Estêvão Ferrando frequentou as escolas com os salesianos, primeiramente em Fossano e depois em Turim, fascinado pela vida de Dom Bosco. Interrompeu forçadamente os estudos pela explosão da I Guerra Mundial (1914-18), da qual participou como oficial, sendo condecorado com medalha de prata. Depois da ordenação sacerdotal em 1923, partiu para as missões salesianas do Nordeste da Índia, onde se tornou um dos grandes pioneiros da epopeia missionária naquela vasta região.
Em 1934 foi nomeado, pelo Papa Pio XI, bispo da Diocese de Krishnagar, de onde foi transferido, após um ano, para a sede de Shillong, sede que havia de se tornar por 35 anos o centro de toda a sua fecunda ação apostólica e evangelizadora.
O seu apostolado se caracterizou pelo estilo salesiano: alegria, simplicidade e contato direto com o povo. A sua humildade, simplicidade e o amor pelos pobres levou muitos a se converterem e a pedir o batismo. Reconstruiu a grande catedral e o conjunto total da obra missionária. Propagou a devoção a Maria Auxiliadora e a Dom Bosco. Empenhou-se para que os mesmos indianos se tornassem os primeiros evangelizadores da sua própria terra.
Com o primeiro grupo de catequistas indianas enveredou para a fundação das Irmãs Missionárias de Maria Auxílio dos Cristãos (MSMHC, em inglês), agregadas à Família Salesiana (FS) em 27 de junho de 1986.
Participou dos trabalhos do Concílio (1963-65). Em 26 de junho de 1969 tornou-se bispo emérito pela renúncia à sua diocese.
No Assam, ele achou quatro mil católicos: deixou 500 mil. Na Itália, o idoso salesiano missionário bispo retirou-se na Casa Salesiana de Quarto (Gênova). Morreu em 20 de junho de 1978.
No dia 3 de março de 2016, o Papa Francisco reconheceu-lhe as virtudes heroicas, declarando-o venerável.