A bela intuição de Dom Bosco: os Salesianos Coadjutores

Quinta, 25 Janeiro 2024 19:44 Escrito por  Agência Info Salesiana – ANS
Conheça a história de como surgiram, a partir do Oratório de Valdocco, os salesianos coadjutores, ou salesianos irmãos, parte fundamental da Congregação fundada por Dom Bosco.    

Depois de um começo simples, o compromisso de Dom Bosco com os jovens do Oratório de Valdocco, na Itália, foi se tornando cada vez mais completo, com a criação das oficinas de tipografia, sapataria e serralharia. Assim, aos poucos, Dom Bosco reuniu seus colaboradores numa Associação que chamou de “União” ou “Congregação” de São Francisco de Sales.

 

Os voluntários que ensinavam os vários ofícios, frequentavam os cultos da igreja e organizavam as atividades ao ar livre, viviam em suas casas, com suas famílias, enquanto continuavam a se envolver no trabalho dos oratórios. Eram o que ele costumava chamar de salesianos “externos” e incluíam alguns sacerdotes, leigos devotos, nobres e mulheres, algumas delas mães, inclusive Mamãe Margarida (a mãe de Dom Bosco), benfeitores e promotores.

 

A outros voluntários, que demonstravam vocação, Dom Bosco convidava a “ficar com ele” e viver juntos na casa que sempre foi considerada o sustentáculo da sua associação religiosa. Seguindo a sugestão do Papa Pio IX, Dom Bosco chamou, a esta segunda organização religiosa de caridade, “Pia Sociedade de São Francisco de Sales”. A primeira reunião oficial ocorreu nos aposentos de Dom Bosco, no dia 18 de dezembro de 1859, e contou com a presença de sacerdotes e clérigos.

 

Primeiros salesianos coadjutores

Em 1860, os primeiros leigos admitidos como “coadjutores” foram Giuseppe Rossi e Giuseppe Gaia (que foi cozinheiro do Oratório durante vários anos). Depois, veio Federico Oreglia, membro da aristocracia de Turim, o qual se tornou salesiano e prestou um grande serviço ao Oratório, antes de partir e terminar seus dias como jesuíta. Entre os leigos que foram para a Argentina com Giovanni Cagliero, em 1875, estavam Vincenzo Gioia, Bartolomeo Scavini (mestre de carpintaria), Stefano Belmonte (músico e especialista em economia doméstica) e Bartolomeo Molinari (mestre de música), considerados “verdadeiros trabalhadores evangélicos”.

 

Os coadjutores trabalharam arduamente na obra de Dom Bosco em favor dos que frequentavam o Oratório. Eles eram cozinheiros, porteiros, tipógrafos, sapateiros, ferreiros, administradores, professores, treinadores esportivos, assistentes nas funções religiosas, nas aulas, no teatro; cumprindo, na missão do Oratório, a sua própria missão.

 

Espaço para todos os tipos de ministério

A figura do salesiano coadjutor, ou do salesiano irmão, enfrentou algumas resistências em seus primeiros anos; mas Dom Bosco sempre insistiu na igualdade fraterna: para ele, havia espaço para todos os tipos de ministério. Todos eram apóstolos, todos eram educadores, todos tinham igual dignidade como seres humanos, cristãos, religiosos, salesianos.

 

Com o passar do tempo vieram algumas mudanças. Um passo importante, após o Concílio Vaticano II, foi a possibilidade, por meio do XX Capítulo Geral dos Salesianos de Dom Bosco, de os salesianos irmãos se tornarem membros de Conselhos em todos os níveis da Sociedade Salesiana (local, inspetorial e geral).

 

Salesianos irmãos e salesianos padres

O salesiano coadjutor, assim como o salesiano padre, observa as mesmas regras, participa das mesmas práticas, tem direito às mesmas celebrações e beneficia-se dos mesmos sufrágios após sua morte. Sua presença entre os jovens de uma casa salesiana nunca é apenas administrativa: é também apóstolo e educador, religioso no sentido pleno da palavra, capaz de realizar, no variado programa do apostolado salesiano, todas as tarefas que não requeiram o Sacramento da Ordem (diaconato, presbiterado, episcopado).

 

A diferença é que seu trabalho é feito principalmente em atividades de natureza laical, ou ‘secular’. O salesiano coadjutor pode desenvolver sua vocação ‘religiosa-salesiana’ como educador, médico, professor, técnico agrícola, diretor de projetos de desenvolvimento, administrador, contador, catequista, escoteiro, publicitário, bibliotecário, arquiteto, técnico em informática, treinador esportivo ou músico (para citar algumas possibilidades).

 

Há, atualmente, cerca de 2.000 salesianos coadjutores no mundo.

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A bela intuição de Dom Bosco: os Salesianos Coadjutores

Quinta, 25 Janeiro 2024 19:44 Escrito por  Agência Info Salesiana – ANS
Conheça a história de como surgiram, a partir do Oratório de Valdocco, os salesianos coadjutores, ou salesianos irmãos, parte fundamental da Congregação fundada por Dom Bosco.    

Depois de um começo simples, o compromisso de Dom Bosco com os jovens do Oratório de Valdocco, na Itália, foi se tornando cada vez mais completo, com a criação das oficinas de tipografia, sapataria e serralharia. Assim, aos poucos, Dom Bosco reuniu seus colaboradores numa Associação que chamou de “União” ou “Congregação” de São Francisco de Sales.

 

Os voluntários que ensinavam os vários ofícios, frequentavam os cultos da igreja e organizavam as atividades ao ar livre, viviam em suas casas, com suas famílias, enquanto continuavam a se envolver no trabalho dos oratórios. Eram o que ele costumava chamar de salesianos “externos” e incluíam alguns sacerdotes, leigos devotos, nobres e mulheres, algumas delas mães, inclusive Mamãe Margarida (a mãe de Dom Bosco), benfeitores e promotores.

 

A outros voluntários, que demonstravam vocação, Dom Bosco convidava a “ficar com ele” e viver juntos na casa que sempre foi considerada o sustentáculo da sua associação religiosa. Seguindo a sugestão do Papa Pio IX, Dom Bosco chamou, a esta segunda organização religiosa de caridade, “Pia Sociedade de São Francisco de Sales”. A primeira reunião oficial ocorreu nos aposentos de Dom Bosco, no dia 18 de dezembro de 1859, e contou com a presença de sacerdotes e clérigos.

 

Primeiros salesianos coadjutores

Em 1860, os primeiros leigos admitidos como “coadjutores” foram Giuseppe Rossi e Giuseppe Gaia (que foi cozinheiro do Oratório durante vários anos). Depois, veio Federico Oreglia, membro da aristocracia de Turim, o qual se tornou salesiano e prestou um grande serviço ao Oratório, antes de partir e terminar seus dias como jesuíta. Entre os leigos que foram para a Argentina com Giovanni Cagliero, em 1875, estavam Vincenzo Gioia, Bartolomeo Scavini (mestre de carpintaria), Stefano Belmonte (músico e especialista em economia doméstica) e Bartolomeo Molinari (mestre de música), considerados “verdadeiros trabalhadores evangélicos”.

 

Os coadjutores trabalharam arduamente na obra de Dom Bosco em favor dos que frequentavam o Oratório. Eles eram cozinheiros, porteiros, tipógrafos, sapateiros, ferreiros, administradores, professores, treinadores esportivos, assistentes nas funções religiosas, nas aulas, no teatro; cumprindo, na missão do Oratório, a sua própria missão.

 

Espaço para todos os tipos de ministério

A figura do salesiano coadjutor, ou do salesiano irmão, enfrentou algumas resistências em seus primeiros anos; mas Dom Bosco sempre insistiu na igualdade fraterna: para ele, havia espaço para todos os tipos de ministério. Todos eram apóstolos, todos eram educadores, todos tinham igual dignidade como seres humanos, cristãos, religiosos, salesianos.

 

Com o passar do tempo vieram algumas mudanças. Um passo importante, após o Concílio Vaticano II, foi a possibilidade, por meio do XX Capítulo Geral dos Salesianos de Dom Bosco, de os salesianos irmãos se tornarem membros de Conselhos em todos os níveis da Sociedade Salesiana (local, inspetorial e geral).

 

Salesianos irmãos e salesianos padres

O salesiano coadjutor, assim como o salesiano padre, observa as mesmas regras, participa das mesmas práticas, tem direito às mesmas celebrações e beneficia-se dos mesmos sufrágios após sua morte. Sua presença entre os jovens de uma casa salesiana nunca é apenas administrativa: é também apóstolo e educador, religioso no sentido pleno da palavra, capaz de realizar, no variado programa do apostolado salesiano, todas as tarefas que não requeiram o Sacramento da Ordem (diaconato, presbiterado, episcopado).

 

A diferença é que seu trabalho é feito principalmente em atividades de natureza laical, ou ‘secular’. O salesiano coadjutor pode desenvolver sua vocação ‘religiosa-salesiana’ como educador, médico, professor, técnico agrícola, diretor de projetos de desenvolvimento, administrador, contador, catequista, escoteiro, publicitário, bibliotecário, arquiteto, técnico em informática, treinador esportivo ou músico (para citar algumas possibilidades).

 

Há, atualmente, cerca de 2.000 salesianos coadjutores no mundo.

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