Educar para o futuro

Quinta, 14 Novembro 2013 11:50 Escrito por  Editorial Boletim Salesiano
Educar para o futuro O Colégio Salesiano Dom Bosco de Porto Alegre, RS, já está proporcionando aos alunos o uso de tablets como uma nova ferramenta para a aprendizagem
A situação educacional no Brasil tem se modificado na última década, o que apresenta novos desafios para as escolas particulares. A Rede Salesiana de Escolas está atenta a essa conjuntura e apresenta inovações para o próximo ano.   O Brasil tem 40,3 milhões de estudantes matriculados na rede pública de ensino em 2013, representando uma queda de mais de 1,83% em relação a 2012. Os dados preliminares são do Censo Escolar de 2013, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), em 23 de setembro. Com exceção da educação infantil, todos os outros níveis do ciclo básico de ensino (educação fundamental e ensino médio), além da educação de jovens e adultos, apresentaram queda. Esse quadro vem se repetindo nos últimos seis anos, com quedas consecutivas no número de matrículas. Segundo o MEC, isso é explicado pelo maior rigor na metodologia do Censo, que evita a duplicação de dados, e também pelo “envelhecimento” da população brasileira.

Enquanto a rede pública tem as matrículas reduzidas, aumenta o número de famílias que buscam as escolas particulares. Entre os anos de 2002 e 2011, a educação básica pública perdeu um total de 4,834 milhões de estudantes, enquanto o ensino privado ganhou 1,090 milhão de matrículas.

As escolas particulares estão diante de grandes desafios. O primeiro é como se posicionar diante de um mercado em que a concorrência é acirrada e também crescente. No início do ano, com a fusão entre Anhanguera e Kroton, formou-se o maior grupo educacional da América Latina, o que teve grande impacto no Brasil e evidenciou a necessidade de que as escolas particulares busquem a união de forças. “A concorrência entre escolas e grupos educacionais já existe, e essa é uma realidade à qual não podemos nos furtar. Porém, é preciso compreender que a Educação é um bem que vai muito além do ‘mercado’, e a concorrência não pode comprometer a qualidade do ensino oferecido”, afirma o padre Nivaldo Luiz Pessinatti que, juntamente com a irmã Ivanette Duncan de Miranda, compõe a Diretoria Executiva da Rede Salesiana de Escolas (RSE).

Pe. Pessinatti ressalta que a história da RSE é diferente das fusões verificadas no setor: “A RSE foi formada, a partir de 2002, com a união de instituições mantidas por grupos diferentes, mas que compartilhavam da pedagogia salesiana. O propósito foi fortalecer esse carisma educacional por meio de um material didático unificado, de uma formação continuada e conjunta dos educadores e do oferecimento de recursos e ferramentas compartilhadas. A RSE, como rede, pode buscar profissionais de qualidade no mercado, produzir materiais didáticos e oferecer recursos que cada escola, isoladamente, não conseguiria”.

 

Qualidade como diferencial

O grande diferencial que a RSE pode oferecer é justamente a qualidade de ensino e de recursos que são compartilhados por todas as mais de 100 unidades da RSE no país.

A maior rede de escolas católicas das Américas e referência no ensino privado no Brasil, a RSE orienta suas ações por um conjunto de valores e crenças que incluem “a educação como espaço privilegiado de evangelização e transformação da sociedade; o protagonismo da Comunidade Educativa Pastoral (CEP), o Sistema Preventivo de Dom Bosco; a confiança nas novas gerações; o entusiasmo diante da vida; o empreendedorismo e a inovação”. Esses princípios se concretizam no cotidiano das escolas da Rede em um material didático e em atividades que preparam o aluno para “dominar linguagens”, “compreender fenômenos”, “enfrentar situações-problema”, “construir argumentação” e “elaborar propostas” – itens que são avaliados nas principais provas nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Essa visão pedagógica tem dado resultados positivos, inclusive no ENEM: na penúltima edição do exame, realizada ano passado, cerca de 20 escolas da RSE ficaram entre as três primeiras colocadas em seus municípios.

 

Novas tecnologias

Outro grande desafio colocado para as escolas no momento atual é o uso das novas tecnologias a favor da educação. Trazer tablets, computadores e jogos virtuais para dentro da sala de aula e dialogar com a “geração net” não são tarefas fáceis. Mas se tornam mais viáveis – e muitas vezes surpreendentes – quando a escola está aberta a fazer das novas tecnologias aliadas no processo de ensino-aprendizagem.

A RSE já participa, desde o ano passado, do Portal Futurum, em conjunto com a Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) e outras instituições de ensino católicas, o que tem permitido o uso dessas tecnologias no cotidiano. A partir de 2014, começa a implantar o material didático digital. Conforme explicou ao RSE Informa a assessora Cintia Cristina Bagatin Lapa, que está à frente da Equipe Editorial Digital da Rede, “As tecnologias foram incorporadas ao nosso dia a dia de várias formas para facilitar processos e agregar conhecimento. Na educação não é diferente. As novas tecnologias permitem trazer um universo de informações para a sala de aula. Para os alunos a tecnologia não é novidade, faz parte do seu cotidiano. Por isso é uma forte aliada para a educação”.

Todo o projeto está sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre a Rede Salesiana Brasil (RSB), mantenedora da RSE, e a editora espanhola Edebé, o que resultou na criação da Edebe Brasil, que será lançada oficialmente neste mês de novembro. O material se destina aos alunos do fundamental II e do ensino médio e será implantado gradativamente. O material para o 6º ano do ensino fundamental II e 1º ano do ensino médio será disponibilizado em 2014. Em 2015, para o 7º ano e 2º ano do ensino médio, fechando o projeto em 2016 para o 8º, o 9º ano do ensino fundamental II e 3º ano do ensino médio.

“O livro digital apresenta diversos links que remetem às informações na rede, atividades, vídeos, imagens, entre outros. Já o caderno interativo permite ao aluno realizar atividades sobre os conceitos que estão sendo estudados, obtendo o retorno do que foi feito”, completa Cíntia. Todo o material didático digital da RSE será oferecido de maneira integrada ao Portal Futurum e contempla, além do livro didático digital e do caderno interativo, o Espaço Caleidoscópio, com atividades e recursos para a educação infantil, e o Essentia, uma plataforma integrada que oferece soluções para o processo de gestão acadêmica e pedagógica.

 

Formação de educadores

A maior qualidade no ensino está também fortemente relacionada à qualidade da formação dos educadores. A valorização desse profissional – seja ele professor, membro da equipe de gestão pedagógica ou funcionário da escola – sempre esteve na base de sustentação da RSE. E, nos últimos anos, ganhou novo impulso com um programa voltado para a formação continuada dos educadores, que inclui encontros presenciais, o oferecimento de cursos de pós-graduação na modalidade de ensino a distância (em parceria com a Universidade Católica de Brasília – UCB) e os Diálogos de Formação, “encontros” virtuais sobre temas educacionais e de salesianidade, que permitem a disseminação das informações, pois podem ser acompanhados, em tempo real, por educadores de todo o país.

A RSE mantém o foco na qualidade dos conteúdos pedagógicos e nos valores que formam a base de seu projeto educativo-pastoral, ao mesmo tempo que investe nas novas tecnologias e na formação dos educadores. E consegue, assim, ser reconhecida por uma proposta que funciona realmente em Rede e que envolve todas as escolas com o objetivo de formar cidadãos capazes de compreender criticamente a sociedade em que vivem e de agir sobre ela.

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Educar para o futuro

Quinta, 14 Novembro 2013 11:50 Escrito por  Editorial Boletim Salesiano
Educar para o futuro O Colégio Salesiano Dom Bosco de Porto Alegre, RS, já está proporcionando aos alunos o uso de tablets como uma nova ferramenta para a aprendizagem
A situação educacional no Brasil tem se modificado na última década, o que apresenta novos desafios para as escolas particulares. A Rede Salesiana de Escolas está atenta a essa conjuntura e apresenta inovações para o próximo ano.   O Brasil tem 40,3 milhões de estudantes matriculados na rede pública de ensino em 2013, representando uma queda de mais de 1,83% em relação a 2012. Os dados preliminares são do Censo Escolar de 2013, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), em 23 de setembro. Com exceção da educação infantil, todos os outros níveis do ciclo básico de ensino (educação fundamental e ensino médio), além da educação de jovens e adultos, apresentaram queda. Esse quadro vem se repetindo nos últimos seis anos, com quedas consecutivas no número de matrículas. Segundo o MEC, isso é explicado pelo maior rigor na metodologia do Censo, que evita a duplicação de dados, e também pelo “envelhecimento” da população brasileira.

Enquanto a rede pública tem as matrículas reduzidas, aumenta o número de famílias que buscam as escolas particulares. Entre os anos de 2002 e 2011, a educação básica pública perdeu um total de 4,834 milhões de estudantes, enquanto o ensino privado ganhou 1,090 milhão de matrículas.

As escolas particulares estão diante de grandes desafios. O primeiro é como se posicionar diante de um mercado em que a concorrência é acirrada e também crescente. No início do ano, com a fusão entre Anhanguera e Kroton, formou-se o maior grupo educacional da América Latina, o que teve grande impacto no Brasil e evidenciou a necessidade de que as escolas particulares busquem a união de forças. “A concorrência entre escolas e grupos educacionais já existe, e essa é uma realidade à qual não podemos nos furtar. Porém, é preciso compreender que a Educação é um bem que vai muito além do ‘mercado’, e a concorrência não pode comprometer a qualidade do ensino oferecido”, afirma o padre Nivaldo Luiz Pessinatti que, juntamente com a irmã Ivanette Duncan de Miranda, compõe a Diretoria Executiva da Rede Salesiana de Escolas (RSE).

Pe. Pessinatti ressalta que a história da RSE é diferente das fusões verificadas no setor: “A RSE foi formada, a partir de 2002, com a união de instituições mantidas por grupos diferentes, mas que compartilhavam da pedagogia salesiana. O propósito foi fortalecer esse carisma educacional por meio de um material didático unificado, de uma formação continuada e conjunta dos educadores e do oferecimento de recursos e ferramentas compartilhadas. A RSE, como rede, pode buscar profissionais de qualidade no mercado, produzir materiais didáticos e oferecer recursos que cada escola, isoladamente, não conseguiria”.

 

Qualidade como diferencial

O grande diferencial que a RSE pode oferecer é justamente a qualidade de ensino e de recursos que são compartilhados por todas as mais de 100 unidades da RSE no país.

A maior rede de escolas católicas das Américas e referência no ensino privado no Brasil, a RSE orienta suas ações por um conjunto de valores e crenças que incluem “a educação como espaço privilegiado de evangelização e transformação da sociedade; o protagonismo da Comunidade Educativa Pastoral (CEP), o Sistema Preventivo de Dom Bosco; a confiança nas novas gerações; o entusiasmo diante da vida; o empreendedorismo e a inovação”. Esses princípios se concretizam no cotidiano das escolas da Rede em um material didático e em atividades que preparam o aluno para “dominar linguagens”, “compreender fenômenos”, “enfrentar situações-problema”, “construir argumentação” e “elaborar propostas” – itens que são avaliados nas principais provas nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Essa visão pedagógica tem dado resultados positivos, inclusive no ENEM: na penúltima edição do exame, realizada ano passado, cerca de 20 escolas da RSE ficaram entre as três primeiras colocadas em seus municípios.

 

Novas tecnologias

Outro grande desafio colocado para as escolas no momento atual é o uso das novas tecnologias a favor da educação. Trazer tablets, computadores e jogos virtuais para dentro da sala de aula e dialogar com a “geração net” não são tarefas fáceis. Mas se tornam mais viáveis – e muitas vezes surpreendentes – quando a escola está aberta a fazer das novas tecnologias aliadas no processo de ensino-aprendizagem.

A RSE já participa, desde o ano passado, do Portal Futurum, em conjunto com a Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) e outras instituições de ensino católicas, o que tem permitido o uso dessas tecnologias no cotidiano. A partir de 2014, começa a implantar o material didático digital. Conforme explicou ao RSE Informa a assessora Cintia Cristina Bagatin Lapa, que está à frente da Equipe Editorial Digital da Rede, “As tecnologias foram incorporadas ao nosso dia a dia de várias formas para facilitar processos e agregar conhecimento. Na educação não é diferente. As novas tecnologias permitem trazer um universo de informações para a sala de aula. Para os alunos a tecnologia não é novidade, faz parte do seu cotidiano. Por isso é uma forte aliada para a educação”.

Todo o projeto está sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre a Rede Salesiana Brasil (RSB), mantenedora da RSE, e a editora espanhola Edebé, o que resultou na criação da Edebe Brasil, que será lançada oficialmente neste mês de novembro. O material se destina aos alunos do fundamental II e do ensino médio e será implantado gradativamente. O material para o 6º ano do ensino fundamental II e 1º ano do ensino médio será disponibilizado em 2014. Em 2015, para o 7º ano e 2º ano do ensino médio, fechando o projeto em 2016 para o 8º, o 9º ano do ensino fundamental II e 3º ano do ensino médio.

“O livro digital apresenta diversos links que remetem às informações na rede, atividades, vídeos, imagens, entre outros. Já o caderno interativo permite ao aluno realizar atividades sobre os conceitos que estão sendo estudados, obtendo o retorno do que foi feito”, completa Cíntia. Todo o material didático digital da RSE será oferecido de maneira integrada ao Portal Futurum e contempla, além do livro didático digital e do caderno interativo, o Espaço Caleidoscópio, com atividades e recursos para a educação infantil, e o Essentia, uma plataforma integrada que oferece soluções para o processo de gestão acadêmica e pedagógica.

 

Formação de educadores

A maior qualidade no ensino está também fortemente relacionada à qualidade da formação dos educadores. A valorização desse profissional – seja ele professor, membro da equipe de gestão pedagógica ou funcionário da escola – sempre esteve na base de sustentação da RSE. E, nos últimos anos, ganhou novo impulso com um programa voltado para a formação continuada dos educadores, que inclui encontros presenciais, o oferecimento de cursos de pós-graduação na modalidade de ensino a distância (em parceria com a Universidade Católica de Brasília – UCB) e os Diálogos de Formação, “encontros” virtuais sobre temas educacionais e de salesianidade, que permitem a disseminação das informações, pois podem ser acompanhados, em tempo real, por educadores de todo o país.

A RSE mantém o foco na qualidade dos conteúdos pedagógicos e nos valores que formam a base de seu projeto educativo-pastoral, ao mesmo tempo que investe nas novas tecnologias e na formação dos educadores. E consegue, assim, ser reconhecida por uma proposta que funciona realmente em Rede e que envolve todas as escolas com o objetivo de formar cidadãos capazes de compreender criticamente a sociedade em que vivem e de agir sobre ela.

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