Um dos exemplos é a publicação do título “Manifestações reumatológicas na Síndrome Pós-Covid-19”, na revista eletrônica Acervo Saúde, no último dia 10 de janeiro. A revista possui Qualis B1.
De autoria dos acadêmicos do 11º termo de Medicina, Gabriel Monteiro Benites e Tony Maronesi Bagio – com supervisão do docente e médico reumatologista, professor doutor José Marques Filho, a pesquisa publicada teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o surgimento de doenças reumatológicas em pacientes diagnosticados com Síndrome Pós-Covid-19.
Segundo o acadêmico Gabriel, a literatura atual evidencia que há pacientes com a Síndrome Pós-Covid-19 desenvolvendo doenças reumáticas sem apresentarem nenhum histórico pessoal ou familiar. Dentre os estudos encontrados, a artrite reativa foi a doença reumáticas mais prevalente, sendo seguido pelo Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
“Durante mais de seis meses, aglomeramos vários artigos relacionados na literatura médica mundial, fizemos filtragem e direcionamos para nossa ideia central, que é uma explicação mais correta sobre o assunto, a fim de fornecer uma referência a ser seguida por cientistas e pesquisadores da área da reumatologia”, disse.
Por sua vez, o acadêmico Tony salientou que o estudo apresentou contribuições científicas, pois evidenciou uma forte relação entre a Síndrome Pós-Covid-19 e doenças reumatológicas, mostrando que todos os profissionais da saúde, não só os reumatologistas, precisam estar preparados para enfrentá-las durante o combate à pandemia.
“No âmbito educacional, serviu de incentivo para realização de novos trabalhos relacionados à Síndrome Pós-Covid-19, já que ela é uma condição recente que merece atenção especial e exige cada vez mais estudos para seu total conhecimento, não só na reumatologia, mas sim em todas as áreas da Saúde”, completou.
O professor do Curso de Medicina e médico reumatologista, que orientou o trabalho “Manifestações reumatológicas na Síndrome Pós-Covid-19”, enalteceu a qualidade do conteúdo produzido pelos acadêmicos Gabriel Monteiro Benites e Tony Maronesi Bagio.
“Em geral, um artigo para ser publicado em nosso país, leva meses ou anos. De forma surpreendente e inusitada para mim, nosso artigo foi aceito e publicado com menos de duas semanas”, disse, ao ressaltar que a importância do trabalho é enorme, principalmente, em relação à sua atualidade.
“Essa síndrome está sendo investigada no mundo todo e esses dois jovens pesquisadores de nossa instituição deram uma importante contribuição para o fundamental conhecimento dessas novas manifestações ligadas à Covid-19.”
Em relação aos acadêmicos, Marques ressalta que os autores, que cursam, atualmente, o internato na Santa Casa de Araçatuba, enche de esperanças a sociedade quanto ao futuro das pesquisas no Brasil. “Meus sinceros parabéns”, concluiu.
Fonte: Monique Bueno - UniSALESIANO