Experiências: Projeto Nações - Discutindo Problemas e Buscando Soluções

Quarta, 03 Novembro 2021 19:22 Escrito por  Redação Boletim Salesiano
Experiências: Projeto Nações - Discutindo Problemas e Buscando Soluções iStock.com
O Boletim Salesiano apresenta na edição digital exemplos práticos de projetos de Educomunicação, realizados em unidades da RSB-Escolas. Levar os estudantes do Ensino Médio a construírem conhecimentos sociais, políticos e ambientais e a buscarem soluções para problemas mundiais são os objetivos do Projeto Nações do Centro Educacional Pio XII, em Belo Horizonte, MG.    

O “Projeto Nações: Discutindo Problemas e Buscando Soluções” é realizado já há sete anos no Centro Educacional Pio XII, unidade da RSB-Escolas em Belo Horizonte, MG. A cada edição, ele envolve os estudantes e professores do Ensino Médio durante todo o ano letivo em uma série de atividades que incluem pesquisas, debates, produções de textos e apresentações, e que culminam em um evento no qual os alunos, como embaixadores de diversos países, discutem e buscam soluções para os principais problemas mundiais.

 

“É como se fosse um ‘mini’ encontro das Nações Unidas (ONU), com debates sobre vários temas e apresentação de propostas. O projeto é construído durante o ano inteiro, com a preocupação de trabalhar com os alunos a comunicação, a formação e, também, a criticidade, para que eles se tornem cidadãos ativos e conscientes”, considera Marco Antonio Remigio, diretor pedagógico do Pio XII.

 

Ao longo do ano letivo

A professora de História e autora do projeto, Rose Mary Oliveira Lima, explica que a abertura é feita em fevereiro, com a exposição dos objetivos. Em seguida, os alunos escolhem o país que irão representar (individualmente ou em duplas) e é formada também uma comissão de três estudantes que trabalham diretamente com Rose Mary na organização dos debates, registro das atividades e intercâmbio entre professores e alunos durante todo o processo, até a realização do evento final.

 

São abordados sempre quatro temas: Direitos Humanos, Política, Economia e Questões Ambientais. “Cada dupla se torna um embaixador ou delegado do país que escolheu e estuda esses quatro temas específicos naquele ano e no ano anterior. Os estudantes precisam pesquisar os principais problemas enfrentados pelo país, as relações desse país com outros, as posturas tomadas pelos governantes etc. Ao longo do ano, vamos passando os temas para que eles desenvolvam textos e pesquisas; e eles vão montando uma pasta com todas as produções”, complementa a professora.

 

No decorrer do ano, são feitos debates preparatórios, sobre temas mais específicos. “Depois de cada debate, os alunos são avaliados; vemos o que foi bom, o que faltou, e passamos as orientações, inclusive quanto a postura que eles devem ter em um debate, como fazer as perguntas para os representantes de outro país, como elaborar uma réplica ou tréplica”.

 

Em outubro, no evento de conclusão, são feitos dois dias inteiros de debates. A comissão prepara a abertura oficial, produzindo um vídeo sobre os principais acontecimentos do mundo naquele ano, a palestra com um convidado externo e os depoimentos de ex-alunos sobre o projeto. No final do último dia, é apresentada pela comissão uma situação problema, para a qual os estudantes precisam propor soluções. No ano passado, por exemplo, a comissão criou uma situação sobre a produção e distribuição de vacinas.

 

Comunicação e formação do pensamento crítico

“O projeto envolve, além da disciplina de História, a Língua Portuguesa, o Espanhol, o Inglês e, dependendo das temáticas, Filosofia e Geografia. Ele é mais concentrado nos estudantes do 2º e 3º ano, que atuam como representantes dos países - já que o Projeto Nações também visa a preparação para o ENEM e os vestibulares, nos quais são exigidos conhecimentos de atualidades -, mas incorpora os alunos do 1º ano, que participam como ouvintes e avaliadores”, afirma a coordenadora do Ensino Médio, Catia Aroeira.

 

Os resultados do Projeto Nações, entretanto, vão além da preparação para o vestibular, contribuindo para a formação integral. “É um processo muito rico, com os debates ao longo do ano e depois o evento final. Os alunos se dedicam muito a estudar os países, para representá-los bem e buscar as soluções. Assim, percebem as políticas internacionais, as questões sociais e ambientais, e aprendem que podem pensar sobre isso e ter propostas. Ao longo dos anos, vemos que esse projeto permitiu que eles desenvolvessem a autoconfiança e o senso crítico mesmo depois, na faculdade e na vida profissional”, ressalta Rose Mary.

  

“Podemos dizer que é um projeto totalmente pautado na comunicação, no diálogo e na pesquisa de forma salesiana, em que a gente trabalha o estudo, a oratória e o debate para preparar o aluno a ter esse olhar crítico e propositivo. O Projeto Nações promove os alunos a serem atuantes e protagonistas para um mundo melhor”, finaliza Marco Antonio Remigio.

 

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Experiências: Projeto Nações - Discutindo Problemas e Buscando Soluções

Quarta, 03 Novembro 2021 19:22 Escrito por  Redação Boletim Salesiano
Experiências: Projeto Nações - Discutindo Problemas e Buscando Soluções iStock.com
O Boletim Salesiano apresenta na edição digital exemplos práticos de projetos de Educomunicação, realizados em unidades da RSB-Escolas. Levar os estudantes do Ensino Médio a construírem conhecimentos sociais, políticos e ambientais e a buscarem soluções para problemas mundiais são os objetivos do Projeto Nações do Centro Educacional Pio XII, em Belo Horizonte, MG.    

O “Projeto Nações: Discutindo Problemas e Buscando Soluções” é realizado já há sete anos no Centro Educacional Pio XII, unidade da RSB-Escolas em Belo Horizonte, MG. A cada edição, ele envolve os estudantes e professores do Ensino Médio durante todo o ano letivo em uma série de atividades que incluem pesquisas, debates, produções de textos e apresentações, e que culminam em um evento no qual os alunos, como embaixadores de diversos países, discutem e buscam soluções para os principais problemas mundiais.

 

“É como se fosse um ‘mini’ encontro das Nações Unidas (ONU), com debates sobre vários temas e apresentação de propostas. O projeto é construído durante o ano inteiro, com a preocupação de trabalhar com os alunos a comunicação, a formação e, também, a criticidade, para que eles se tornem cidadãos ativos e conscientes”, considera Marco Antonio Remigio, diretor pedagógico do Pio XII.

 

Ao longo do ano letivo

A professora de História e autora do projeto, Rose Mary Oliveira Lima, explica que a abertura é feita em fevereiro, com a exposição dos objetivos. Em seguida, os alunos escolhem o país que irão representar (individualmente ou em duplas) e é formada também uma comissão de três estudantes que trabalham diretamente com Rose Mary na organização dos debates, registro das atividades e intercâmbio entre professores e alunos durante todo o processo, até a realização do evento final.

 

São abordados sempre quatro temas: Direitos Humanos, Política, Economia e Questões Ambientais. “Cada dupla se torna um embaixador ou delegado do país que escolheu e estuda esses quatro temas específicos naquele ano e no ano anterior. Os estudantes precisam pesquisar os principais problemas enfrentados pelo país, as relações desse país com outros, as posturas tomadas pelos governantes etc. Ao longo do ano, vamos passando os temas para que eles desenvolvam textos e pesquisas; e eles vão montando uma pasta com todas as produções”, complementa a professora.

 

No decorrer do ano, são feitos debates preparatórios, sobre temas mais específicos. “Depois de cada debate, os alunos são avaliados; vemos o que foi bom, o que faltou, e passamos as orientações, inclusive quanto a postura que eles devem ter em um debate, como fazer as perguntas para os representantes de outro país, como elaborar uma réplica ou tréplica”.

 

Em outubro, no evento de conclusão, são feitos dois dias inteiros de debates. A comissão prepara a abertura oficial, produzindo um vídeo sobre os principais acontecimentos do mundo naquele ano, a palestra com um convidado externo e os depoimentos de ex-alunos sobre o projeto. No final do último dia, é apresentada pela comissão uma situação problema, para a qual os estudantes precisam propor soluções. No ano passado, por exemplo, a comissão criou uma situação sobre a produção e distribuição de vacinas.

 

Comunicação e formação do pensamento crítico

“O projeto envolve, além da disciplina de História, a Língua Portuguesa, o Espanhol, o Inglês e, dependendo das temáticas, Filosofia e Geografia. Ele é mais concentrado nos estudantes do 2º e 3º ano, que atuam como representantes dos países - já que o Projeto Nações também visa a preparação para o ENEM e os vestibulares, nos quais são exigidos conhecimentos de atualidades -, mas incorpora os alunos do 1º ano, que participam como ouvintes e avaliadores”, afirma a coordenadora do Ensino Médio, Catia Aroeira.

 

Os resultados do Projeto Nações, entretanto, vão além da preparação para o vestibular, contribuindo para a formação integral. “É um processo muito rico, com os debates ao longo do ano e depois o evento final. Os alunos se dedicam muito a estudar os países, para representá-los bem e buscar as soluções. Assim, percebem as políticas internacionais, as questões sociais e ambientais, e aprendem que podem pensar sobre isso e ter propostas. Ao longo dos anos, vemos que esse projeto permitiu que eles desenvolvessem a autoconfiança e o senso crítico mesmo depois, na faculdade e na vida profissional”, ressalta Rose Mary.

  

“Podemos dizer que é um projeto totalmente pautado na comunicação, no diálogo e na pesquisa de forma salesiana, em que a gente trabalha o estudo, a oratória e o debate para preparar o aluno a ter esse olhar crítico e propositivo. O Projeto Nações promove os alunos a serem atuantes e protagonistas para um mundo melhor”, finaliza Marco Antonio Remigio.

 

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