Um sonho que se tornou realidade!

Segunda, 08 Dezembro 2014 22:01 Escrito por  Filhas de Maria Auxiliadora
Durante o Capítulo Geral XXIII das Filhas de Maria Auxiliadora, o site internacional das FMA entrevistou irmã Ruzagiriza Chantal Mukase, da Inspetoria africana Nossa Senhora da Esperança (AFE), que compreende Quênia, Ruanda e Tanzânia. Eleita no CG XXIII como conselheira geral visitadora para a África, irmã Mukase fala especificamente da nova missão aberta pelas FMA no deserto de North Horr:

“No fim da visita canônica de 2009, a visitadora, irmã Marie Dominique Mwema, lançou o desafio de sair de nossos lugares habituais de missão para responder às outras pobrezas lá onde não existe uma presença religiosa. Assim, acolhemos o pedido do bispo da Diocese de Marsabit para iniciar uma missão evangelizadora no deserto de North Horr, no norte do Quênia.

North Horr é uma terra deserta, árida, seca, distante da cidade. No início não foi fácil, houve um pouco de resistência. Mas depois, animadas pela coragem e pelo olhar tenaz e clarividente da inspetora, irmã Teresa Fernandes, respondemos ao chamado. Foi grande o entusiasmo das primeiras irmãs, Patrícia, Anísia e Purity. Uma dedicação plena que continua, graças à presença das FMA da comunidade atual: irmãs Patrícia, Anastácia, Gisele e Regina que, com coração apaixonado e alegre zelo apostólico, experimentam quanto bem se está fazendo e é grande a esperança de compartilhar sempre mais com o povo do deserto o anúncio evangélico.

 

Comunidade

A comunidade estabeleceu-se em uma casa pequena, próxima da paróquia, e há uma boa colaboração com o sacerdote e toda a comunidade paroquial. Estão levando adiante o Projeto ‘Reach out’ (Chegar a), que é uma missão de evangelização itinerante. Passando através do deserto Chalbi chega-se às aldeias e grupos de nômades ‘Gabbra’. A fé do povo e a vida sacramental está crescendo graças a esses encontros, e as irmãs procuram promover, através da catequese nas escolas, uma formação cristã mais sólida e convicta.

As FMA coordenam também a atividade didática nas escolas maternas e a formação das professoras. Além disso, cuidam da animação da associação de mulheres católicas. Foram abertos centros oratorianos, cuida-se da formação dos animadores/animadoras dando vida aos vários grupos e movimentos para crianças e jovens, como a Infância Pontifícia Missionária. Dá-se atenção à formação do pequeno clero. A Igreja local está muito contente com nossa presença e com o trabalho desenvolvido por nossas irmãs.

 

Paróquias

As FMA estão envolvidas em todas as atividades da paróquia. Houve logo grande acolhimento por parte dos sacerdotes e do povo. A inserção, porém, foi gradual: depois da decisão da madre e do seu Conselho, foi organizada uma pequena presença durante as férias de verão. Algumas FMA, noviças, postulantes e voluntárias/os Vides Quênia e UK, animaram os acampamentos de verão com diversas atividades educativas, recreativas e de expressões criativas. Houve muitos encontros com o bispo e o pároco de North Horr. Procuramos em conjunto conhecer mais a realidade, as necessidades e as exigências do lugar, das pessoas, programar junto e estabelecer tarefas e papéis desde o início. Depois tudo continuou bem, também com avaliações periódicas. A colaboração é muito positiva.

 

Desafios

A cultura dominante é a tradicional do lugar, portanto, não-cristã. Isto torna difícil o caminho de evangelização. Há ritos e práticas concretas da tradição contrárias à vida segundo o Evangelho, mas esperamos que, através de um caminho gradual de educação e evangelização, com a confiança em Jesus e o nosso testemunho, se chegará a tocar os corações das pessoas. A educação é caminho para o desenvolvimento, para que este povo possa melhorar a própria vida e sair das tantas pobrezas que os tornam escravos. Eles acreditam que a educação das meninas as torna mais livres e capazes de se exprimir: por isso não são favoráveis à educação delas, para evitar o risco de que deixem de ser dóceis e submissas. Há, portanto, muito a se trabalhar, mas o povo está muito contente conosco!”

 

FMA no Leste africano

A Inspetoria Nossa Senhora da Esperança foi ereta canonicamente no dia 15 de agosto de 1992, e se estende por diversas nações da África Leste: Sudão, Etiópia, Quênia, Tanzânia, Ruanda.

Inicialmente, em 1988, as casas do Quênia e do Zâmbia se uniram formando uma Delegação; em 1989 se acrescentaram as casas da Etiópia e Sudão, constituindo uma Visitadoria. Em seguida houve um reajustamento da realidade e das nações de pertença, levando em conta também o critério linguístico, e se formou a atual inspetoria.

A presença das Filhas de Maria Auxiliadora (Irmãs Salesianas) nessas nações teve início com obras para a promoção e educação da mulher: centros vocacionais, promocionais, centros sanitários como dispensários e serviços no hospital da região; escolas maternas e alguns serviços em escolas elementares e secundárias católicas e estatais existentes na região.

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Um sonho que se tornou realidade!

Segunda, 08 Dezembro 2014 22:01 Escrito por  Filhas de Maria Auxiliadora
Durante o Capítulo Geral XXIII das Filhas de Maria Auxiliadora, o site internacional das FMA entrevistou irmã Ruzagiriza Chantal Mukase, da Inspetoria africana Nossa Senhora da Esperança (AFE), que compreende Quênia, Ruanda e Tanzânia. Eleita no CG XXIII como conselheira geral visitadora para a África, irmã Mukase fala especificamente da nova missão aberta pelas FMA no deserto de North Horr:

“No fim da visita canônica de 2009, a visitadora, irmã Marie Dominique Mwema, lançou o desafio de sair de nossos lugares habituais de missão para responder às outras pobrezas lá onde não existe uma presença religiosa. Assim, acolhemos o pedido do bispo da Diocese de Marsabit para iniciar uma missão evangelizadora no deserto de North Horr, no norte do Quênia.

North Horr é uma terra deserta, árida, seca, distante da cidade. No início não foi fácil, houve um pouco de resistência. Mas depois, animadas pela coragem e pelo olhar tenaz e clarividente da inspetora, irmã Teresa Fernandes, respondemos ao chamado. Foi grande o entusiasmo das primeiras irmãs, Patrícia, Anísia e Purity. Uma dedicação plena que continua, graças à presença das FMA da comunidade atual: irmãs Patrícia, Anastácia, Gisele e Regina que, com coração apaixonado e alegre zelo apostólico, experimentam quanto bem se está fazendo e é grande a esperança de compartilhar sempre mais com o povo do deserto o anúncio evangélico.

 

Comunidade

A comunidade estabeleceu-se em uma casa pequena, próxima da paróquia, e há uma boa colaboração com o sacerdote e toda a comunidade paroquial. Estão levando adiante o Projeto ‘Reach out’ (Chegar a), que é uma missão de evangelização itinerante. Passando através do deserto Chalbi chega-se às aldeias e grupos de nômades ‘Gabbra’. A fé do povo e a vida sacramental está crescendo graças a esses encontros, e as irmãs procuram promover, através da catequese nas escolas, uma formação cristã mais sólida e convicta.

As FMA coordenam também a atividade didática nas escolas maternas e a formação das professoras. Além disso, cuidam da animação da associação de mulheres católicas. Foram abertos centros oratorianos, cuida-se da formação dos animadores/animadoras dando vida aos vários grupos e movimentos para crianças e jovens, como a Infância Pontifícia Missionária. Dá-se atenção à formação do pequeno clero. A Igreja local está muito contente com nossa presença e com o trabalho desenvolvido por nossas irmãs.

 

Paróquias

As FMA estão envolvidas em todas as atividades da paróquia. Houve logo grande acolhimento por parte dos sacerdotes e do povo. A inserção, porém, foi gradual: depois da decisão da madre e do seu Conselho, foi organizada uma pequena presença durante as férias de verão. Algumas FMA, noviças, postulantes e voluntárias/os Vides Quênia e UK, animaram os acampamentos de verão com diversas atividades educativas, recreativas e de expressões criativas. Houve muitos encontros com o bispo e o pároco de North Horr. Procuramos em conjunto conhecer mais a realidade, as necessidades e as exigências do lugar, das pessoas, programar junto e estabelecer tarefas e papéis desde o início. Depois tudo continuou bem, também com avaliações periódicas. A colaboração é muito positiva.

 

Desafios

A cultura dominante é a tradicional do lugar, portanto, não-cristã. Isto torna difícil o caminho de evangelização. Há ritos e práticas concretas da tradição contrárias à vida segundo o Evangelho, mas esperamos que, através de um caminho gradual de educação e evangelização, com a confiança em Jesus e o nosso testemunho, se chegará a tocar os corações das pessoas. A educação é caminho para o desenvolvimento, para que este povo possa melhorar a própria vida e sair das tantas pobrezas que os tornam escravos. Eles acreditam que a educação das meninas as torna mais livres e capazes de se exprimir: por isso não são favoráveis à educação delas, para evitar o risco de que deixem de ser dóceis e submissas. Há, portanto, muito a se trabalhar, mas o povo está muito contente conosco!”

 

FMA no Leste africano

A Inspetoria Nossa Senhora da Esperança foi ereta canonicamente no dia 15 de agosto de 1992, e se estende por diversas nações da África Leste: Sudão, Etiópia, Quênia, Tanzânia, Ruanda.

Inicialmente, em 1988, as casas do Quênia e do Zâmbia se uniram formando uma Delegação; em 1989 se acrescentaram as casas da Etiópia e Sudão, constituindo uma Visitadoria. Em seguida houve um reajustamento da realidade e das nações de pertença, levando em conta também o critério linguístico, e se formou a atual inspetoria.

A presença das Filhas de Maria Auxiliadora (Irmãs Salesianas) nessas nações teve início com obras para a promoção e educação da mulher: centros vocacionais, promocionais, centros sanitários como dispensários e serviços no hospital da região; escolas maternas e alguns serviços em escolas elementares e secundárias católicas e estatais existentes na região.

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