As Voluntárias de Dom Bosco são de fato mulheres consagradas a Deus com os Conselhos Evangélicos, para serem sinais proféticos no coração do mundo, com o espírito salesiano. Leigas e consagradas: um binômio que lhes permite trabalhar e ser testemunhas nos lugares e nas atividades cotidianas, com coração livre e apaixonado por Deus e pelo mundo. Ainda que façam os votos de pobreza, castidade e obediência, não vivem em comunidade e não dirigem obras próprias.
Ativamente presentes nos mais variados ambientes, buscam colher e valorizar os sinais de bem que existem na sociedade. Abertas ao diálogo e à escuta, atentas aos últimos e aos marginalizados, sensíveis principalmente aos jovens e às suas aspirações, atuam com criatividade e humildade, buscando ser “fermento e sal” no lugar em que se encontram.
As VDB vivem o carisma salesiano através do seu apostolado com os jovens, especialmente os mais necessitados, e cumprem sua missão estimuladas pelo amor a Jesus Cristo e pela confiança em Maria Santíssima.
Testemunho
“Externamente nada mudava em minha vida. Continuava uma estudante universitária, uma filha, uma católica ativa como antes. Mas descobri um sentido mais profundo para o meu apostolado, aumentou a minha união com Deus, experienciei o sentido de pertença a uma Família mais ampla”. Assim explica o que mudou com seu ingresso no Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco (VDB) Olga K., presidente mundial das VDB.
Numericamente, há pelo mundo mais de 1.200 VDB, em 58 países, agrupadas em 23 regiões. A maior parte delas vive na Europa e na América Latina. “Mas o crescimento maior está ocorrendo na África e contamos também com mais de 120 aspirantes no Leste asiático”, afirma Olga. Questionada sobre o que sonha para o futuro das VDB, ela considera que cada voluntária carrega seu sonho em seu próprio coração. “Procuramos ser sensíveis à voz profética do Povo de Deus. Damos atenção especial ao Papa Francisco e buscamos viver mais perto dos últimos e dos mais pobres. Não tememos a diversidade, nem aqueles que não estão em contato com a Igreja ou que dela discordam. O Reino de Deus é maior do que Igreja! Deus ama a todos! Sonho por isso que as VDB estejam presentes em todas as periferias”, finaliza.
Celebração em Turim
Um denso grupo de Voluntárias – provenientes principalmente da Itália, mas também de várias nações e de todos os continentes – reuniu-se na noite de sexta-feira, 19 de maio, com a presidente mundial Olga K. para a concelebração eucarística, presidida pelo assessor central do Instituto, padre Joan Lluís Playà, SDB. Em seguida foi realizada uma vigília de oração junto aos Aposentos («Camerette») de Dom Bosco em Turim, na Itália.
Sábado, dia 20, as VDB viveram intensos momentos de oração, reflexão, partilha e aprofundamento acerca das origens e da história do Instituto, a partir da primeira reunião de três mulheres em 20 de maio de 1917 sob a guia do padre Filipe Rinaldi.
Domingo, 21 de maio, a festa alargou-se a toda a Família Salesiana. Estavam presentes o Reitor-mor, padre Ángel Fernández Artime; o padre Eusebio Muñoz, delegado do Reitor-mor para a Família Salesiana; e numerosos inspetores, presidentes, coordenadores salesianos dos vários grupos da FS. Além do Reitor-mor, levaram sua saudação e os seus augúrios as Filhas de Maria Auxiliadora, os Salesianos Cooperadores, os Ex-Alunos/as de Dom Bosco, as Ex-alunas e os Voluntários Com Dom Bosco.
Como relembrou o próprio Reitor-mor, 100 anos de história não podem ser fruto somente de um programa humano: são a manifestação da vontade de Deus; e por isso a festa das VDB é uma grande festa para toda a Família Salesiana. Centro e ápice da festa foi a concelebração eucarística, presidida na Basílica de Maria Auxiliadora pelo Reitor-mor e concelebrada quer pelo cardeal Joseph Zen Ze-kiun, SDB, bispo emérito de Hong Kong, China, e numerosos sacerdotes salesianos.