Vado Io - Vou eu!

Terça, 06 Outubro 2015 17:09 Escrito por 
Quando há dificuldade na resposta e muitos temem em responder, deveria sempre aparecer um salesiano com a coragem de dizer: VOU EU!

Esta expressão italiana é muito típica da nossa vida salesiana. Quando entrei no noviciado, ouvia muitas vezes dizer que um salesiano nunca se omite diante do desafio da missão. Quando há dificuldade na resposta e muitos temem em responder, deveria sempre aparecer um salesiano com a coragem de dizer: VOU EU!

 

Somos todos missionários

Ser missionário, no entanto, não é privilégio de alguns corajosos, mas de todos os cristãos (Redemptoris Missio, n. 1). Embora, a disponibilidade para SAIR esteja cada vez mais difícil por causa do individualismo. No entanto, a urgência missionária abre as portas a Cristo Redentor que quer chegar a todos e todas e nossa disposição e generosidade se fazem necessárias.

Muitos ainda ignoram a Cristo, outros se afastaram e não poucos se tornaram indiferentes a Ele. Mas a Igreja existe para evangelizar. Este é o seu sentido fundamental. Lembremo-nos do que já repetiu em várias ocasiões o Papa Francisco: “Prefiro uma Igreja em saída e até ferida do que acomodada”.

Então, para que acrescentar ao projeto de vida a necessidade da missão? Bem nos respondeu São João Paulo II: “Porque nos foi dada a graça de anunciar a todos o Cristo porque de fato, todos o buscam mesmo que às vezes confusamente, portanto não podemos esconder nem guardar para nós esta novidade e riqueza” (Redemptoris Missio, n. 11).

E qual é a mensagem principal desta missão? Trata-se do Reino de Deus. E o Reino é o senhorio de Deus em nós que nos envia a estar com os mais necessitados (Lc 4,18; 5,30; 7, 34, 15,1-32). O Senhor Jesus não foi apenas um homem extraordinário que curava e perdoava os pecados, Ele é Deus e quer a salvação do ser humano (Lc 18,42-43). O Reino está presente quando há libertação de toda escravidão (Mt 12,28).

 

A Igreja serve ao Reino

Neste sentido, a Igreja serve ao Reino, ela não é o Reino. E o seu serviço se dá por meio de nossa resposta generosa quando anunciamos a conversão, quer dizer, a mudança de mentalidade um um mundo confuso e às vezes vazio de sentido; quando nos encontramos em comunidade de fé no testemunho cotidiano de que ser cristão é alegria, é Páscoa, como suporte uns dos outros, revestidos de Cristo e amando-nos e perdoando-nos mutuamente; quando rezamos e pedimos pelas necessidades das pessoas, da sociedade e do mundo (Atos 4,32). Assim servimos ao Reino e o fazemos cada vez mais presente em nosso meio (1 Cor 15,24.28).

Onde podemos encontrar a força para desenvolver a missão? No Espírito Santo (Redemptoris Missio, n 21). Ele é o protagonista da missão que fazemos em todos os ambientes onde estamos. O Espírito impele, renova, fortalece e abre horizontes novos para o anúncio do Reino. O missionário está sempre em sintonia com as alegrias e esperanças, tristezas e angústias de todos os povos.

 

Os areópagos da missão

São João Paulo II nos deixou um rico patrimônio deste protagonismo do Espírito quando nos disse que novos areópagos surgiam no mundo globalizado. Destacava assim a cultura como um novo agente a ser evangelizado porque na mudança de época se instaurou uma profunda transformação das bases dos valores humanos que passaram a criar novos espaços de encontro, vivências, tempo e relações (Doc. Aparecida, 44).

Outro agente é a comunicação que fez da humanidade uma “aldeia global”. O avanço da tecnologia trouxe o agravante da comodidade, tudo parece a um clique. Pouco esforço e muitas informações e facilidades.

O anúncio do Evangelho se tornou um desafio. Há também outros espaços de evangelização como o anúncio da paz, a promoção dos direitos humanos, a ecologia, a promoção da mulher (Redemptoris Missio, n. 37). Eu considero também o voluntariado como um novo lugar da evangelização.

No bojo destes empenhos missionários a vida consagrada se projeta como urgente e necessária. Tanto os leigos como os consagrados são hoje chamados a ser verdadeiros instrumentos do Espírito na ação evangelizadora. É preciso perder o medo dos avanços modernos e saber estabelecer um diálogo construtivo com eles para usá-los em benefício criativo da missão.

Portanto, ninguém pode ficar parado ou deixar que a vida empurre os corpos inertes, mas precisamos ser forças dinâmicas e ousadas da missão que nos motive sempre a dizer: VADO IO.

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Última modificação em Quarta, 07 Outubro 2015 01:09

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Terça, 06 Outubro 2015 17:09 Escrito por 
Quando há dificuldade na resposta e muitos temem em responder, deveria sempre aparecer um salesiano com a coragem de dizer: VOU EU!

Esta expressão italiana é muito típica da nossa vida salesiana. Quando entrei no noviciado, ouvia muitas vezes dizer que um salesiano nunca se omite diante do desafio da missão. Quando há dificuldade na resposta e muitos temem em responder, deveria sempre aparecer um salesiano com a coragem de dizer: VOU EU!

 

Somos todos missionários

Ser missionário, no entanto, não é privilégio de alguns corajosos, mas de todos os cristãos (Redemptoris Missio, n. 1). Embora, a disponibilidade para SAIR esteja cada vez mais difícil por causa do individualismo. No entanto, a urgência missionária abre as portas a Cristo Redentor que quer chegar a todos e todas e nossa disposição e generosidade se fazem necessárias.

Muitos ainda ignoram a Cristo, outros se afastaram e não poucos se tornaram indiferentes a Ele. Mas a Igreja existe para evangelizar. Este é o seu sentido fundamental. Lembremo-nos do que já repetiu em várias ocasiões o Papa Francisco: “Prefiro uma Igreja em saída e até ferida do que acomodada”.

Então, para que acrescentar ao projeto de vida a necessidade da missão? Bem nos respondeu São João Paulo II: “Porque nos foi dada a graça de anunciar a todos o Cristo porque de fato, todos o buscam mesmo que às vezes confusamente, portanto não podemos esconder nem guardar para nós esta novidade e riqueza” (Redemptoris Missio, n. 11).

E qual é a mensagem principal desta missão? Trata-se do Reino de Deus. E o Reino é o senhorio de Deus em nós que nos envia a estar com os mais necessitados (Lc 4,18; 5,30; 7, 34, 15,1-32). O Senhor Jesus não foi apenas um homem extraordinário que curava e perdoava os pecados, Ele é Deus e quer a salvação do ser humano (Lc 18,42-43). O Reino está presente quando há libertação de toda escravidão (Mt 12,28).

 

A Igreja serve ao Reino

Neste sentido, a Igreja serve ao Reino, ela não é o Reino. E o seu serviço se dá por meio de nossa resposta generosa quando anunciamos a conversão, quer dizer, a mudança de mentalidade um um mundo confuso e às vezes vazio de sentido; quando nos encontramos em comunidade de fé no testemunho cotidiano de que ser cristão é alegria, é Páscoa, como suporte uns dos outros, revestidos de Cristo e amando-nos e perdoando-nos mutuamente; quando rezamos e pedimos pelas necessidades das pessoas, da sociedade e do mundo (Atos 4,32). Assim servimos ao Reino e o fazemos cada vez mais presente em nosso meio (1 Cor 15,24.28).

Onde podemos encontrar a força para desenvolver a missão? No Espírito Santo (Redemptoris Missio, n 21). Ele é o protagonista da missão que fazemos em todos os ambientes onde estamos. O Espírito impele, renova, fortalece e abre horizontes novos para o anúncio do Reino. O missionário está sempre em sintonia com as alegrias e esperanças, tristezas e angústias de todos os povos.

 

Os areópagos da missão

São João Paulo II nos deixou um rico patrimônio deste protagonismo do Espírito quando nos disse que novos areópagos surgiam no mundo globalizado. Destacava assim a cultura como um novo agente a ser evangelizado porque na mudança de época se instaurou uma profunda transformação das bases dos valores humanos que passaram a criar novos espaços de encontro, vivências, tempo e relações (Doc. Aparecida, 44).

Outro agente é a comunicação que fez da humanidade uma “aldeia global”. O avanço da tecnologia trouxe o agravante da comodidade, tudo parece a um clique. Pouco esforço e muitas informações e facilidades.

O anúncio do Evangelho se tornou um desafio. Há também outros espaços de evangelização como o anúncio da paz, a promoção dos direitos humanos, a ecologia, a promoção da mulher (Redemptoris Missio, n. 37). Eu considero também o voluntariado como um novo lugar da evangelização.

No bojo destes empenhos missionários a vida consagrada se projeta como urgente e necessária. Tanto os leigos como os consagrados são hoje chamados a ser verdadeiros instrumentos do Espírito na ação evangelizadora. É preciso perder o medo dos avanços modernos e saber estabelecer um diálogo construtivo com eles para usá-los em benefício criativo da missão.

Portanto, ninguém pode ficar parado ou deixar que a vida empurre os corpos inertes, mas precisamos ser forças dinâmicas e ousadas da missão que nos motive sempre a dizer: VADO IO.

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