O Colégio Salesiano Região Oceânica, em Niterói, RJ, por meio da atuação do Serviço de Orientação Educacional, desenvolve um programa educativo que inclui palestras e dinâmicas com o objetivo de apresentar as oportunidades e diferenciais pedagógicos da escola à comunidade educativa.

A Rede Salesiana de Escola (RSE) afirma que a verdadeira educação vai além da transmissão de conteúdos das matérias letivas: “A aula que vale é a que desperta para a vida, que leva os jovens e crianças a uma educação que lhes dê propriedade sobre si mesmos, que cada um seja capaz de fazer escolhas ao melhor caminho. Educar também é contribuir para a sociedade com atitude, senso crítico e honestidade”.

Habilidades e Competências

A RSE investiu nessa perspectiva e elaborou um material didático exclusivo “com base em estudos atuais da epistemologia, da ciência cognitiva e da filosofia salesiana de educação. O material didático busca a melhor formação científica e pessoal, por meio da integração entre as disciplinas e do desenvolvimento de habilidades comuns que são compromissos de todas as áreas”.

O material citado foi lançado em 2005 e, desde então, passou por aprimoramentos, atualizações e em 2014 ganhou sua versão digital, composto por um livro e um caderno interativo. Ainda nesse aspecto, a RSE investiu em um convênio com o Portal Futurum, canal online criado por entidades ligadas à Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) com “o objetivo de apoiar e valorizar o processo de ensino e aprendizagem com novas tecnologias”.

Além de usufruir das potencialidades das tecnologias educacionais, a oportunidade se vale do interesse natural da juventude por esses recursos informatizados e, assim, o aprendizado acontece de forma multidisciplinar, espontânea, sólida e divertida.

Aprendizado na prática

Uma das características diferenciais do material didático salesiano é o estímulo por atividades que busquem a construção do conhecimento de maneira prática, tátil, interativa... Como nas aulas experimentais, laboratório de ciências e informática, excursões e pesquisas de campo, as feiras escolares etc.

Destaque especial para a leitura, essencial para a formação cultural e intelectual do indivíduo, por favorecer a capacidade de argumentação, aumentar o vocabulário, desenvolver a criatividade, aprofundar a compreensão do texto e muito mais. Fomentando esse saber, aliam-se atividades como teatro, música, saraus e muito mais.

“Uma vez que aprender significa estabelecer relações, é necessário que as atividades propostas estejam relacionadas ao universo de conhecimentos, experiências e vivências do aluno, para que, a partir daí, ele possa ir além, ultrapassar o senso comum e posicionar-se”, afirma um trecho do livro do professor, em seu material didático, em texto organizado por Kátia Cristina Stocco Smole, coordenadora pedagógica da RSE.

É importante alocar um momento para o lazer como em atividades extracurriculares de teatro, esporte, dança, idiomas e outras que despertem prazer. Além do bem-estar físico e mental, essas práticas trabalham valores como a interação, a responsabilidade, a concentração e o respeito.

A multiplicidade de ações fundamenta-se na perspectiva de que cada pessoa tem seu ritmo de aprendizado e maior potencial intelectual para diferentes “tipos” de inteligência (lógico-matemática; linguística; espacial; físico-cinestésica; interpessoal; intrapessoal; musical; natural; existencial), como apontam os estudos do teórico Howard Gardner, formado nos campos da Psicologia e da Neurologia.

“O processo de aprendizagem que se estrutura da forma como foi colocado até aqui se denomina aprendizagem significativa. Algo que é aprendido só modifica os valores, as motivações, o sistema conceitual e a própria autoestima daquele que aprende se ’fizer sentido’ para ele. Ninguém aprende pelo outro. Quanto mais significativo o conteúdo aprendido, tanto mais rápido será o próprio processo de aprendizagem”. 

Nessa jornada, a criança e o jovem devem poder contar com a parceria e atenção da família. É preciso que os pais/responsáveis acompanhem o desenvolvimento acadêmico do filho, frequentem as reuniões e eventos escolares e que partilhem com a escola suas propostas e experiências. Se a dificuldade de aprendizado persistir, o aluno e/ou sua família devem procurar o apoio da equipe de orientação educacional do colégio para articular outras estratégias que facilitem seu aprendizado ou para que o caso seja analisado mais profundamente.