Após a oração de acolhida e agradecimento preparada por Irmã Ivone Goulart Lopes, que focalizou o tema "Mil razões para viver - Caminho da Gratidão", o grupo escutou as mensagens dos Conselheiros gerais da Pastoral Juvenil, Irmã Runita Borja e Padre Miguel Angel García, e do Inspetor de São Paulo, Padre Alexandre Luís de Oliveira. Os participantes foram calorosamente acolhidos pela Inspetora da BAP, Irmã Alaíde Deretti.

Irmã Runita, em sua mensagem, disse que “podemos dizer que, para todo o mundo salesiano, a grande rede da Escola Salesiana da América é uma boa prática em que se inspiram outras realidades. Como Rede, a ESA completa trinta anos. Não é um feito insignificante! Comparada com a experiência humana, a Rede ESA já atingiu uma certa maturidade e continua neste caminho de dinamismo e fecundidade. Não podemos esquecer-nos de agradecer a tantas pessoas que contribuíram para o seu nascimento e progresso. Como todas as realidades em crescimento, a história é marcada por sucessos e fracassos, alegrias e sofrimentos. Há experiências de dor e de poda para enfrentar, como Rede, as muitas mudanças e, assim, poder continuar a oferecer uma educação holística que traga mudanças à sociedade. A Rede ESA continuou o seu caminho, navegando no desconhecido, para dar continuidade à missão educativa e alimentar a vida e a esperança das novas gerações, das suas famílias e das comunidades em que as nossas instituições estão inseridas”.

Padre Miguel Angel disse que “em nível escolar há seis elementos da vida pastoral que não devemos esquecer e que estão presentes em todos os continentes, inclusive na América Latina.

- Não descuidar do cuidado da interioridade dos alunos.

- O segundo grande elemento que uma escola possui é a transformação social.

- Em terceiro lugar, o aspecto comunitário. Nosso modo de fazer educação e pastoral é através do comunitário.

- Outro elemento importante é o cuidado do ambiente seguro. Não há melhor ambiente seguro do que um ambiente de afeto seguro, maduro, equilibrado e respeitoso.

- A formação do corpo docente, dos jovens, e às vezes também chegamos à formação das famílias com programas.

- E outra grande área na escola é o trabalho de pastoral orgânica, o trabalho extraescolar. Continuar trabalhando com grupos de voluntariado, com o oratório, o centro juvenil, com movimentos apostólicos, ONGs, campanhas externas. A importância de trabalhar com os ex-alunos”.

Padre Alexandre Luís de Oliveira acolheu o grupo dizendo: “Que São João Bosco e Madre Mazzarello intercedam a Deus pela bonita e preciosa contribuição que damos às crianças, adolescentes e jovens presentes em nossas escolas. Seja uma ocasião bonita para a reflexão, o aprofundamento, a partilha e a convivência em busca de novos rumos para as nossas escolas. Deus abençoe a todos”.

Irmã Alaíde Deretti, Inspetora da BAP, acolheu os participantes e deixou esta mensagem: “Sejam bem-vindos a esta nossa Inspetoria que há muito tempo dizemos que é Inspetoria-Mãe, que era a Inspetoria Santa Catarina de Sena, que começou em 1908, quando começaram as Inspetorias do mundo. Esta Inspetoria-Mãe que era também avó, agora se chama Nossa Senhora Aparecida, porque está no estado de São Paulo, onde temos o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. É com alegria que acolhemos vocês, que são um grupo seleto, para a reunião de avaliação do V Encontro ESA e para fazer as proposições para a educação salesiana na América. Desejo que vocês tenham um ótimo encontro e que ele seja efetivado com a marca sinodal, ou seja, pensar juntos, projetar juntos e realizar juntos. Vocês estão aqui, mas por detrás de vocês há uma multidão de jovens. O trabalho de vocês tem um significado grande pelas linhas educativas que serão projetadas para toda a América. A responsabilidade de vocês é grande e é uma promessa de que a presença salesiana no continente americano faça a diferença pela qualidade da formação e da evangelização. Que tenhamos perspectivas e projeção para caminhar, pois fomos feitos para caminhar e para abrir caminhos. Que vocês sejam abridores de caminhos e de projeção de futuro”.

Em seguida, os participantes refletiram sobre a avaliação do ESA V, a leitura e projeção dos resultados, os aportes ao documento de Significatividade Salesiana, a prestação de contas do encontro em Guadalajara, os artigos publicados sobre o evento, e discutiram a data e o local do encontro da comissão para 2025 e os encontros das regiões e conferências, para socializar a programação.

Além disso, deram sugestões para socializar esta reunião com as inspetorias, inspetores e inspetoras e seus conselhos para que constatem o trabalho e o processo que se pretende levar adiante a partir da ESA. Também discutiram se farão uma publicação sobre o encontro continental. Começaram a pensar no VI ESA, considerando possíveis datas e local.

O ponto alto do encontro foi fazer o Planejamento Estratégico para os próximos cinco anos. O grupo foi assessorado por Irmã Patrícia Parraguez que faz parte da comissão.

O grupo realizou algumas visitas culturais, como ao Museu da Língua Portuguesa, uma visita carismática, ao Memorial das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, em Guaratinguetá (SP), e uma peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).

Este encontro reforçou o compromisso e a unidade da família salesiana na América, renovando a dedicação à missão educativa e evangelizadora que caracteriza a obra de São João Bosco e de Santa Maria Mazzarello. Que possamos continuar sendo fazedores do futuro, trabalhando juntos por uma educação salesiana de qualidade e inclusiva para todos.

Neste ano do bicentenário do Sonho dos 9 anos de Don Bosco, deixemo-nos cativar pela beleza e pela força de sonhar. Um sonho arrasta, inspira e infunde esperança. Não há força mais bela que sonhar juntos. De fato, a palavra "juntos" foi sempre a força da Família Salesiana! Na verdade, este é o sonho do Papa Francisco, quando insiste no Pacto Educativo Global: fazer alianças e, como uma grande comunidade humana, sonhar pelo presente e pelo futuro das novas gerações. Acreditamos, portanto, que, através da educação construímos um povo capaz de cuidar e de se preocupar pela vida de todos, especialmente dos mais fracos e marginalizados.