Costa do Marfim: as ‘meninas de rua’ precisam de ajuda e solidariedade

Terça, 12 Mai 2020 16:09 Escrito por  Agência Info Salesiana
O centro para meninas de rua conhecido como Foyer da Vila Marie Dominique acolhe aproximadamente 30 garotas e precisa de alimentos, material de higiene e assistência médica.


Como já acontece em muitos países da região africana, a Costa do Marfim também começa a ser seriamente afetada pela pandemia da Covid-19. No momento, os casos de infecção e morte ainda são poucos, mas as previsões são pouco otimistas e os especialistas acreditam que o vírus possa se alastrar com rapidez nos próximos meses.

A situação de alarme e pobreza extrema foi agravada pelo confinamento rígido de muitos setores do país, que colocaram a população mais vulnerável em uma situação dramática, sem recursos básicos para sobreviver.

Os projetos dos salesianos da Costa do Marfim também foram severamente afetados com a suspensão dos recursos destinados a muitos de seus centros educacionais, que eram designados principalmente às classes sociais mais pobres. O centro para meninas de rua de Abiyán, mais conhecido como "Foyer da Vila Marie Dominique", acolhe cerca de 30 meninas e precisa urgentemente de alimentos, material de higiene para evitar infecções e assistência médica.

Por que a pandemia na África é tão preocupante? Esta é uma dúvida frequente, que levou muitas pessoas a estudarem a situação. Diante das incertezas sobre o impacto que o coronavírus poderá causar no continente, a única certeza é que ele se soma a outras emergências preexistentes. Na África, as epidemias de sarampo e as crises humanitárias já coexistem com as três principais endemias (malária, AIDS, tuberculose), doenças tropicais e a praga de gafanhotos – os quais ameaçam os recursos alimentares provenientes de plantações do Sudeste Africano.

Com um dos sistemas de saúde mais precários do mundo, a África padece de um quarto da carga global de doenças e conta com apenas 3% dos profissionais de saúde. Em termos de investimentos tangíveis, a maior parte do orçamento destinado à saúde nos países africanos é utilizada para a compra de produtos médicos, os gastos com salários correspondem a 14% e as despesas com infraestrutura, 7%. Estes números estão bem distantes daqueles das regiões que contam com sistemas de saúde mais eficientes, onde os investimentos são maiores em força de trabalho (40%) e infraestrutura (33%).

 

Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Terça, 12 Mai 2020 16:17

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Costa do Marfim: as ‘meninas de rua’ precisam de ajuda e solidariedade

Terça, 12 Mai 2020 16:09 Escrito por  Agência Info Salesiana
O centro para meninas de rua conhecido como Foyer da Vila Marie Dominique acolhe aproximadamente 30 garotas e precisa de alimentos, material de higiene e assistência médica.


Como já acontece em muitos países da região africana, a Costa do Marfim também começa a ser seriamente afetada pela pandemia da Covid-19. No momento, os casos de infecção e morte ainda são poucos, mas as previsões são pouco otimistas e os especialistas acreditam que o vírus possa se alastrar com rapidez nos próximos meses.

A situação de alarme e pobreza extrema foi agravada pelo confinamento rígido de muitos setores do país, que colocaram a população mais vulnerável em uma situação dramática, sem recursos básicos para sobreviver.

Os projetos dos salesianos da Costa do Marfim também foram severamente afetados com a suspensão dos recursos destinados a muitos de seus centros educacionais, que eram designados principalmente às classes sociais mais pobres. O centro para meninas de rua de Abiyán, mais conhecido como "Foyer da Vila Marie Dominique", acolhe cerca de 30 meninas e precisa urgentemente de alimentos, material de higiene para evitar infecções e assistência médica.

Por que a pandemia na África é tão preocupante? Esta é uma dúvida frequente, que levou muitas pessoas a estudarem a situação. Diante das incertezas sobre o impacto que o coronavírus poderá causar no continente, a única certeza é que ele se soma a outras emergências preexistentes. Na África, as epidemias de sarampo e as crises humanitárias já coexistem com as três principais endemias (malária, AIDS, tuberculose), doenças tropicais e a praga de gafanhotos – os quais ameaçam os recursos alimentares provenientes de plantações do Sudeste Africano.

Com um dos sistemas de saúde mais precários do mundo, a África padece de um quarto da carga global de doenças e conta com apenas 3% dos profissionais de saúde. Em termos de investimentos tangíveis, a maior parte do orçamento destinado à saúde nos países africanos é utilizada para a compra de produtos médicos, os gastos com salários correspondem a 14% e as despesas com infraestrutura, 7%. Estes números estão bem distantes daqueles das regiões que contam com sistemas de saúde mais eficientes, onde os investimentos são maiores em força de trabalho (40%) e infraestrutura (33%).

 

Fonte: Agência Info Salesiana

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