As incubadoras foram entregues em 16 de junho e, em breve, estarão a caminho da Ucrânia. Cinco delas serão destinadas à região de Kiev, três para Zaporizhia e duas a Mykolaiv.
A entrega das 10 incubadoras contou com a presença dos principais meios de comunicação de Navarra e das entidades que doaram os fundos para a construção e envio das mesmas: o Clube Esportivo Mulier, a Associação Farmacêuticos sem Fronteiras e a Seguradora IMQ das Astúrias.
Assim que soube do projeto que os centros salesianos estavam realizando, a Clúster SOS Ucrânia, o projeto Incubadoras que salvam vidas, no qual estão envolvidos oito centros salesianos de formação profissional da Inspetoria Espanha-São Tiago Maior, entrou em contato com os salesianos de Pamplona.
Nascimentos prematuros
A guerra da Ucrânia faz com que os nascimentos prematuros ocorram em locais que não estão apropriadamente equipados. As incubadoras projetadas pela Medicina Abierta al Mundo foram construídas por estudantes dos ciclos de mecanização de alto nível dos oito centros salesianos e pelos jovens do curso de Eletricidade e Eletrônica do complexo salesiano de Pamplona, que fizeram a montagem da parte eletrônica.
“Para nós é um prazer trabalhar na construção dessas incubadoras para bebês prematuros, nos sentimos úteis. É muito estimulante para todos nós", disseram os alunos durante a apresentação.
A seção ucraniana de Clúster SOS Ucrania encomendou 50 unidades, dez das quais já foram enviadas.
O Projeto Incubadoras que Salvam Vidas foi inaugurado em 2021, com uma colaboração entre o CFP salesiano de Pamplona e as ONGs Medicina abierta al Mundo e Ayuda Contenedores; e este ano foi estendido a outros sete centros.
Antes do início da guerra na Ucrânia, eles já haviam sido enviados para outros países que necessitavam dos equipamentos, principalmente na África e na América.
De acordo com Pablo Sánchez, o jovem engenheiro que participou do projeto das incubadoras, a demanda é alta e vem de diferentes lugares, razão pela qual os equipamentos continuarão a ser produzidos durante o próximo ano acadêmico.
A ONG Medicina abierta al Mundo desenvolveu a ideia, projetou o protótipo e construiu as primeiras incubadoras, mas os centros salesianos se tornaram a força do projeto.
Apoio e contribuições
Muitas empresas têm se interessado por realizar pequenas contribuições, fornecendo materiais ou fabricando pequenas partes das incubadoras, em uma escala maior do que um centro educacional pode oferecer.
É o caso da colaboração da empresa M Torres, que fornece a impressão em 3D de pequenas peças para completar os dispositivos, ou ainda Moshy, que doou as capas para os colchõezinhos das incubadoras. Além disso, o projeto conta com o apoio da empresa bancária La Caixa, por meio da iniciativa FPDualiza.
Durante a apresentação, LiLy Shyshkovska, representante da associação Alas de Ucrania, parceira do Clúster SOS Ucrania, dirigiu-se à plateia desejando que a guerra termine e que não seja necessário o envio de muitos mais berços ao seu país, declarando:
"Obrigado a todas as pessoas que participam deste projeto. Vocês são incríveis. Embora haja tanto mal neste mundo, graças a vocês, a confiança na bondade dos seres humanos está voltando”.