Encontro Pan-Amazônico Salesiano: o estilo de Dom Bosco

Quarta, 07 Novembro 2018 12:29 Escrito por  ANS com informações Inspetoria São Domingos Sávio
De 1 a 4 de novembro, os Salesianos (SDB) e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) da região amazônica reuniram-se em Manaus, AM, para refletir sobre os 125 anos de atividade missionária naquele território, abordando os desafios do presente e as linhas de ação necessárias para planejar o futuro, com vigor renovado.  

Mais de 100 pessoas, entre religiosos, catequistas, agentes pastorais, coordenadores, especialistas e membros das comunidades indígenas, participaram do encontro, enriquecendo cada sessão. O padre Jefferson Santos, SDB, inspetor do Brasil-Manaus (BMA), em seu discurso de boas-vindas expressou: "Esta é uma oportunidade privilegiada para nós, para olhar para a nossa identidade e missão no contexto da situação geopolítica deste vasto território no qual trabalhamos e continuar a colaborar com a Igreja".

 

Os principais oradores do evento foram: padre Justino Sarmento Rezende, SDB, da etnia Tuyuka, que, tendo participado nos trabalhos do Conselho pré-Sinodal para o Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia de 2019, apresentou o documento preparatório do Sínodo e a visão salesiana sobre esse Sínodo; padre Juan Botasso, SDB, missionário no Equador há 59 anos, que compartilhou informações sobre as missões salesianas na América do Sul; José Juncosa, vice-reitor da Universidade Salesiana Politécnica do Equador, que discorreu sobre a situação sociopolítica, cultural e religiosa da Amazônia; padre Diego Clavijo, SDB, que falou sobre sua experiência de 18 anos a serviço dos povos Achuar e Shuar; e João Gutenberg, religioso dos Irmãos Maristas da "Rede eclesial Pan-Amazônica" (REPAM), que falou sobre a encíclica do Papa Francisco, Laudato Si, e a visão dos jovens da Amazônia.

 

Participaram também o padre salesiano José Angel Divassón, SDB, vigário apostólico emérito de Puerto Ayacucho, Venezuela, e membro da Comissão Preparatória do Sínodo; os conselheiros gerais das Missões SDB e FMA, padre Guillermo Basañes e irmã Alaíde Deretti; e os diáconos permanentes das tribos Shuar e Achuar, que compartilharam suas jornadas ministeriais.

 

"Queremos estar em harmonia com a Igreja e nos preparar para o Sínodo para a região Pan-Amazônica", disse o padre Martin Lasarte, SDB, do Setor para as Missões. O encontro concentrou-se, de fato, nas presenças salesianas nos estados que fazem parte das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil (que fazem parte de duas inspetorias SDB e de quatro inspetorias das FMA) e nas presenças em Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela.

 

Durante os trabalhos em grupo, os participantes analisaram os pontos fortes, as oportunidades, as áreas de melhoria e as ameaças de seus contextos, apresentando os resultados à assembleia. No último dia, a assembleia foi subdividida de acordo com as diferentes realidades inspetoriais, visando propor linhas de ação para as respectivas atividades missionárias e para o próprio Sínodo.

 

"Um dos objetivos do Sínodo é desenvolver uma Igreja de feições amazônicas e indígenas. Isso depende do que trazemos em nossos corações, portanto é necessário que os salesianos, e também todos os missionários que trabalham na Amazônia, sejam amigos dos povos amazônicos", disse o padre Justino Rezende.

 

"Os salesianos podem contribuir para o Sínodo com a sua singularidade - reconheceu dom Divasson -. Hoje existem vários problemas na região, como a cultura globalizada que predomina nas grandes cidades e afeta o mundo indígena, sua visão, mentalidade, o pensamento dos indígenas... E somente o estilo de Dom Bosco pode representar uma resposta real a estas novas situações da juventude".

 

O encontro terminou com uma mensagem dos participantes às duas Congregações:

 

Agradecemos a Deus pelos fecundos 125 anos da presença salesiana em território amazônico. Realizou-se um imenso bem, reconhecido pelos povos amazônicos e pela Sociedade Civil.

 

  • Constatando que por um lado, a missão cresceu com novos desafios, por outro lado diminuíram as forças de pessoal missionário em tais territórios.
  • Desejamos e solicitamos que nossa missão, neste lugar tão significativo hoje para a Igreja e para a humanidade, não se enfraqueça, mas se revigore.
  • Os povos e particularmente os jovens amazônicos nos esperam em suas comunidades, ricas de tradições e valores, para que os filhos e filhas de Dom Bosco continuem a anunciar a Boa nova e a acompanhá-los em seus desafios.
  • Os jovens amazônicos também nos esperam nas grandes cidades, donde muitos jovens indígenas emigram, unindo-se a outra multidão de jovens, vulneráveis em sua dignidade, em sua identidade e em seu caminho de fé.
  • Estamos convencidos que um espírito missionário amazônico generoso será fonte de renovação para nossa vida salesiana.

 

Que Maria Auxiliadora, a Beata Maria Troncatti, Pe. Rodolfo e Simão Bororo, intercedam para que a missão salesiana, de rosto amazônico, se faça cada vez mais viva e fecunda.

Fonte: ANS

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Última modificação em Quarta, 07 Novembro 2018 17:37

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Encontro Pan-Amazônico Salesiano: o estilo de Dom Bosco

Quarta, 07 Novembro 2018 12:29 Escrito por  ANS com informações Inspetoria São Domingos Sávio
De 1 a 4 de novembro, os Salesianos (SDB) e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) da região amazônica reuniram-se em Manaus, AM, para refletir sobre os 125 anos de atividade missionária naquele território, abordando os desafios do presente e as linhas de ação necessárias para planejar o futuro, com vigor renovado.  

Mais de 100 pessoas, entre religiosos, catequistas, agentes pastorais, coordenadores, especialistas e membros das comunidades indígenas, participaram do encontro, enriquecendo cada sessão. O padre Jefferson Santos, SDB, inspetor do Brasil-Manaus (BMA), em seu discurso de boas-vindas expressou: "Esta é uma oportunidade privilegiada para nós, para olhar para a nossa identidade e missão no contexto da situação geopolítica deste vasto território no qual trabalhamos e continuar a colaborar com a Igreja".

 

Os principais oradores do evento foram: padre Justino Sarmento Rezende, SDB, da etnia Tuyuka, que, tendo participado nos trabalhos do Conselho pré-Sinodal para o Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia de 2019, apresentou o documento preparatório do Sínodo e a visão salesiana sobre esse Sínodo; padre Juan Botasso, SDB, missionário no Equador há 59 anos, que compartilhou informações sobre as missões salesianas na América do Sul; José Juncosa, vice-reitor da Universidade Salesiana Politécnica do Equador, que discorreu sobre a situação sociopolítica, cultural e religiosa da Amazônia; padre Diego Clavijo, SDB, que falou sobre sua experiência de 18 anos a serviço dos povos Achuar e Shuar; e João Gutenberg, religioso dos Irmãos Maristas da "Rede eclesial Pan-Amazônica" (REPAM), que falou sobre a encíclica do Papa Francisco, Laudato Si, e a visão dos jovens da Amazônia.

 

Participaram também o padre salesiano José Angel Divassón, SDB, vigário apostólico emérito de Puerto Ayacucho, Venezuela, e membro da Comissão Preparatória do Sínodo; os conselheiros gerais das Missões SDB e FMA, padre Guillermo Basañes e irmã Alaíde Deretti; e os diáconos permanentes das tribos Shuar e Achuar, que compartilharam suas jornadas ministeriais.

 

"Queremos estar em harmonia com a Igreja e nos preparar para o Sínodo para a região Pan-Amazônica", disse o padre Martin Lasarte, SDB, do Setor para as Missões. O encontro concentrou-se, de fato, nas presenças salesianas nos estados que fazem parte das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil (que fazem parte de duas inspetorias SDB e de quatro inspetorias das FMA) e nas presenças em Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela.

 

Durante os trabalhos em grupo, os participantes analisaram os pontos fortes, as oportunidades, as áreas de melhoria e as ameaças de seus contextos, apresentando os resultados à assembleia. No último dia, a assembleia foi subdividida de acordo com as diferentes realidades inspetoriais, visando propor linhas de ação para as respectivas atividades missionárias e para o próprio Sínodo.

 

"Um dos objetivos do Sínodo é desenvolver uma Igreja de feições amazônicas e indígenas. Isso depende do que trazemos em nossos corações, portanto é necessário que os salesianos, e também todos os missionários que trabalham na Amazônia, sejam amigos dos povos amazônicos", disse o padre Justino Rezende.

 

"Os salesianos podem contribuir para o Sínodo com a sua singularidade - reconheceu dom Divasson -. Hoje existem vários problemas na região, como a cultura globalizada que predomina nas grandes cidades e afeta o mundo indígena, sua visão, mentalidade, o pensamento dos indígenas... E somente o estilo de Dom Bosco pode representar uma resposta real a estas novas situações da juventude".

 

O encontro terminou com uma mensagem dos participantes às duas Congregações:

 

Agradecemos a Deus pelos fecundos 125 anos da presença salesiana em território amazônico. Realizou-se um imenso bem, reconhecido pelos povos amazônicos e pela Sociedade Civil.

 

  • Constatando que por um lado, a missão cresceu com novos desafios, por outro lado diminuíram as forças de pessoal missionário em tais territórios.
  • Desejamos e solicitamos que nossa missão, neste lugar tão significativo hoje para a Igreja e para a humanidade, não se enfraqueça, mas se revigore.
  • Os povos e particularmente os jovens amazônicos nos esperam em suas comunidades, ricas de tradições e valores, para que os filhos e filhas de Dom Bosco continuem a anunciar a Boa nova e a acompanhá-los em seus desafios.
  • Os jovens amazônicos também nos esperam nas grandes cidades, donde muitos jovens indígenas emigram, unindo-se a outra multidão de jovens, vulneráveis em sua dignidade, em sua identidade e em seu caminho de fé.
  • Estamos convencidos que um espírito missionário amazônico generoso será fonte de renovação para nossa vida salesiana.

 

Que Maria Auxiliadora, a Beata Maria Troncatti, Pe. Rodolfo e Simão Bororo, intercedam para que a missão salesiana, de rosto amazônico, se faça cada vez mais viva e fecunda.

Fonte: ANS

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