A primeira vocação é o chamado à vida

Quarta, 15 Agosto 2012 21:25 Escrito por  Edilson Agreson da Silva
  O jovem Edilson Agreson da Silva, tirocinante em Ceilândia, DF, dá seu testemunho vocacional.  

Se eu não existisse, ninguém iria notar minha ausência; nem notaria a ausência de qualquer outro. Mas, antes de eu existir, Deus já me conhecia e me amava; por isso me chamou à vida: sou criatura Sua. Cada pessoa é criatura de Deus, amada e convidada por Ele ao banquete da vida. A vida é, assim, o primeiro chamado de Deus, a primeira vocação.

Se a vida já é vocação, devo-lhe uma resposta. Qual será a resposta que Deus espera de mim? Certamente a vida tem um sentido a descobrir, uma obra a realizar. E ninguém o faz em meu lugar. A primeira resposta ao chamado da vida é o cuidado pela vida de cada pessoa e de toda a criação. Cuidar da vida é compromisso sagrado de quem a considera um dom de Deus confiado ao ser humano. Colocar-se a serviço da vida já é responder à vocação.

São João Bosco e Madre Mazzarello tinham imenso cuidado pela vida em todas as suas manifestações. É uma atitude bem salesiana acolher com gratidão a vida e cada ser, acolher a si mesmo e a cada irmão e irmã como presente que o Senhor nos dá.

A vocação tem uma dimensão pessoal e uma dimensão comunitária: pessoal, porque ninguém pode responder em meu lugar; comunitária, porque ela precisa da comunidade para desabrochar.

Para qualquer cristão, a aventura mais fascinante da vida e o interesse primário de que depende a realização de toda a existência é conseguir, finalmente, chegar a descobrir a própria vocação. Não como fruto de iniciativa pessoal, mas como resposta ao chamado de Deus. É sempre com gratidão que o batizado acolhe o plano de Deus a seu respeito, a partir do que o caracteriza no seu mais íntimo e verdadeiro “eu”. Um grande sentido de maravilha suscita no coração do crente a alegria de poder reconhecer-se como filho amado do Pai Eterno e, por isso, único, entre todas as criaturas, no interior da história e na sinfonia do mundo.

 

Experiência formativa

A experiência realizada na etapa de formação em que estou, o tirocínio, é única. É no tirocínio que, de forma bem prática, visualizamos a perspectiva os valores salesianos deixados por Dom Bosco, no que denominamos sistema preventivo.

Na realidade em que realizo meu trabalho pastoral, em Ceilândia, DF, considero o sistema preventivo como: estar entre os jovens compartilhando sua vida, olhando com simpatia o seu mundo, atento às suas verdadeiras exigências e valores; e contribuir para um ambiente positivo tecido de relações pessoais, vivificado pela presença amorosa e solidária, animadora e ativadora dos educadores e do protagonismo dos próprios jovens.

Essa proposta original de evangelização juvenil parte do encontro com os jovens onde eles estão valorizando o patrimônio que todo jovem traz em si, em um ambiente educativo carregado de vida e rico de propostas. Ela é realizada por meio de um caminho educativo que privilegia os últimos e os mais pobres; promove o desenvolvimento dos recursos positivos que tem e propõe uma forma particular de vida cristã e de santidade juvenil.

Na dimensão humana dessa fase de minha formação procuro estar sempre atento ao meu próprio amadurecimento, pois acredito que Deus me ama e me chama a segui-Lo todos os dias como salesiano. Com o auxilio dos meus formadores, vivo com autonomia, aprendo a tomar decisões e da melhor forma possível assumo minhas responsabilidades.

Recorro sempre à proteção divina, confio na vontade de Deus para poder estar em união com Jesus Cristo, que encontro todos os dias na palavra de vida e na eucaristia. Por isso, sempre peço a intercessão dos santos e santas da Família Salesiana e propago a devoção a eles e a Nossa Senhora Auxiliadora.

Quero estar atento ao modelo de vida e ação deixado por São João Bosco em todas as ocasiões. Por isso faço de todos os estudos, de salesianidade ou não, uma atitude de trabalho, ou seja, um momento de enriquecimento e sabedoria para os destinatários da missão. Para oferecer o que tenho de melhor àqueles que Deus, pelas estradas da vida, confiou a mim.

Enfim, estou muito realizado nesta missão com assistente, pois o assistente é o salesiano em atuação, seja no apostolado, seja na vida fraterna. Deste modo, ser assistente é ser um salesiano em movimento. É comunicar, mesmo sem palavras. É interação. É vida.

Considero que a vocação é como um diálogo entre Deus e o vocacionado. A iniciativa é de Deus; a resposta é do ser humano. Em clima de oração, acolher o próprio ser como um dom e presente que Deus me faz agora: corpo, espírito, saúde, energias, desejos, necessidade de amar e de ser amado, impulso para o infinito, capacidade de relações… Eu mesmo sou um dom de Deus: tudo em mim procede Dele. Agradeço ao Senhor da vida por ser salesiano hoje!

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Última modificação em Quinta, 28 Agosto 2014 18:06

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A primeira vocação é o chamado à vida

Quarta, 15 Agosto 2012 21:25 Escrito por  Edilson Agreson da Silva
  O jovem Edilson Agreson da Silva, tirocinante em Ceilândia, DF, dá seu testemunho vocacional.  

Se eu não existisse, ninguém iria notar minha ausência; nem notaria a ausência de qualquer outro. Mas, antes de eu existir, Deus já me conhecia e me amava; por isso me chamou à vida: sou criatura Sua. Cada pessoa é criatura de Deus, amada e convidada por Ele ao banquete da vida. A vida é, assim, o primeiro chamado de Deus, a primeira vocação.

Se a vida já é vocação, devo-lhe uma resposta. Qual será a resposta que Deus espera de mim? Certamente a vida tem um sentido a descobrir, uma obra a realizar. E ninguém o faz em meu lugar. A primeira resposta ao chamado da vida é o cuidado pela vida de cada pessoa e de toda a criação. Cuidar da vida é compromisso sagrado de quem a considera um dom de Deus confiado ao ser humano. Colocar-se a serviço da vida já é responder à vocação.

São João Bosco e Madre Mazzarello tinham imenso cuidado pela vida em todas as suas manifestações. É uma atitude bem salesiana acolher com gratidão a vida e cada ser, acolher a si mesmo e a cada irmão e irmã como presente que o Senhor nos dá.

A vocação tem uma dimensão pessoal e uma dimensão comunitária: pessoal, porque ninguém pode responder em meu lugar; comunitária, porque ela precisa da comunidade para desabrochar.

Para qualquer cristão, a aventura mais fascinante da vida e o interesse primário de que depende a realização de toda a existência é conseguir, finalmente, chegar a descobrir a própria vocação. Não como fruto de iniciativa pessoal, mas como resposta ao chamado de Deus. É sempre com gratidão que o batizado acolhe o plano de Deus a seu respeito, a partir do que o caracteriza no seu mais íntimo e verdadeiro “eu”. Um grande sentido de maravilha suscita no coração do crente a alegria de poder reconhecer-se como filho amado do Pai Eterno e, por isso, único, entre todas as criaturas, no interior da história e na sinfonia do mundo.

 

Experiência formativa

A experiência realizada na etapa de formação em que estou, o tirocínio, é única. É no tirocínio que, de forma bem prática, visualizamos a perspectiva os valores salesianos deixados por Dom Bosco, no que denominamos sistema preventivo.

Na realidade em que realizo meu trabalho pastoral, em Ceilândia, DF, considero o sistema preventivo como: estar entre os jovens compartilhando sua vida, olhando com simpatia o seu mundo, atento às suas verdadeiras exigências e valores; e contribuir para um ambiente positivo tecido de relações pessoais, vivificado pela presença amorosa e solidária, animadora e ativadora dos educadores e do protagonismo dos próprios jovens.

Essa proposta original de evangelização juvenil parte do encontro com os jovens onde eles estão valorizando o patrimônio que todo jovem traz em si, em um ambiente educativo carregado de vida e rico de propostas. Ela é realizada por meio de um caminho educativo que privilegia os últimos e os mais pobres; promove o desenvolvimento dos recursos positivos que tem e propõe uma forma particular de vida cristã e de santidade juvenil.

Na dimensão humana dessa fase de minha formação procuro estar sempre atento ao meu próprio amadurecimento, pois acredito que Deus me ama e me chama a segui-Lo todos os dias como salesiano. Com o auxilio dos meus formadores, vivo com autonomia, aprendo a tomar decisões e da melhor forma possível assumo minhas responsabilidades.

Recorro sempre à proteção divina, confio na vontade de Deus para poder estar em união com Jesus Cristo, que encontro todos os dias na palavra de vida e na eucaristia. Por isso, sempre peço a intercessão dos santos e santas da Família Salesiana e propago a devoção a eles e a Nossa Senhora Auxiliadora.

Quero estar atento ao modelo de vida e ação deixado por São João Bosco em todas as ocasiões. Por isso faço de todos os estudos, de salesianidade ou não, uma atitude de trabalho, ou seja, um momento de enriquecimento e sabedoria para os destinatários da missão. Para oferecer o que tenho de melhor àqueles que Deus, pelas estradas da vida, confiou a mim.

Enfim, estou muito realizado nesta missão com assistente, pois o assistente é o salesiano em atuação, seja no apostolado, seja na vida fraterna. Deste modo, ser assistente é ser um salesiano em movimento. É comunicar, mesmo sem palavras. É interação. É vida.

Considero que a vocação é como um diálogo entre Deus e o vocacionado. A iniciativa é de Deus; a resposta é do ser humano. Em clima de oração, acolher o próprio ser como um dom e presente que Deus me faz agora: corpo, espírito, saúde, energias, desejos, necessidade de amar e de ser amado, impulso para o infinito, capacidade de relações… Eu mesmo sou um dom de Deus: tudo em mim procede Dele. Agradeço ao Senhor da vida por ser salesiano hoje!

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