O documento destacou que as escolas católicas recebem cada vez mais alunos que seguem outras religiões ou que são ateus. Segundo o documento, a Igreja católica pediu para as suas 209 mil escolas espalhadas pelo mundo que priorizem o diálogo entre as culturas e religiões, respeitando a sua identidade cristã.
Neste contexto, o diálogo interreligioso “não deve ser compreendido como um compromisso barato, mas como um diálogo construtivo”, declaram seus autores, lembrando que o "diálogo" é uma "palavra-chave" uma resposta às indicações do Papa Francisco.
O ministro da Educação do Vaticano, o cardeal Zenon Grocholewski, afirma que a escola católica, “para ter um papel construtivo”, “não deve enfraquecer sua própria identidade, mas reforçá-la”. E deve sempre “inserir entre as suas disciplinas o ensino da religião católica”.
Em coletiva à imprensa, o cardeal destacou que cerca de 70 milhões de crianças não vão à escola, segundo dados do UNICEF (Agência da ONU para a Infância) e lembrou o episódio da jovem paquistanesa Malala, alvo de um ataque talibã em 9 de outubro de 2012, quando voltava para casa em um ônibus escolar. Neste sentido, dom Grocholewski disse aos jornalistas que “o direito de todas as crianças a uma instrução justa é frequentemente desrespeitado quando se trata de meninas”.
Dados do Vaticano
Em 2011, foram registrados 57,6 milhões de estudantes em 209.670 escolas católicas (contra 54,6 milhões em 203.397 escolas três anos antes), segundo a mais recente estimativa publicada pelo Vaticano.
O crescimento do número de alunos em estabelecimentos católicos na África, Ásia e Oceania compensa a diminuição do número na Europa e nas Américas. Entre 2008 e 2011, 6.273 novas escolas foram fundadas no mundo.