Papa reza com jovens asiáticos pela unidade das duas Coreias

Sexta, 15 Agosto 2014 15:48 Escrito por  Vaticano News/ Rádio Vaticana
No segundo dia da Viagem Apostólica à Coreia, em 15/08,o Papa Francisco se deslocou, de helicóptero, até o Santuário dos Mártires Coreanos, em Salmoe, a 43 km de distância de Daejeon. Solmoe, situado numa pequena colina de pinheiros, é a cidade natal de Santo André Kim Daejeon, primeiro sacerdote coreano.  

Após alguns momentos de oração diante do Santuário, o Bispo de Roma se encontrou com os milhares de jovens, provenientes de 23 países da Ásia, por ocasião da VI Jornada da Juventude Asiática, que tem como tema central “Juventude asiática, desperte. A glória dos mártires resplandece sobre você”.

Depois de uma apresentação artística indonésia, por representantes das cinco principais culturas do arquipélago, três jovens de Camboja, Hong Kong e Coreia, apresentaram seus testemunhos pessoais e dirigiram ao Papa algumas perguntas, em nome dos milhares de jovens presentes. A seguir, o Papa Francisco tomou a palavra e, falando em inglês, partiu da expressão de São Pedro, diante da Transfiguração do Senhor no Monte Tabor:  “Queridos jovens amigos! É bom estarmos aqui!”… É realmente bom para nós estarmos aqui, juntos, neste Santuário dos Mártires Coreanos, aos quais a glória do Senhor se revelou na aurora da vida da Igreja neste país. Nesta grande assembleia, que reúne jovens cristãos da Ásia inteira, podemos, de certo modo, sentir a glória de Jesus presente no meio de nós, presente na sua Igreja, que abraça toda a nação, língua e povo, presente com a força do seu Espírito, que torna todas as coisas novas, jovens e vivas”.

Dito isto, o Pontífice agradeceu a calorosa recepção dos jovens, seu entusiasmo, os alegres cantos, os testemunhos de fé e as lindas expressões da variedade e riqueza das suas diferentes culturas. O Papa agradeceu, de modo particular, aos três jovens que partilharam suas esperanças, inquietações e preocupações, as quais ele ouviu e meditou com atenção.

A seguir, o Papa Francisco passou a refletir sobre a segunda parte do tema desta VI Jornada Asiática da Juventude: “A glória dos Mártires resplandece sobre vocês”. Como o Senhor fez resplandecer a sua glória, mediante o testemunho heróico dos mártires, assim ele deseja que a sua glória resplandeça na vida dos jovens e, por seu intermédio, ilumine a vida deste grande Continente.

Com efeito, disse o Papa aos milhares de jovens presentes, hoje Cristo bate à porta dos seus corações; convida-os a despertar-se, a permanecer bem atentos, a descobrir o que realmente conta na vida. Mais ainda! Ele lhes pede para ir pelas estradas e caminhos do mundo e bater à porta do coração dos outros, convidando-os a recebê-lo na sua vida. E acrescentou: “Este grande encontro dos jovens da Ásia permite-nos vislumbrar o que a própria Igreja é chamada a ser no projeto eterno de Deus. Junto com os jovens de todas as partes, vocês querem se comprometer com a construção de um mundo, onde todos convivem em paz e na amizade, superando as barreiras, recompondo as divisões, rejeitando a violência e os preconceitos. É isto que Deus quer de nós. A Igreja é germe de unidade para toda a família humana. Em Cristo, todas as nações e povos são chamados a uma unidade, que não menospreza a diversidade, mas a reconhece, harmoniza e enriquece”.

E o Papa Bergoglio exclamou: “Como o espírito do mundo está longe desta magnífica visão e deste projeto! Quantas vezes, as sementes de bem e de esperança, que procuramos semear, parecem ser sufocadas pelo egoísmo, a inimizade e a injustiça, não apenas ao nosso redor, mas também nos nossos corações.

Por outro lado, o Santo Padre expressou sua preocupação pela crescente disparidade entre ricos e pobres nas nossas sociedades. Vemos sinais de idolatria da riqueza, do poder e do prazer, que se obtêm com custos altíssimos para a vida humana. Muitos dos nossos amigos e coetâneos, embora circundados de prosperidade material, padecem de uma pobreza espiritual, solidão e desespero silencioso. Até parece", disse ainda o Pontífice, "que Deus foi excluído deste horizonte; é como se um deserto espiritual estivesse se alastrando pelo mundo. Este deserto atinge também os jovens e lhes rouba a esperança e, por vezes, até a própria vida. O  Bispo de Roma considerou ainda, que este é o mundo no qual os  jovens são chamados a testemunhar o Evangelho da esperança, o Evangelho de Jesus Cristo e a promessa do seu Reino; "o Evangelho nos ensina que o Espírito de Jesus pode renovar a vida no coração de todo o homem e transformar qualquer situação, até aquela aparentemente sem esperança."

E o Papa frisou: “Queridos jovens amigos, neste nosso tempo, o Senhor conta com vocês! Ele entrou nos seus corações no dia do Batismo; deu-lhes seu Espírito no dia da Crisma; fortalece-os constantemente com a sua presença na Eucaristia, para que vocês possam ser suas testemunhas no mundo. Estejam prontos para dizer «sim» a Ele”. Neste sentido, o Papa pediu aos milhares de jovens para rezar em silêncio pela unidade das duas Coréias unificação da Península coreana.

A seguir, deu-lhes três sugestões sobre o modo de serem testemunhas autênticas e jubilosas do Evangelho:

1) Confiar na força que Cristo lhes dá, sem nunca perder a esperança na verdade da sua palavra e na força da sua graça;

2) Permaneçam com o Senhor por meio da oração diária; adorem a Deus; extraiam a alegria e força da Eucaristia e da Penitência; participem da vida das suas paróquias; jamais se esqueçam do Evangelho do amor, da caridade, tomando parte das iniciativas de caridade;

3) Entre as tantas luzes contrárias ao Evangelho, seus pensamentos, palavras e ações sejam sempre guiados pela sabedoria da Palavra de Cristo e pela força da sua verdade. Ele lhes ensinará a avaliar bem todas as coisas e a conhecer o projeto que ele tem para vocês. Assim, Ele lhes mostrará o caminho para a verdadeira felicidade e a plena realização.

Com estas propostas aos jovens, o Santo Padre deixou o Santuário dos Mártires Coreanos, em Solmoe, e regressou para a Nunciatura Apostólica de Seul, concluindo, assim, seu segundo dia de atividades em terras coreanas.

 

Vaticano News/Rádio Vaticana

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Última modificação em Sábado, 16 Agosto 2014 17:36

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Papa reza com jovens asiáticos pela unidade das duas Coreias

Sexta, 15 Agosto 2014 15:48 Escrito por  Vaticano News/ Rádio Vaticana
No segundo dia da Viagem Apostólica à Coreia, em 15/08,o Papa Francisco se deslocou, de helicóptero, até o Santuário dos Mártires Coreanos, em Salmoe, a 43 km de distância de Daejeon. Solmoe, situado numa pequena colina de pinheiros, é a cidade natal de Santo André Kim Daejeon, primeiro sacerdote coreano.  

Após alguns momentos de oração diante do Santuário, o Bispo de Roma se encontrou com os milhares de jovens, provenientes de 23 países da Ásia, por ocasião da VI Jornada da Juventude Asiática, que tem como tema central “Juventude asiática, desperte. A glória dos mártires resplandece sobre você”.

Depois de uma apresentação artística indonésia, por representantes das cinco principais culturas do arquipélago, três jovens de Camboja, Hong Kong e Coreia, apresentaram seus testemunhos pessoais e dirigiram ao Papa algumas perguntas, em nome dos milhares de jovens presentes. A seguir, o Papa Francisco tomou a palavra e, falando em inglês, partiu da expressão de São Pedro, diante da Transfiguração do Senhor no Monte Tabor:  “Queridos jovens amigos! É bom estarmos aqui!”… É realmente bom para nós estarmos aqui, juntos, neste Santuário dos Mártires Coreanos, aos quais a glória do Senhor se revelou na aurora da vida da Igreja neste país. Nesta grande assembleia, que reúne jovens cristãos da Ásia inteira, podemos, de certo modo, sentir a glória de Jesus presente no meio de nós, presente na sua Igreja, que abraça toda a nação, língua e povo, presente com a força do seu Espírito, que torna todas as coisas novas, jovens e vivas”.

Dito isto, o Pontífice agradeceu a calorosa recepção dos jovens, seu entusiasmo, os alegres cantos, os testemunhos de fé e as lindas expressões da variedade e riqueza das suas diferentes culturas. O Papa agradeceu, de modo particular, aos três jovens que partilharam suas esperanças, inquietações e preocupações, as quais ele ouviu e meditou com atenção.

A seguir, o Papa Francisco passou a refletir sobre a segunda parte do tema desta VI Jornada Asiática da Juventude: “A glória dos Mártires resplandece sobre vocês”. Como o Senhor fez resplandecer a sua glória, mediante o testemunho heróico dos mártires, assim ele deseja que a sua glória resplandeça na vida dos jovens e, por seu intermédio, ilumine a vida deste grande Continente.

Com efeito, disse o Papa aos milhares de jovens presentes, hoje Cristo bate à porta dos seus corações; convida-os a despertar-se, a permanecer bem atentos, a descobrir o que realmente conta na vida. Mais ainda! Ele lhes pede para ir pelas estradas e caminhos do mundo e bater à porta do coração dos outros, convidando-os a recebê-lo na sua vida. E acrescentou: “Este grande encontro dos jovens da Ásia permite-nos vislumbrar o que a própria Igreja é chamada a ser no projeto eterno de Deus. Junto com os jovens de todas as partes, vocês querem se comprometer com a construção de um mundo, onde todos convivem em paz e na amizade, superando as barreiras, recompondo as divisões, rejeitando a violência e os preconceitos. É isto que Deus quer de nós. A Igreja é germe de unidade para toda a família humana. Em Cristo, todas as nações e povos são chamados a uma unidade, que não menospreza a diversidade, mas a reconhece, harmoniza e enriquece”.

E o Papa Bergoglio exclamou: “Como o espírito do mundo está longe desta magnífica visão e deste projeto! Quantas vezes, as sementes de bem e de esperança, que procuramos semear, parecem ser sufocadas pelo egoísmo, a inimizade e a injustiça, não apenas ao nosso redor, mas também nos nossos corações.

Por outro lado, o Santo Padre expressou sua preocupação pela crescente disparidade entre ricos e pobres nas nossas sociedades. Vemos sinais de idolatria da riqueza, do poder e do prazer, que se obtêm com custos altíssimos para a vida humana. Muitos dos nossos amigos e coetâneos, embora circundados de prosperidade material, padecem de uma pobreza espiritual, solidão e desespero silencioso. Até parece", disse ainda o Pontífice, "que Deus foi excluído deste horizonte; é como se um deserto espiritual estivesse se alastrando pelo mundo. Este deserto atinge também os jovens e lhes rouba a esperança e, por vezes, até a própria vida. O  Bispo de Roma considerou ainda, que este é o mundo no qual os  jovens são chamados a testemunhar o Evangelho da esperança, o Evangelho de Jesus Cristo e a promessa do seu Reino; "o Evangelho nos ensina que o Espírito de Jesus pode renovar a vida no coração de todo o homem e transformar qualquer situação, até aquela aparentemente sem esperança."

E o Papa frisou: “Queridos jovens amigos, neste nosso tempo, o Senhor conta com vocês! Ele entrou nos seus corações no dia do Batismo; deu-lhes seu Espírito no dia da Crisma; fortalece-os constantemente com a sua presença na Eucaristia, para que vocês possam ser suas testemunhas no mundo. Estejam prontos para dizer «sim» a Ele”. Neste sentido, o Papa pediu aos milhares de jovens para rezar em silêncio pela unidade das duas Coréias unificação da Península coreana.

A seguir, deu-lhes três sugestões sobre o modo de serem testemunhas autênticas e jubilosas do Evangelho:

1) Confiar na força que Cristo lhes dá, sem nunca perder a esperança na verdade da sua palavra e na força da sua graça;

2) Permaneçam com o Senhor por meio da oração diária; adorem a Deus; extraiam a alegria e força da Eucaristia e da Penitência; participem da vida das suas paróquias; jamais se esqueçam do Evangelho do amor, da caridade, tomando parte das iniciativas de caridade;

3) Entre as tantas luzes contrárias ao Evangelho, seus pensamentos, palavras e ações sejam sempre guiados pela sabedoria da Palavra de Cristo e pela força da sua verdade. Ele lhes ensinará a avaliar bem todas as coisas e a conhecer o projeto que ele tem para vocês. Assim, Ele lhes mostrará o caminho para a verdadeira felicidade e a plena realização.

Com estas propostas aos jovens, o Santo Padre deixou o Santuário dos Mártires Coreanos, em Solmoe, e regressou para a Nunciatura Apostólica de Seul, concluindo, assim, seu segundo dia de atividades em terras coreanas.

 

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