A superiora geral das FMA, madre Yvonne Reungoat, deu as boas vindas aos participantes, entre esses, várias conselheiras gerais. Em seguida, o padre Giancarlo Rocca se pronunciou. Rocca é historiador e diretor do ‘Dicionário dos Institutos religiosos’, que enquadrou a ação global dos religiosos e religiosas da Itália, no decorrer da I Guerra Mundial: uma ação ampla e articulada, que envolveu diretamente não menos de 20.000 consagrados, muitos dos quais à custa da própria vida.
Posteriormente, o padre Francisco Motto, membro do Instituto Histórico Salesiano (ISS, sigla em italiano) e atual presidente da Associação dos Cultores de História Salesiana (ACSSA), ilustrou a dupla participação dos salesianos da Itália no evento bélico: (1) no front ou no setor da saúde, para milhares de religiosos convocados e (2) a de quantos ficaram “em casa”, duplicando os próprios encargos em favor dos jovens, dos filhos dos convocados, dos órfãos e dos refugiados.
Seguiu-se a fala da irmã Graça Loparco, docente de História da Igreja, na Faculdade Auxilium, de Roma, que apresentou a ampla atividade assistencial desenvolvida pelas FMA no decorrer do conflito. As irmãs se viram pela primeira vez trabalhando em uma grave emergência nacional, como a guerra, tendo que adaptar o seu carisma educativo a formas inéditas de ação: em hospitais para soldados, em casas de família para recém-nascidos, em estreita colaboração com comissões de leigos e leigas, em atividades de todo gênero: para angariar fundos, roupa, objetos úteis para os militares no ‘front’…
Na síntese final o moderador sublinhou como a generosa e diversificada participação na guerra pelos religiosos deu início à reconciliação de muitos estados europeus com as instituições de vida religiosa, depois de meio século de hostilidades.
A secretária-geral, irmã Piera Cavaglià, encerrou a mesa redonda recordando como esta página de história merece ser conhecida, também porque é “mestra de vida” para viver o carisma salesiano ‘hoje’.