Presépio
O costume de representar a Sagrada Família no momento do nascimento de Jesus, com o Menino em uma manjedoura, ladeado por São José e Nossa Senhora, é muito antigo. A origem está em uma encenação montada em 1223, por São Francisco de Assis. Para auxiliar o povo a compreender o contexto do Natal, ele montou um cenário vivo para uma pregação sobre o tema. A repercussão foi tão grande que iniciou a tradição das famílias de montarem presépios com figuras de barro. No Brasil, o primeiro presépio foi apresentado aos indígenas em 1552, pelo padre José de Anchieta.
Árvore
O pinheiro tem uma característica muito especial: mesmo no Hemisfério Norte, onde dezembro é mês de inverno rigoroso e neve, ele nunca perde as folhas. Mantém-se verde, vivo. Para os cristãos, o verde constante do pinheiro representa a esperança, a alegria e a vida nova que nascem com Jesus Cristo.
Muitas famílias têm o costume de enfeitar a árvore de Natal em conjunto, no primeiro domingo do Advento. Cada membro da família coloca uma peça, faz a sua parte na preparação da grande festa do nascimento de Jesus. A data certa para desfazer a árvore é o dia 6 de janeiro, quando são celebrados os Reis Magos.
Estrela de Belém
Os três Reis Magos, Belchior, Baltazar e Gaspar, foram guiados até o local do nascimento de Jesus por uma estrela. Antigamente, acreditava-se que fenômenos celestes estavam associados ao nascimento de um rei. A Estrela de Belém é representada com quatro pontas, que representam os quatro cantos do mundo dos quais partem os seguidores de Cristo, e uma cauda, como a de um cometa, que significa a caminhada, o percurso para chegar a Jesus.
Guirlanda
Uma coroa feita com ramagens entrelaçadas, enfeitada com flores e frutas: essa é a guirlanda mais tradicional, colocada na porta das casas durante o período do Advento. Na Roma antiga, oferecer uma coroa de ramos verdes significava o desejo de vida longa, saúde e felicidade para aquele que a recebia. Com a guirlanda, desejamos todos esses sentimentos bons aos que batem à nossa porta.
Ceia
A Ceia de Natal está provavelmente ligada à última ceia de Cristo com os apóstolos. Porém, ao longo da história, ganhou também outros significados. Atualmente, a ceia é o momento de reunir a família e todos que a visitam nessa data especial. A fartura de comes e bebes está ligada à tradição de receber bem os visitantes, servindo o que há de melhor. Mas isso não deve ser confundido com ostentação e desperdício.
Presentes de Natal
Finalmente, os presentes. Hoje, eles são relacionados ao consumo desenfreado, que nessa época do ano ganha proporções imensas. Muitas pessoas fazem dívidas para comprar coisas caras, gastam o que não têm, se esforçam para adquirir tudo o que desejam – e que nem sempre precisam. A origem dessa tradição mostra que a troca de presentes no Natal é importante sim, mas não tem nada a ver com o valor dos bens materiais.
Os três Reis Magos atravessaram o deserto para levar ao Menino Jesus os seus presentes: ouro (símbolo da realeza), incenso (reconhecendo a sua divindade) e mirra (usada para untar os mortos, significando que Jesus também experimentaria a morte, como todos os homens). Por isso, não importa se o presente é caro ou barato, se é grande ou pequeno, se é para alguém da família, para um amigo próximo ou uma doação para um desconhecido. O que fazemos no Natal é repetir o gesto dos Reis Magos: oferecemos o presente como uma retribuição, um reconhecimento de que aquela pessoa é única e especial, pois nela percebemos a presença de Deus.