Todas aldeias são da etnia Xavante e pertencem à Paróquia São Domingos Sávio, de Campinápolis, MT. O pároco responsável é o padre Bartolomeo Giaccaria, missionário salesiano de longo histórico de serviços reconhecidos em favor do “pobres mais pobres do reino de Deus”.
A viagem de serviços dura algumas semanas e não é feita aleatoriamente. O diácono salesiano José Alves explica que há um planejamento antes de cada empreitada. “A gente sai nas aldeias rezando, acompanhando a turma, a questão escolar e de saúde. Na medida em que a gente encontra as pessoas nas aldeias, nas estradas e ficamos sabendo de problemas nos poços, nós anotamos e, quando atinge uma quantidade razoável de serviços necessários, que permite esse deslocamento do projeto AMA, a gente faz esse rodízio nas aldeias, já sabendo anteriormente quais precisam de manutenção”, revela o religioso.
Nessas 13 aldeias da região de Parabubure vivem cerca de 500 pessoas, que hoje são beneficiadas com a manutenção dos poços. Desta vez foram feitos pequenos reparos, como troca de bombas, conserto de torneiras e de registros, consertos das placas solares, de fiações, entre outros.
Esses poços foram perfurados em épocas diversas, alguns há mais de 30 anos, de acordo com a necessidade dos indígenas e a condição financeira do projeto, que atua entre os indígenas de Mato Grosso desde o início da década de 1980, com o trabalho liderado pelos irmãos salesianos Franz (in memorian) e Alöis Würztle.
O projeto AMA é hoje integrado pelo mestre Alöis, pelos leigos contratados Paulo Bezerra, Osmar, Vando e o voluntário Gonçalo. O último poço perfurado pelo grupo foi na aldeia Teihidzatse, há três anos. Nas aldeias existem ainda outros poços perfurados e mantidos pela SESAI e Ministério da Saúde. A equipe da AMA só faz a manutenção dos poços perfurados pela própria equipe devido a questões contratuais com o poder público.
O trabalho do projeto atende a uma necessidade visível das aldeias xavante da região. Os indígenas constroem suas aldeias geralmente à beira dos pequenos córregos, que às vezes secam, na época do ano em que quase não há chuvas e, quando chove, a água fica muito barrenta. Comumente é a água desses rios e córregos que os indígenas usam para beber e cozinhar, com maior ou menor qualidade, dependendo da região. Em algumas aldeias há casos gravíssimos de falta d’água. Por isso, a assistência constante da equipe do projeto AMA é fundamental nessas comunidades.
Fonte: Missão Salesiana de Mato Grosso