O coordenador arquidiocesano da Dimensão Sociopolítica, padre Marcelo Santiago, ressaltou a importância do Encontro falando sobre a necessidade da organização das mulheres junto às demais lutas. “Devemos estar à altura dos desafios que estamos enfrentando", disse.
A luta das mulheres
Silene Gonçalv es, da Escola de Fé e Política, foi a responsável por conduzir as reflexões sobre a luta contra a violência enfrentada pelas mulheres. Em sua fala, ela apresentou dados sobre o número de mulheres que sofrem violência e ressaltou: “A lei Maria da Penha trouxe uma visibilidade para um problema que estava escondido, além de ampliar o debate sobre a violência e a cultura do machismo”.
Os direitos
Apresentando os direitos e as leis que reafirmam a importância da luta feminina, Ivanilda Maria, de Manhuaçu, MG, reforçou a necessidade da mulher conhecer os seus direitos e buscar a igualdade de oportunidades. “Estamos aqui porque nossas leis não são auto aplicáveis. Precisamos de instrumentos para aplicar essas leis. Não podemos repetir esses discursos de facebook sem fazer uma crítica dos fatos”, disse.
Mulher negra
A integrante da Pastoral Afro Brasileira, Nícea Silva, falou sobre a diferença de ser mulher negra na sociedade atual. Segundo ela, a mulher negra é penalizada enquanto mulher e como negra. “A opressão vivida pela mulher negra acontece em dois níveis”, afirmou. Nícea explicou, também, que o empoderamento é um poder adquirido com conhecimento, partilha e comunhão.
Além da mesa debates, uma caminhada pelas ruas de Urucânia, oficinas temáticas e celebração da missa fizeram parte da programação. Dilma Ferraz, da organização do evento, declarou a alegria de poder participar dos bastidores. "É muito bom arrumar a casa para receber quem vai chegar”, disse. Para Jailene Salgado, de Oratórios, o encontro foi muito bom. “Este foi um momento de aprender e reforçar nossas lutas. Aqui a gente encontra com mulheres de realidades parecidas com a nossa, o que nos motiva a continuar, não estamos sozinhas”, afirmou.