5 cristãos mortos e 300 sacerdotes agredidos

Sexta, 23 Janeiro 2015 11:37 Escrito por  InfoANS
5 cristãos mortos e 300 sacerdotes agredidos imagem ilustrativa - arquivo InfoANS
  Em 2014 foram mortos na Índia por ódio religioso cinco cristãos, entre os quais um menino de 11 anos; foram agredidos, espancados e feridos mais de 300, entre sacerdotes, pastores e líderes de comunidades cristãs; e mais de 2.000 entre mulheres e crianças cristãs, vítimas de violências de grupos extremistas hindus. Estes são alguns números contidos no “Relatório sobre perseguição em 2014”, da “Catholic Secular Forum” (CSF).


O Relatório, apresentado em 21 de janeiro, em Mumbai (ex-Bombaim), oferece um elenco “só indicativo e não exaustivo”,  precisou Joseph Dias, leigo católico, responsável pelo CSF, à Agência Fides.
 

Na publicação está registrado como, durante todo o ano passado, foi registrado na Índia “pelo menos um incidente por dia”, em que pessoas, lugares ou líderes cristãos sofreram violência. Os estados em que os abusos são mais frequentes são: Chhattisgarh, seguido por Maharashtra, Madhya Pradesh, Uttar Paradeshm, Karnataka, Kerala e Orissa. Entretanto, de modo menos extenso, estão envolvidos também outros estados da União.
 

Os episódios recenseados são ao todo 7.000: dos mais graves (5 homicídios) aos em que estiveram envolvidas mais de 1.600 mulheres (muitas molestadas e violentadas) e 500 crianças.
 

Entre as causas e os autores da violência, o Relatório cita os grupos extremistas hindus, como “Rashtriya Swayamsevak Sangh” (RSS, “Corpo nacional dos voluntários”), que se confirma a maior ONG existente na Índia, promotora de uma ideologia nacionalista hindu, que quereria eliminar do país as minorias religiosas e atualmente em fase de expansão: se em 2013 nasceram 2000 novas entre seções e células locais do RSS, em 2014 surgiram mais de 5.000, com um total de 5 milhões de membros ativos. O RSS, além disso, apossou-se de 60 igrejas, dessacralizando-as e transformando-as em sedes para a própria ONG.
 

O documento levanta também o problema da cumplicidade das instituições: “Com frequência a polícia recusa-se a registrar atos de violência anticristã como tais; e também a mídia tende a ignorar os abusos, não dando notícias”. Em outros casos, a perseguição não vem à luz, porque as vítimas têm medo de ser mortas e não denunciam as violências.
 

Registre-se, enfim, que desde a segunda metade de 2014, grupos radicais como o RSS organizam cerimônias de “ghar wapsi” e de “voltas para casa”, a fim de re-converter ao hinduísmo – com frequência oferecendo dinheiro – a quantos tivessem abraçado outras crenças. No último dia 18 de janeiro, em Lucknow, estado de Uttar Pradesh, o líder do “Vishwa Hindu Parishad” (VHP), grupo nacionalista hindu, invocou uma lei nacional que vete conversões de hinduístas.
 

InfoANS

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Última modificação em Sexta, 23 Janeiro 2015 11:57

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Sexta, 23 Janeiro 2015 11:37 Escrito por  InfoANS
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  Em 2014 foram mortos na Índia por ódio religioso cinco cristãos, entre os quais um menino de 11 anos; foram agredidos, espancados e feridos mais de 300, entre sacerdotes, pastores e líderes de comunidades cristãs; e mais de 2.000 entre mulheres e crianças cristãs, vítimas de violências de grupos extremistas hindus. Estes são alguns números contidos no “Relatório sobre perseguição em 2014”, da “Catholic Secular Forum” (CSF).


O Relatório, apresentado em 21 de janeiro, em Mumbai (ex-Bombaim), oferece um elenco “só indicativo e não exaustivo”,  precisou Joseph Dias, leigo católico, responsável pelo CSF, à Agência Fides.
 

Na publicação está registrado como, durante todo o ano passado, foi registrado na Índia “pelo menos um incidente por dia”, em que pessoas, lugares ou líderes cristãos sofreram violência. Os estados em que os abusos são mais frequentes são: Chhattisgarh, seguido por Maharashtra, Madhya Pradesh, Uttar Paradeshm, Karnataka, Kerala e Orissa. Entretanto, de modo menos extenso, estão envolvidos também outros estados da União.
 

Os episódios recenseados são ao todo 7.000: dos mais graves (5 homicídios) aos em que estiveram envolvidas mais de 1.600 mulheres (muitas molestadas e violentadas) e 500 crianças.
 

Entre as causas e os autores da violência, o Relatório cita os grupos extremistas hindus, como “Rashtriya Swayamsevak Sangh” (RSS, “Corpo nacional dos voluntários”), que se confirma a maior ONG existente na Índia, promotora de uma ideologia nacionalista hindu, que quereria eliminar do país as minorias religiosas e atualmente em fase de expansão: se em 2013 nasceram 2000 novas entre seções e células locais do RSS, em 2014 surgiram mais de 5.000, com um total de 5 milhões de membros ativos. O RSS, além disso, apossou-se de 60 igrejas, dessacralizando-as e transformando-as em sedes para a própria ONG.
 

O documento levanta também o problema da cumplicidade das instituições: “Com frequência a polícia recusa-se a registrar atos de violência anticristã como tais; e também a mídia tende a ignorar os abusos, não dando notícias”. Em outros casos, a perseguição não vem à luz, porque as vítimas têm medo de ser mortas e não denunciam as violências.
 

Registre-se, enfim, que desde a segunda metade de 2014, grupos radicais como o RSS organizam cerimônias de “ghar wapsi” e de “voltas para casa”, a fim de re-converter ao hinduísmo – com frequência oferecendo dinheiro – a quantos tivessem abraçado outras crenças. No último dia 18 de janeiro, em Lucknow, estado de Uttar Pradesh, o líder do “Vishwa Hindu Parishad” (VHP), grupo nacionalista hindu, invocou uma lei nacional que vete conversões de hinduístas.
 

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