande objetivo: a renovação da vitalidade da Igreja em vista de sua presença profética no mundo. Em seu discurso inaugural, o papa João propôs três grandes linhas:  
Quinta, 08 Novembro 2012 00:00

O mundo emana novas vibrações de fé

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  “‘Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?’ (Jo 6,28). Conhecemos a resposta de Jesus: ‘A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou’ (Jo 6,29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro de 2013...” (papa Bento XVI, em 11 de outubro de 2011).   O mês de outubro, para a Igreja Católica e para seus fiéis, foi demarcado no calendário do Vaticano como um dos mais importantes do ano. O Sínodo dos Bispos, evento de grande relevância mundial, realizou-se entre os dias 7 e 28, e no dia 11, foi feito o lançamento do Ano da Fé. O primeiro teve o propósito de reunir os dirigentes da Igreja do mundo todo para refletir sobre como relançar o anúncio do Evangelho na atualidade. O segundo evento, anunciado no ano passado pelo papa Bento XVI, traz um apelo aos fiéis e uma missão aos religiosos, no sentido de resgatar o caminho da Evangelização.   Sínodo dos Bispos A XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, em Roma, foi realizada sob o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. Participaram da assembleia 262 padres sinodais – o maior número da história dos Sínodos –, entre os eleitos nas conferências episcopais de todo o mundo e na União dos Superiores Gerais, e os indicados pelo papa Bento XVI. Os Salesianos estiveram representados pelo reitor-mor, padre Pascual Chávez Villanueva, e outros 15 membros da Família Salesiana, com diversos encargos e competências. Participou também, como convidada, a madre-geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), irmã Yvonne Reungoat. Padre Pascual Chavez falou durante o Sínodo sobre a importância de se promoverem as vocações. “Evangelização e vocação são dois elementos indissociáveis. O critério que mede a autenticidade de uma boa evangelização é a sua capacidade de suscitar vocações, de amadurecer projetos de vida evangélica e de envolver integralmente o evangelizado até torná-lo discípulo, testemunha e apóstolo”. Para o reitor-mor, a vocação cristã é um encontro, uma relação pessoal de amizade que preenche o coração e transforma a vida: “Este Sínodo para a Nova Evangelização deve ajudar todos os pastores a serem verdadeiros guias espirituais para os jovens”. O padre salesiano Luiz Alves de Lima, da Inspetoria Salesiana de São Paulo, participou da Assembleia como assessor e, durante todo o período de realização do Sínodo, enviou notícias diárias à comunidade salesiana, nas quais relata o andamento dos trabalhos, compartilha suas observações e explica os principais pontos de reflexão e debate. Os relatos podem ser lidos na íntegra no site da Inspetoria de São Paulo: <www.salesianos.com.br> ou no portal do Boletim Salesiano: <www.boletimsalesiano.org.br>.   Ano da Fé Na manhã de 11 de outubro, realizou-se a missa de lançamento do Ano da Fé, na Praça São Pedro. Bento XVI presidiu a missa com um total de 400 concelebrantes: 80 cardeais, 14 padres conciliares, oito patriarcas de Igrejas orientais, 191 arcebispos e bispos sinodais e 104 presidentes de Conferências Episcopais de todo o mundo. O dia 11 de outubro, sabiamente escolhido pelo papa Bento XVI, é permeado de grande significado histórico, pois comemoram-se os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário do Catecismo da Igreja Católica. “Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras, mas porque é necessário, mais ainda do que há 50 anos!”, exclamou o papa. Bento XVI afirmou que nas últimas décadas observa-se o avanço de uma “desertificação” espiritual, mas que é precisamente a partir da experiência deste vazio que podemos redescobrir a alegria de crer. “O modo como podemos representar este Ano da Fé é uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial, o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o Catecismo da Igreja Católica”, ressaltou o sumo pontífice. O encerramento do Ano da Fé, em 24 de novembro de 2013, será na mesma data da solenidade de Cristo Rei.   Concílio Vaticano II Foi em 25 de janeiro de 1959, que o papa João XXIII, aos 78 anos, convocou o clero para uma missão que revolucionaria a estrutura da Igreja Católica: o Concílio Vaticano II. Tal como um restaurador de uma obra de arte, ele primou para que a estrutura fosse preservada, mas que a modernidade e seus benefícios fossem harmoniosamente instalados. O caminho percorrido foi árduo, iniciado em 11 de outubro de 1962, e concluído pouco mais de três anos depois, em dezembro de 1965. O encerramento e as considerações finais dessa fina obra de restauro foram feitos por seu sucessor, o papa Paulo VI, já que João XXIII faleceu em junho de 1963. Se considerarmos que a sociedade ocidental passava por profundas mudanças, derivadas dos avanços tecnológicos e de reestruturações político geográficas do pós-guerra, as escolhas de João XXIII anteviram os reflexos destas sobre uma Igreja estática. Ao convocar o Concílio, o papa dava início ao projeto de rever toda a estrutura organizacional da Igreja, tornando-a alinhada às mudanças que vinham ocorrendo no mundo.
As crônicas enviadas durante as três semanas do Sínodo focalizavam um determinado momento de sua realização, como é próprio de uma crônica. Sem pretender fazer uma síntese, o que seria impossível dada a extensão e complexidade dos temas tratados, pretendo agora relatar aquilo que me pareceu mais importante no conjunto desse grande evento.   A experiência vivida nesses 22 dias é única e incomparável. Foi uma participação intensa de comunhão eclesial em escala mundial, de uma Igreja viva e pujante. Estavam presentes representantes de todos os extratos eclesiais em nível da totalidade do Povo de Deus, tanto hierarquia, como fiéis leigos. Obviamente os Bispos conduziram, trabalharam, tomaram decisões como responsáveis primeiros da Igreja. Entretanto, estavam presentes também sacerdotes, religiosas e religiosos, leigas e leigos comprometidos com a evangelização. A Igreja Católica não é apenas os de rito latino; os católicos ortodoxos orientais estavam presentes em peso. Havia igualmente os "delegados fraternos", de outras igrejas cristãs, preocupadas também com os desafios da evangelização. Chamou a atenção, não tanto a profundidade da reflexão e de decisões, mas, sobretudo o testemunho de experiências realizadas em todas as partes do mundo na busca de novas formas e modos de evangelizar.  
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Sexta, 01 Fevereiro 2013 12:52

Biblioteca dos Papas disponibiliza documentos online

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O Vaticano colocou à disposição dos internautas nesta quarta-feira, dia 30 de janeiro, os primeiros 256 manuscritos da Biblioteca dos Papas, graças a um projeto que pretende facilitar o acesso a mais de 80 mil documentos por meio da rede, informou o jornal “Corriere della Será”.   Os códigos, de enorme valor, estavam na Biblioteca Vaticana, protegidos por rígidas medidas de segurança e de conservação, podendo ser consultados apenas por 250 especialistas qualificados a cada dia. Com este projeto, as páginas destes documentos - digitalizados com tecnologia da NASA e organizados em um banco de dados -, poderão ser visualizadas por qualquer pessoa.   Para a sua digitalização foi empregada a tecnologia FITS (Sistema de Transporte Flexível de Imagens), desenvolvida pela NASA há 40 anos, para conservar imagens de suas missões espaciais. O serviço foi contratado em outubro de 2011, para evitar a deterioração dos manuscritos causada pelas prolongadas consultas por parte dos especialistas.   O projeto começou a mostrar seus resultados nesta quarta-feira, dia 30, por meio do acordo entre a Biblioteca Vaticana e a Biblioteca Boldleian de Oxford, que em abril de 2012 estabeleceu a disponibilização de seus textos na internet para consultas gratuitas.   Os textos incluem obras de Homero, Platão, Sófocles, Hipócrates, alguns dos manuscritos judeus mais antigos conservados, além dos primeiros livros italianos impressos durante o Renascimento.   A Biblioteca dos Papas foi criada em 1450 pelo Papa Nicolau V, nos fundos de sua biblioteca pessoal. Posteriormente ela foi dotada de um estatuto jurídico. Entre suas preciosidades encontra-se o ‘Codex Vaticanus’, o primeiro testemunho em grego da Bíblia de que se tem notícias.   ANEC  
Terça, 15 Janeiro 2013 18:15

Juventude é foco da Igreja no Brasil e no mundo

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  A Campanha da Fraternidade 2013 tem a juventude como tema e insere-se no movimento mundial de atenção a essa parcela da população.       A juventude brasileira quer ser ouvida. Quer ter seus direitos sociais e políticos respeitados, quer o fim da violência contra os jovens, quer que a sociedade lhe permita novas perspectivas de vida e realização. A juventude reivindica o diálogo com as outras gerações e que estas compreendam e aceitem seu jeito próprio de ser. Mas os jovens não pedem somente: eles fazem e agem; utilizam as novas mídias digitais e nelas constroem as também novas maneiras de expor seus anseios, preocupações e opiniões. É esse grito da juventude, que ressoa nos quatro cantos do país, que a Igreja Católica no Brasil ouve e atende ao lançar a Campanha da Fraternidade 2013 (CF 2013), com o tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).  
Segunda, 10 Dezembro 2012 22:12

Feliz Natal do Senhor

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  Jesus, nosso Senhor, é o centro da festa do Natal. É a celebração de Seu nascimento que nos leva a enfeitar a casa, trocar presentes, acender luzes e velas, montar o presépio... Conheça a história destes e de outros símbolos de uma das festas mais importantes no mundo todo.   É dezembro e todos já se preparam para o Natal. As lojas estão enfeitadas, as ruas e as casas também. É hora de comprar presentes, preparar a ceia farta, reunir a família, encontrar os amigos. É tempo de preparar a festa, sim. Porém, não se pode esquecer de quem é o centro dessa festa: o aniversariante, Nosso Senhor Jesus Cristo. O Natal é a celebração desse grande acontecimento para a humanidade: o Verbo que se fez homem e veio habitar entre nós. E em cada um dos símbolos do Natal – mesmo os que consideramos mais característicos da sociedade consumista em que vivemos – está contida um pouco dessa história.  
Sábado, 03 Novembro 2012 12:29

Concílio Vaticano II: 50 anos

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  Realizado entre 11 de outubro de 1962 e 8 de dezembro de 1965, o Concílio Vaticano II foi o maior acontecimento da história da Igreja Católica no século XX.   Eleito em outubro de 1958, já em janeiro de 1959, João XXIII anuncia a convocação de um Concílio ecumênico. Muitos achavam que já não seriam mais necessários Concílios para a Igreja, mas o bom papa João queria ouvir o episcopado mundial. Assim, ele inicia a grande transição da Igreja para o mundo contemporâneo. O sopro do Espírito impulsionou a Igreja a se confrontar com a história para tornar mais eficaz a sua missão evangelizadora. Duas expressões orientam o propósito de renovação conciliar. A primeira é a volta às fontes. A Igreja deve reencontrar seus fundamentos evangélicos na grande tradição que vem desde a comunidade apostólica. A segunda é aggiornamento, uma palavra italiana que significava que a Igreja devia “pôr-se em dia” com os tempos. Queria dizer ainda que a Igreja devia deixar para traz o ideal da cristandade medieval e partir para a grande aventura no mundo atual, secular e urbano, marcado pela cultura tecnocientífica e, hoje, midiática. Eis o grande objetivo: a renovação da vitalidade da Igreja em vista de sua presença profética no mundo. Em seu discurso inaugural, o papa João propôs três grandes linhas:  
Quinta, 08 Novembro 2012 00:00

O mundo emana novas vibrações de fé

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  “‘Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?’ (Jo 6,28). Conhecemos a resposta de Jesus: ‘A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou’ (Jo 6,29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro de 2013...” (papa Bento XVI, em 11 de outubro de 2011).   O mês de outubro, para a Igreja Católica e para seus fiéis, foi demarcado no calendário do Vaticano como um dos mais importantes do ano. O Sínodo dos Bispos, evento de grande relevância mundial, realizou-se entre os dias 7 e 28, e no dia 11, foi feito o lançamento do Ano da Fé. O primeiro teve o propósito de reunir os dirigentes da Igreja do mundo todo para refletir sobre como relançar o anúncio do Evangelho na atualidade. O segundo evento, anunciado no ano passado pelo papa Bento XVI, traz um apelo aos fiéis e uma missão aos religiosos, no sentido de resgatar o caminho da Evangelização.   Sínodo dos Bispos A XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, em Roma, foi realizada sob o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. Participaram da assembleia 262 padres sinodais – o maior número da história dos Sínodos –, entre os eleitos nas conferências episcopais de todo o mundo e na União dos Superiores Gerais, e os indicados pelo papa Bento XVI. Os Salesianos estiveram representados pelo reitor-mor, padre Pascual Chávez Villanueva, e outros 15 membros da Família Salesiana, com diversos encargos e competências. Participou também, como convidada, a madre-geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), irmã Yvonne Reungoat. Padre Pascual Chavez falou durante o Sínodo sobre a importância de se promoverem as vocações. “Evangelização e vocação são dois elementos indissociáveis. O critério que mede a autenticidade de uma boa evangelização é a sua capacidade de suscitar vocações, de amadurecer projetos de vida evangélica e de envolver integralmente o evangelizado até torná-lo discípulo, testemunha e apóstolo”. Para o reitor-mor, a vocação cristã é um encontro, uma relação pessoal de amizade que preenche o coração e transforma a vida: “Este Sínodo para a Nova Evangelização deve ajudar todos os pastores a serem verdadeiros guias espirituais para os jovens”. O padre salesiano Luiz Alves de Lima, da Inspetoria Salesiana de São Paulo, participou da Assembleia como assessor e, durante todo o período de realização do Sínodo, enviou notícias diárias à comunidade salesiana, nas quais relata o andamento dos trabalhos, compartilha suas observações e explica os principais pontos de reflexão e debate. Os relatos podem ser lidos na íntegra no site da Inspetoria de São Paulo: <www.salesianos.com.br> ou no portal do Boletim Salesiano: <www.boletimsalesiano.org.br>.   Ano da Fé Na manhã de 11 de outubro, realizou-se a missa de lançamento do Ano da Fé, na Praça São Pedro. Bento XVI presidiu a missa com um total de 400 concelebrantes: 80 cardeais, 14 padres conciliares, oito patriarcas de Igrejas orientais, 191 arcebispos e bispos sinodais e 104 presidentes de Conferências Episcopais de todo o mundo. O dia 11 de outubro, sabiamente escolhido pelo papa Bento XVI, é permeado de grande significado histórico, pois comemoram-se os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário do Catecismo da Igreja Católica. “Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras, mas porque é necessário, mais ainda do que há 50 anos!”, exclamou o papa. Bento XVI afirmou que nas últimas décadas observa-se o avanço de uma “desertificação” espiritual, mas que é precisamente a partir da experiência deste vazio que podemos redescobrir a alegria de crer. “O modo como podemos representar este Ano da Fé é uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial, o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o Catecismo da Igreja Católica”, ressaltou o sumo pontífice. O encerramento do Ano da Fé, em 24 de novembro de 2013, será na mesma data da solenidade de Cristo Rei.   Concílio Vaticano II Foi em 25 de janeiro de 1959, que o papa João XXIII, aos 78 anos, convocou o clero para uma missão que revolucionaria a estrutura da Igreja Católica: o Concílio Vaticano II. Tal como um restaurador de uma obra de arte, ele primou para que a estrutura fosse preservada, mas que a modernidade e seus benefícios fossem harmoniosamente instalados. O caminho percorrido foi árduo, iniciado em 11 de outubro de 1962, e concluído pouco mais de três anos depois, em dezembro de 1965. O encerramento e as considerações finais dessa fina obra de restauro foram feitos por seu sucessor, o papa Paulo VI, já que João XXIII faleceu em junho de 1963. Se considerarmos que a sociedade ocidental passava por profundas mudanças, derivadas dos avanços tecnológicos e de reestruturações político geográficas do pós-guerra, as escolhas de João XXIII anteviram os reflexos destas sobre uma Igreja estática. Ao convocar o Concílio, o papa dava início ao projeto de rever toda a estrutura organizacional da Igreja, tornando-a alinhada às mudanças que vinham ocorrendo no mundo.
As crônicas enviadas durante as três semanas do Sínodo focalizavam um determinado momento de sua realização, como é próprio de uma crônica. Sem pretender fazer uma síntese, o que seria impossível dada a extensão e complexidade dos temas tratados, pretendo agora relatar aquilo que me pareceu mais importante no conjunto desse grande evento.   A experiência vivida nesses 22 dias é única e incomparável. Foi uma participação intensa de comunhão eclesial em escala mundial, de uma Igreja viva e pujante. Estavam presentes representantes de todos os extratos eclesiais em nível da totalidade do Povo de Deus, tanto hierarquia, como fiéis leigos. Obviamente os Bispos conduziram, trabalharam, tomaram decisões como responsáveis primeiros da Igreja. Entretanto, estavam presentes também sacerdotes, religiosas e religiosos, leigas e leigos comprometidos com a evangelização. A Igreja Católica não é apenas os de rito latino; os católicos ortodoxos orientais estavam presentes em peso. Havia igualmente os "delegados fraternos", de outras igrejas cristãs, preocupadas também com os desafios da evangelização. Chamou a atenção, não tanto a profundidade da reflexão e de decisões, mas, sobretudo o testemunho de experiências realizadas em todas as partes do mundo na busca de novas formas e modos de evangelizar.