Aluno salesiano torna-se colunista em jornal

Terça, 05 Setembro 2017 12:42 Escrito por  Inspetoria Salesiana de São Paulo
Bruno Hernandes Leão tem 16 anos e estuda no Colégio Salesiano São José de Sorocaba, SP. Sua escrita clara e elaborada tem despontado no meio estudantil, com várias redações publicadas no ‘Livro Jovem Salesiano’. Seu gosto por escrever se divide com a prática esportiva e a música, onde aplica a mesma disciplina no desenvolvimento de suas habilidades. Ele tornou-se colunista do jornal ROL de Sorocaba e seu primeiro texto publicado é a redação que alcançou nota 960 no último simulado oficial do Enem 2017. Leia o texto a seguir:  

Desafios do futuro da sustentabilidade no Brasil

 

É inegável que discussões acerca da sustentabilidade contemporânea geram diversas polêmicas, tendo em vista os inúmeros e diferentes determinantes que envolvem o assunto. O Brasil, perante esse debate internacional, assume naturalmente grande responsabilidade, pela enorme biodiversidade e sua grande extensão territorial. Em contrapartida, a maioria da população tem ainda uma consciência sustentável muito primitiva, o que gera diversas dificuldades no processo ecológico.

Pode-se relacionar o problema ambiental aos déficits estruturais da maior parte dos aglomerados urbanos do país. Uma boa parcela desses ambientes mal conta com saneamento básico, água plenamente tratada e um serviço de limpeza urbano severamente escasso. Isso reflete de maneira direta tanto no meio ambiente, quanto na mentalidade da população, o que gera um ciclo vicioso e destrutivo. Eis o resultado: o pouco de educação ambiental eficiente que existe não consegue combater essa desorganização caótica.

Tal ciclo nocivo é autossustentável, e não necessita do menor dos esforços voluntários para se perpetuar. Portanto, não podemos nos entregar a esse caos somente assistindo-o acontecer passivamente, pois caso isso ocorra de fato, a chance de um futuro positivo se reduz à nulidade. O famoso e recente caso que reforça essa tese é o rompimento das barragens de Mariana, cujos impactos ambientais são imensuráveis, quase que irreversíveis. Entretanto, se nada for realizado a respeito dessa situação, as esperanças de uma melhora se esgotam completamente.

Ou seja, para que a situação ambiental brasileira futura seja a melhor possível, é necessário implantar – ou ainda resgatar – valores sustentáveis nas pessoas, pois toda ação parte, primeiramente, de um discurso interior, o qual é construído a partir de uma mentalidade ecológica. É a simples, porém importante consciência de que descartar lixo em lugares impróprios pode acarretar em desastres, por exemplo.

Partindo dessa premissa, seria viável um investimento maior no que se refere à educação ambiental de qualidade. Já se nota que campanhas convencionais não surtem o efeito desejado no âmago das pessoas. É preciso fazê-las projetar um possível futuro caso não se tome nenhuma medida, incitá-las a participar do movimento em prol da natureza.

Poderia ser introduzido nas escolas, como obrigatoriedade, a participação em projetos ecológicos em intervalos semestrais. Se o próprio sistema público exigisse de cada um de seus trabalhadores um ato sustentável anual, a longo prazo os resultados apareceriam. Na iniciativa privada, incentivos e benefícios às pessoas que atuarem a favor do meio ambiente. Tudo isso aliado a um competente sistema publicitário (que usufrua do investimento do governo) embasador desses projetos e iniciativas, poderia gerar um futuro mais agradável ao planeta.

Fonte: http://www.jornalrol.com.br/12360-2/

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Última modificação em Terça, 05 Setembro 2017 15:18

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Aluno salesiano torna-se colunista em jornal

Terça, 05 Setembro 2017 12:42 Escrito por  Inspetoria Salesiana de São Paulo
Bruno Hernandes Leão tem 16 anos e estuda no Colégio Salesiano São José de Sorocaba, SP. Sua escrita clara e elaborada tem despontado no meio estudantil, com várias redações publicadas no ‘Livro Jovem Salesiano’. Seu gosto por escrever se divide com a prática esportiva e a música, onde aplica a mesma disciplina no desenvolvimento de suas habilidades. Ele tornou-se colunista do jornal ROL de Sorocaba e seu primeiro texto publicado é a redação que alcançou nota 960 no último simulado oficial do Enem 2017. Leia o texto a seguir:  

Desafios do futuro da sustentabilidade no Brasil

 

É inegável que discussões acerca da sustentabilidade contemporânea geram diversas polêmicas, tendo em vista os inúmeros e diferentes determinantes que envolvem o assunto. O Brasil, perante esse debate internacional, assume naturalmente grande responsabilidade, pela enorme biodiversidade e sua grande extensão territorial. Em contrapartida, a maioria da população tem ainda uma consciência sustentável muito primitiva, o que gera diversas dificuldades no processo ecológico.

Pode-se relacionar o problema ambiental aos déficits estruturais da maior parte dos aglomerados urbanos do país. Uma boa parcela desses ambientes mal conta com saneamento básico, água plenamente tratada e um serviço de limpeza urbano severamente escasso. Isso reflete de maneira direta tanto no meio ambiente, quanto na mentalidade da população, o que gera um ciclo vicioso e destrutivo. Eis o resultado: o pouco de educação ambiental eficiente que existe não consegue combater essa desorganização caótica.

Tal ciclo nocivo é autossustentável, e não necessita do menor dos esforços voluntários para se perpetuar. Portanto, não podemos nos entregar a esse caos somente assistindo-o acontecer passivamente, pois caso isso ocorra de fato, a chance de um futuro positivo se reduz à nulidade. O famoso e recente caso que reforça essa tese é o rompimento das barragens de Mariana, cujos impactos ambientais são imensuráveis, quase que irreversíveis. Entretanto, se nada for realizado a respeito dessa situação, as esperanças de uma melhora se esgotam completamente.

Ou seja, para que a situação ambiental brasileira futura seja a melhor possível, é necessário implantar – ou ainda resgatar – valores sustentáveis nas pessoas, pois toda ação parte, primeiramente, de um discurso interior, o qual é construído a partir de uma mentalidade ecológica. É a simples, porém importante consciência de que descartar lixo em lugares impróprios pode acarretar em desastres, por exemplo.

Partindo dessa premissa, seria viável um investimento maior no que se refere à educação ambiental de qualidade. Já se nota que campanhas convencionais não surtem o efeito desejado no âmago das pessoas. É preciso fazê-las projetar um possível futuro caso não se tome nenhuma medida, incitá-las a participar do movimento em prol da natureza.

Poderia ser introduzido nas escolas, como obrigatoriedade, a participação em projetos ecológicos em intervalos semestrais. Se o próprio sistema público exigisse de cada um de seus trabalhadores um ato sustentável anual, a longo prazo os resultados apareceriam. Na iniciativa privada, incentivos e benefícios às pessoas que atuarem a favor do meio ambiente. Tudo isso aliado a um competente sistema publicitário (que usufrua do investimento do governo) embasador desses projetos e iniciativas, poderia gerar um futuro mais agradável ao planeta.

Fonte: http://www.jornalrol.com.br/12360-2/

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