Ucrânia: o medo e o empenho para recomeçar

Segunda, 06 Junho 2022 14:21 Escrito por  Agência Info Salesiana
"Não importa quão duramente os locais tenham sido atingidos ou destruídos, as pessoas estão lentamente regressando e refazendo. E voltarão e reconstruirão novamente", afirma o padre Roman Tsyganiuk.


Tanto nas regiões orientais quanto nas ocidentais, no coração do país ou na linha de frente, após mais de 100 dias de guerra, nunca se sabe na Ucrânia, quando as sirenes dos ataques aéreos serão ouvidas novamente, causando medo nos habitantes.


Só em alguns cenários mais pacíficos, como Leópolis, nestes dias de quase verão, o clima ameno e o bom tempo levam a população a sair às ruas elegantes e aos belos parques. É a vontade de viver que prevalece sobre o medo da morte, e que leva as pessoas a entregar-se a um pouco de distração e beleza, graças às canções e danças de artistas de rua...

Na bela catedral de Leópolis, as pessoas ainda entram para rezar e invocar a ajuda de Deus; aos domingos, as celebrações ocorrem em vários idiomas.

Os problemas existem, e como! No centro da Ucrânia, há falta de combustível, obrigando os salesianos envolvidos na coleta e distribuição de ajuda humanitária a trazê-lo da Polônia. Além disso, para ir de uma cidade a outra, é preciso atravessar passagens improvisadas, porque muitas pontes foram abatidas ou bombardeadas, deixando sinais mais ou menos evidentes da batalha que passou nas proximidades.

"Não importa quão duramente os locais tenham sido atingidos ou destruídos, as pessoas estão lentamente regressando e reconstruindo. E voltarão e reconstruirão novamente", afirma, com determinação, o padre Roman Tsyganiuk, após mais uma viagem de solidariedade que o levou da Ucrânia Ocidental a Vorzel, na Ucrânia Central, para distribuir ajuda aos necessitados.

A situação precária da população ucraniana deparou-se providencialmente com a solidariedade sincera e frutuosa de tantas pessoas em todo o mundo. A Don Bosco Network, rede de organizações e entidades salesianas empenhadas no desenvolvimento, por iniciativa do seu coordenador, Fonny Grootjans, recolheu dados sobre quantos refugiados foram recebidos pelas instituições salesianas mais próximas na Ucrânia, 100 dias após o início da guerra.

Refugiados

 

De acordo com tais dados, atualmente, na Moldávia, 39 refugiados em fuga da Ucrânia foram acolhidos no centro em Chisinau e em Creotaia; na Polônia, graças ao empenho direto das quatro inspetorias salesianas, 549 refugiados encontraram abrigo (147 nas obras da província Wrocław, 134 em Piła, 157 em Varsóvia e 111 em Cracóvia).

 

Ao todo, 45 menores da casa-família de Leópolis foram acolhidos em casas salesianas na Eslováquia; além dos cerca de 200 refugiados que os salesianos confiaram as famílias com quem colaboram, os 500 que foram acolhidos num abrigo dos Salesianos Cooperadores (SSCC) e os mais de 2.500 refugiados acolhidos por curtos períodos no início da guerra.

As ações de primeiro acolhimento e ajuda de emergência são essenciais. No entanto, não são as únicas realizadas pelos Salesianos: visto que a guerra continua, eles acentuam as atividades em favor da integração social dos refugiados.

É o que ocorre, por exemplo, na Polônia, na Inspetoria de Wrocław, onde em Lubin são oferecidos cursos de língua polonesa a refugiados ucranianos adultos, e em Tarnowskie Góry, são ministrados cursos de cerâmica para menores refugiados.

 

Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Segunda, 06 Junho 2022 15:47

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Ucrânia: o medo e o empenho para recomeçar

Segunda, 06 Junho 2022 14:21 Escrito por  Agência Info Salesiana
"Não importa quão duramente os locais tenham sido atingidos ou destruídos, as pessoas estão lentamente regressando e refazendo. E voltarão e reconstruirão novamente", afirma o padre Roman Tsyganiuk.


Tanto nas regiões orientais quanto nas ocidentais, no coração do país ou na linha de frente, após mais de 100 dias de guerra, nunca se sabe na Ucrânia, quando as sirenes dos ataques aéreos serão ouvidas novamente, causando medo nos habitantes.


Só em alguns cenários mais pacíficos, como Leópolis, nestes dias de quase verão, o clima ameno e o bom tempo levam a população a sair às ruas elegantes e aos belos parques. É a vontade de viver que prevalece sobre o medo da morte, e que leva as pessoas a entregar-se a um pouco de distração e beleza, graças às canções e danças de artistas de rua...

Na bela catedral de Leópolis, as pessoas ainda entram para rezar e invocar a ajuda de Deus; aos domingos, as celebrações ocorrem em vários idiomas.

Os problemas existem, e como! No centro da Ucrânia, há falta de combustível, obrigando os salesianos envolvidos na coleta e distribuição de ajuda humanitária a trazê-lo da Polônia. Além disso, para ir de uma cidade a outra, é preciso atravessar passagens improvisadas, porque muitas pontes foram abatidas ou bombardeadas, deixando sinais mais ou menos evidentes da batalha que passou nas proximidades.

"Não importa quão duramente os locais tenham sido atingidos ou destruídos, as pessoas estão lentamente regressando e reconstruindo. E voltarão e reconstruirão novamente", afirma, com determinação, o padre Roman Tsyganiuk, após mais uma viagem de solidariedade que o levou da Ucrânia Ocidental a Vorzel, na Ucrânia Central, para distribuir ajuda aos necessitados.

A situação precária da população ucraniana deparou-se providencialmente com a solidariedade sincera e frutuosa de tantas pessoas em todo o mundo. A Don Bosco Network, rede de organizações e entidades salesianas empenhadas no desenvolvimento, por iniciativa do seu coordenador, Fonny Grootjans, recolheu dados sobre quantos refugiados foram recebidos pelas instituições salesianas mais próximas na Ucrânia, 100 dias após o início da guerra.

Refugiados

 

De acordo com tais dados, atualmente, na Moldávia, 39 refugiados em fuga da Ucrânia foram acolhidos no centro em Chisinau e em Creotaia; na Polônia, graças ao empenho direto das quatro inspetorias salesianas, 549 refugiados encontraram abrigo (147 nas obras da província Wrocław, 134 em Piła, 157 em Varsóvia e 111 em Cracóvia).

 

Ao todo, 45 menores da casa-família de Leópolis foram acolhidos em casas salesianas na Eslováquia; além dos cerca de 200 refugiados que os salesianos confiaram as famílias com quem colaboram, os 500 que foram acolhidos num abrigo dos Salesianos Cooperadores (SSCC) e os mais de 2.500 refugiados acolhidos por curtos períodos no início da guerra.

As ações de primeiro acolhimento e ajuda de emergência são essenciais. No entanto, não são as únicas realizadas pelos Salesianos: visto que a guerra continua, eles acentuam as atividades em favor da integração social dos refugiados.

É o que ocorre, por exemplo, na Polônia, na Inspetoria de Wrocław, onde em Lubin são oferecidos cursos de língua polonesa a refugiados ucranianos adultos, e em Tarnowskie Góry, são ministrados cursos de cerâmica para menores refugiados.

 

Fonte: Agência Info Salesiana

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