Durante todo o mês de maio, todos os dias, os missionários salesianos rezaram o terço com as famílias indígenas, caminhando ao redor da aldeia. Em geral, os participantes desse terço são jovens e crianças, sendo que as crianças sempre chegam primeiro para a oração. Essa foi a rotina mariana nas aldeias Sangradouro e Nossa Senhora Auxiliadora e na Paróquia São José de Sangradouro, no Distrito de Paredão, município de General Carneiro, MT.
“ Todos dias, depois do terço, sempre tem a “boa-noite” e, em várias ocasiões, contei sobre os milagres de Nossa Senhora na vida de Dom Bosco e dos oratorianos; falei sobre as aparições também”, lembra o padre Joseph Tran Van Lich, missionário salesiano.
No último dia do mês foi feita uma procissão para finalizar as homenagens marianas. Para essa procissão os indígenas foram convidados a escrever uma carta a Nossa Senhora, como ensinava Dom Bosco aos seus alunos. “Também pedi a todos que iriam para mato, para buscarem flores para oferecer a Maria e, assim, manifestarem carinho e amor à Mãe de Jesus nesse último dia de maio”, conta o padre Lich.
Para os xavante, o mundo espiritual é muito presente no cotidiano e os gestos devocionais são tratados com grande seriedade e respeito por todos. “Quando descemos para fazer a procissão, fiquei muito feliz ao ver as crianças com flores nas mãos. Que belo gesto, pensei: Nossa Senhora deve estar muito feliz!”, avalia o missionário.
Durante a procissão, também liderada pelo padre Juan Carlos Uscola, toda a comunidade acompanhou trazendo velas nas mãos, além das flores e das cartas. Ao final, foi feita a coroação de Nossa Senhora e do menino Jesus e foram entregues as respostas das cartas com uma breve explicação sobre a tradição salesiana das cartinhas a Nossa Senhora.
Fonte: Euclides Fernandes - Missão Salesiana de Mato Grosso