Um sorriso... e floresceram milagres

Sexta, 07 Julho 2017 13:17 Escrito por  Portal FMA
No dia 7 de julho a Igreja lembra a Beata Maria Romero Meneses, Filha de Maria Auxiliadora, nascida em Granada, Nicarágua, em 1902 e que viveu em São José de Costa Rica até 1977. “Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles” (Lc 24,15). Como os discípulos de Emaús, a Beata Maria Romero soube reconhecer a presença viva do Senhor na Igreja e, vencendo medos e dificuldades, foi testemunha entusiasmada e corajosa diante do mundo.  

Ir. Maria foi uma alma vulcânica, como a sua terra natal, Nicarágua, a terra dos quarenta vulcões. Uma mulher nascida em uma família abastada e firme (seu pai foi também ministro das finanças) que se doou inteiramente aos mais pobres entre os pobres, com uma confiança total na Providência. Crescida em uma família cristã, desde a infância se sentiu apóstola entre seus coetâneos, mas foi em Costa Rica que Maria descobriu, de maneira decisiva e desconcertante, a verdadeira condição dos pobres e tomou a decisão de se dedicar a eles, sem reservas.

 

Com sensibilidade evangélica e eclesial conquistou para sua ânsia apostólica as jovens alunas, que se tornaram missionárias (misioneritas) nos lugares ao redor da Capital, entre crianças abandonadas e famílias empobrecidas. Os próprios adultos, pessoas abastadas das empresas e profissionais renomados, foram conquistados por sua devoção mariana que obteve graças extraordinárias; e assim se empenharam para colaborar de fato nas iniciativas assistenciais que Ir. Maria, sob a ação do Espírito, projetou com a audácia da mais autêntica fé na Providência.

 

Para os seus pobres Ir. Maria conseguiu primeiro consultas médicas gratuitas, graças ao trabalho voluntário de médicos especialistas, e depois, com a colaboração de industriais do lugar, instituiu cursos de preparação profissional para moças e mulheres. Em pouco tempo deu vida a um poliambulatório, com várias especialidades, para assegurar assistência médico-farmacêutica para muitas pessoas e família carentes de qualquer garantia social. Ao lado disto conseguiu equipamentos adequados para alojamento dos pacientes, às vezes inteiras famílias, além de ambientes para a catequese e a alfabetização durante a espera das consultas; em seguida a capela, um jardim e até mesmo a varanda com canarinhos.

 

Para as famílias sem casa, muitas vezes reduzidas a uma vida precária debaixo de pontes da periferia, fez construir pequenas casas «verdadeiras», confortáveis e com as cores de um minúsculo jardim, com o objetivo de recuperar almas amarguradas, restituir dignidade a vidas embrutecidas pelo abandono, abrindo o coração aos horizontes da verdade, da esperança e de novas capacidades de inserção social. Surgiram assim as cidadelas Maria Auxiliadora: uma obra que continua ainda graças ao compromisso de seus colaboradores através da Associação leiga Asayne (Associação de Ajuda aos Necessitados).

 

Entre as muitas obras e uma sua peculiar atividade de conselheira espiritual (cada dia, horas e horas empenhadas em conversas, as assim chamadas consultas) encontrou espaço e momentos para uma intensa vida mística, que foi a fonte do apostolado de Ir. Maria. Por sua iniciativa nasceram os oratórios, às dezenas, a Casita da Virgem, sempre aberta às necessidades materiais e espirituais dos marginalizados, a Obra Social Maria Auxiliadora, a “cidadela” e a Associação Ayuda Necesitados.

 

A vida de Ir. Maria foi também caracterizada pela oração, obediência, prodígios (como a água de Nossa Senhora, uma jarra tendo dentro um bom número de medalhinhas de Maria para seus pobres, que não podiam por certo ir a Lourdes!), e por um amor forte a Jesus Eucaristia.

 

O seu ideal foi “amar profundamente Jesus, «seu Rei» e difundir a devoção juntamente com aquela de sua divina Mãe. Sua maior alegria foi a possibilidade de aproximar da verdade evangélica as crianças, os pobres, os sofredores e os marginalizados. A recompensa mais desejada para seus sacrifícios foi ver reflorescer em uma vida “perdida” a paz e a fé”.

 

Tendo se feito “toda para todos” e esquecida de si para conquistar sempre novos amigos para seu Jesus, gastou-se até o último de seus dias, o primeiro no qual se decidiu tomar um pouco de repouso.

 

O Governo de Costa Rica declarou-a cidadã honorária da Nação. Seus restos mortais se encontram em São José de Costa Rica, junto à grande obra fundada por ela, a Casa da Virgem e a Obra Social. João Paulo II beatificou-a em 14 de abril de 2002. É a primeira mulher Beata da América Central. A memória litúrgica se celebra no dia 7 de julho, dia de seu nascimento para o céu. Enquanto nos admiramos pelos exemplos de santidade, esforcemo-nos para seguir seus passos, para sermos, por nossa vez, testemunhas corajosas do Evangelho.

Fonte: Portal FMA

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Última modificação em Terça, 11 Julho 2017 14:39

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Um sorriso... e floresceram milagres

Sexta, 07 Julho 2017 13:17 Escrito por  Portal FMA
No dia 7 de julho a Igreja lembra a Beata Maria Romero Meneses, Filha de Maria Auxiliadora, nascida em Granada, Nicarágua, em 1902 e que viveu em São José de Costa Rica até 1977. “Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles” (Lc 24,15). Como os discípulos de Emaús, a Beata Maria Romero soube reconhecer a presença viva do Senhor na Igreja e, vencendo medos e dificuldades, foi testemunha entusiasmada e corajosa diante do mundo.  

Ir. Maria foi uma alma vulcânica, como a sua terra natal, Nicarágua, a terra dos quarenta vulcões. Uma mulher nascida em uma família abastada e firme (seu pai foi também ministro das finanças) que se doou inteiramente aos mais pobres entre os pobres, com uma confiança total na Providência. Crescida em uma família cristã, desde a infância se sentiu apóstola entre seus coetâneos, mas foi em Costa Rica que Maria descobriu, de maneira decisiva e desconcertante, a verdadeira condição dos pobres e tomou a decisão de se dedicar a eles, sem reservas.

 

Com sensibilidade evangélica e eclesial conquistou para sua ânsia apostólica as jovens alunas, que se tornaram missionárias (misioneritas) nos lugares ao redor da Capital, entre crianças abandonadas e famílias empobrecidas. Os próprios adultos, pessoas abastadas das empresas e profissionais renomados, foram conquistados por sua devoção mariana que obteve graças extraordinárias; e assim se empenharam para colaborar de fato nas iniciativas assistenciais que Ir. Maria, sob a ação do Espírito, projetou com a audácia da mais autêntica fé na Providência.

 

Para os seus pobres Ir. Maria conseguiu primeiro consultas médicas gratuitas, graças ao trabalho voluntário de médicos especialistas, e depois, com a colaboração de industriais do lugar, instituiu cursos de preparação profissional para moças e mulheres. Em pouco tempo deu vida a um poliambulatório, com várias especialidades, para assegurar assistência médico-farmacêutica para muitas pessoas e família carentes de qualquer garantia social. Ao lado disto conseguiu equipamentos adequados para alojamento dos pacientes, às vezes inteiras famílias, além de ambientes para a catequese e a alfabetização durante a espera das consultas; em seguida a capela, um jardim e até mesmo a varanda com canarinhos.

 

Para as famílias sem casa, muitas vezes reduzidas a uma vida precária debaixo de pontes da periferia, fez construir pequenas casas «verdadeiras», confortáveis e com as cores de um minúsculo jardim, com o objetivo de recuperar almas amarguradas, restituir dignidade a vidas embrutecidas pelo abandono, abrindo o coração aos horizontes da verdade, da esperança e de novas capacidades de inserção social. Surgiram assim as cidadelas Maria Auxiliadora: uma obra que continua ainda graças ao compromisso de seus colaboradores através da Associação leiga Asayne (Associação de Ajuda aos Necessitados).

 

Entre as muitas obras e uma sua peculiar atividade de conselheira espiritual (cada dia, horas e horas empenhadas em conversas, as assim chamadas consultas) encontrou espaço e momentos para uma intensa vida mística, que foi a fonte do apostolado de Ir. Maria. Por sua iniciativa nasceram os oratórios, às dezenas, a Casita da Virgem, sempre aberta às necessidades materiais e espirituais dos marginalizados, a Obra Social Maria Auxiliadora, a “cidadela” e a Associação Ayuda Necesitados.

 

A vida de Ir. Maria foi também caracterizada pela oração, obediência, prodígios (como a água de Nossa Senhora, uma jarra tendo dentro um bom número de medalhinhas de Maria para seus pobres, que não podiam por certo ir a Lourdes!), e por um amor forte a Jesus Eucaristia.

 

O seu ideal foi “amar profundamente Jesus, «seu Rei» e difundir a devoção juntamente com aquela de sua divina Mãe. Sua maior alegria foi a possibilidade de aproximar da verdade evangélica as crianças, os pobres, os sofredores e os marginalizados. A recompensa mais desejada para seus sacrifícios foi ver reflorescer em uma vida “perdida” a paz e a fé”.

 

Tendo se feito “toda para todos” e esquecida de si para conquistar sempre novos amigos para seu Jesus, gastou-se até o último de seus dias, o primeiro no qual se decidiu tomar um pouco de repouso.

 

O Governo de Costa Rica declarou-a cidadã honorária da Nação. Seus restos mortais se encontram em São José de Costa Rica, junto à grande obra fundada por ela, a Casa da Virgem e a Obra Social. João Paulo II beatificou-a em 14 de abril de 2002. É a primeira mulher Beata da América Central. A memória litúrgica se celebra no dia 7 de julho, dia de seu nascimento para o céu. Enquanto nos admiramos pelos exemplos de santidade, esforcemo-nos para seguir seus passos, para sermos, por nossa vez, testemunhas corajosas do Evangelho.

Fonte: Portal FMA

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