O “Dia mundial contra o trabalho de crianças e adolescentes” celebrado hoje, 12 de junho, não pretende ser apenas uma data no calendário, mas sim um chamado a um empenho mais intenso na oposição a tais fenômenos que, como demonstram várias boas práticas já ativas no mundo, podem realmente ser contrastados.   No final do mês de abril a Organização Internacional para o Trabalho (ILO, em inglês) publicou o seu último “Relatório mundial sobre o trabalho de menores”, que além de apresentar dados e estatísticas inerentes à matéria, oferece várias análises relativas aos temas relacionados ao trabalho de menores: a vulnerabilidade econômica e a proteção social.   Há atualmente cerca de 215 milhões de trabalhadores mirins no mundo, dos quais 115 milhões em condições assemelhadas à escravidão, ameaçados de extorsão por dívidas, e explorados por prostituição e atividades ilícitas, ou empregados em trabalhos muito dispendiosos, e arriscados para a saúde e a segurança. 60% trabalham na agricultura. São 15,5 milhões as crianças e adolescentes empregados no trabalho doméstico. Só um sobre cinco recebe pagamento, os outros trabalham dentro da família, sem remuneração.   A situação desses menores depende com frequência da situação das suas famílias: pais pobres, famílias desestruturadas, com baixos níveis de escolarização – todos fatores que aumentam as probabilidades para um menor de ser “vendido” ou ao menos de deixar os estudos e ser destinado ao trabalho desde a infância.   O Dia Mundial contra o Trabalho de Crianças e adolescentes 2013 concentra-se no tema do trabalho doméstico e quer lembrar como, se é verdade que uma situação familiar difícil pode favorecer o trabalho de menores, é também verdade que o retorno a uma situação familiar positiva pode salvaguardar o presente e o futuro de crianças e adolescentes.   Os especialistas de ILO observaram uma sensível redução de trabalho de menor quando se adotam projetos de proteção social:   No Brasil, a adoção do programa “Bolsa Família”, que prevê a doação de uma quantia fixa mensal às famílias com crianças para garantir-lhe a frequência escolar, mostrou uma sensível diminuição do trabalho de menores tanto no campo quanto na cidade; estudos feitos na África do Sul, Botswana, Maláui, Namíbia Tanzânia e Zimbábue, países em que mais de 50% dos órfãos vivem com os avós, têm mostrado um decréscimo de trabalho de menores quando se dá o auxílio-sustento aos idosos.   Em vista do Dia Mundial Contra o Trabalho de Menor, as procuradorias missionárias salesianas atuaram em campanhas de solidariedade, que atestam como a Congregação Salesiana é contra qualquer forma de exploração dos menores e a favor do desenvolvimento integral dos jovens em todos os países do mundo. A procuradoria de Madri, por exemplo, lançou a campanha “Não estou à venda”, para denunciar o dramático problema da exploração de menores; a de Bonn, na Alemanha,  renovou o seu empenho com o projeto, na Índia, da “Kinderbank” (Banco da Criança): banco que permite aos pequenos, que trabalham regularmente, depositar as próprias economias com segurança, oferecendo-lhes ao mesmo tempo uma certidão de identidade civil.   InfoANS
  Jovens das equipes da Articulação da Juventude Salesiana (AJS) das inspetorias Nossa Senhora da Paz (FMA) e Santo Afonso Maria de Ligório (SDB) participaram do Encontro Interinspetorial da AJS, realizado entre os dias 7 e 9 de junho, na Casa São José – Sede Inspetorial, em Campo Grande, MS.   De acordo com coordenador de Pastoral e referente inspetorial da AJS, Gilmar Vieria, “o encontro foi muito positivo e oportuno, pois conseguimos alcançar dois objetivos. O primeiro, da integração e interação entre as duas equipes de AJS Inspetorial e o segundo de compartilhamento das ideias em torno das fichas de reflexão que serão abordadas no Encontro Continental no mês de julho em Niterói, RJ”.   Foram três dias de encontro com momentos de reflexão, oração e descontração, antecipando o clima do Encontro Continental (dos jovens salesianos) e da Jornada Mundial da Juventude. “A programação foi bem objetiva. Os referentes locais apresentaram de forma dinamizada o entendimento de cada ficha (de reflexão), o que possibilitou uma maior compreensão do conteúdo. Com isso poderemos participar do Encontro Continental mais afinados e dispostos a colaborar durante os estudos”, finalizou Gilmar.   Missão Salesiana de Mato Grosso
  A Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) pede aos inscritos no II Congresso Nacional de Educação Católica que deverão atualizar seu cadastro de inscrição, optando pelas atividades de seu interesse até a data final das inscrições, dia 24 de junho e informa que  a palestra do professor Juan Antonio Ojeda Ortiz – Uma outra escola católica é possível – foi acrescentada na programação no dia 04, às 10h.   De acordo com a programação do II Congresso Nacional de Educação Católica da ANEC, os Grupos de Trabalho (GT’s) serã realizados nos dias 4 e 5, das 15h às 18h. Os Fóruns, Pôsteres, Sessões de Comunicação Científica e Oficinas serão realizados no dia 5 de julho, simultaneamente, das 10h às 13h.   Para acessar a relação das atividades que serão desenvolvidas no II Congresso da ANEC, o participante deverá acessar a página de inscrições do evento e na opção “Paralelos” no menu principal, digitar o número de inscrição, CPF e escolher quais atividades irá participar. O número de inscrição aparece impresso no boleto bancário da inscrição do Congresso.   Clique aqui para atualizar sua inscrição. O número de vagas para as atividades do II Congresso da ANEC é limitado. Esta etapa não é obrigatória e não impede a pessoa de participar do evento, somente das atividades propostas.   Acesse o portal da ANEC para ler a notícia na íntegra
  No mês de junho o calendário litúrgico salesiano relembra duas memórias: dos bem-aventurados Francisco Keşy, leigo, e de seus quatro companheiros mártires; e de São José Cafasso. Conheça um pouco da história desses homens:   12 de junho - bem-aventurados Francisco Kesy, leigo, e quatro companheiros mártires   Czesław Jóźwiak, Edward Kaźmierski, Franciszek Kęsy, Edward Klinik e Jarogniew Wojciechowski eram cinco jovens do oratório salesiano de Poznań, na Polônia, unidos no martírio (24 de agosto de 1942) e na beatificação (13 de junho de 1999, em Varsóvia). Eram animadores do oratório, apaixonados por música, teatro, esporte, empenhados na catequese, unidos por uma intensa vida espiritual. Em setembro de 1940, foram, durante a ocupação nazista, presos e acusados de pertencer a uma organização ilegal. Edward Klinik, primeiro a ser preso, escreveu à mãe: “Por mim pode ficar tranquila: vou para o combate da vida com intensa Fé. Sei que Aquela, à cuja proteção me entreguei fazendo-me um seu cavaleiro, vigia por mim e nunca me abandonará”. Presos também os demais, partilharam durante meses a experiência das humilhações e da tortura, sustentados por uma fé firme e decidida, por uma intensa devoção a Maria e por uma fraterna amizade.   Condenados sem processo regular, sem possibilidades de defesa, e, pior, por motivos que não justificavam a pena de morte, deram um exemplo heroico de Fé e de Vida cristã. Tinham-nas absorvido no oratório salesiano, de Poznań, e da Fé hauriram a força de aceitar com serenidade a “vontade de Deus”, até perdoar aos seus supliciadores, segundo o mais genuíno espírito do Evangelho.   Os Cinco Jovens Mártires são um modelo para tantos jovens que ainda hoje, em não poucos lugares do mundo, sofrem por causa da sua Fé cristã. Mas para todos os jovens são verdadeiros companheiros de vida, indicando-lhes as árduas – mas fascinantes – metas da santidade. Da santidade juvenil.   23 de junho - São José Cafasso   Também neste ano sua ocorrência cai em um dia de domingo; nessa data recorda-se “uma pérola do clero italiano”, sinal de uma extraordinária capacidade de acolhença, compreensão e misericórdia, brilhante figura de sacerdote, mestre e formador de sacerdotes, entre os quais Dom Bosco, que o teve como diretor Espiritual por 25 anos (1835-1860): antes como clérigo, depois como padre e, por fim, como fundador. As opções fundamentais de Dom Bosco tiveram como conselheiro e guia São José Cafasso. José Cafasso não formou em Dom Bosco um discípulo “à sua imagem e semelhança”; e Dom Bosco não copiou José Cafasso: imitou-o nas virtudes humanas e sacerdotais – definindo-o “modelo de vida sacerdotal” –, mas segundo os seus pessoais dons e a própria peculiar vocação: um sinal da sapiência do mestre espiritual e da inteligência do discípulo. O primeiro não se impôs ao segundo, respeitou-o na sua personalidade e o ajudou a ler qual fosse a vontade de Deus a seu respeito.   Cafasso não fundou institutos religiosos: sua “fundação” foi a “escola de vida e de santidade sacerdotal” que realizou, com o exemplo e o ensinamento, no  “Colégio Eclesiástico de São Francisco de Assis”, em Turim. O seu segredo era simples: ser um homem de Deus; fazer, nas pequenas ações cotidianas, “o que pode ser da maior glória de Deus e de vantagem para as almas”. Amava inteiramente a Deus; era animado de fé arraigadíssima e sustentado por uma profunda e prolongada oração. Vivia uma sincera caridade para com todos. Conhecia a teologia moral, mas conhecia outrossim as situações e o coração do povo, de cujo bem se encarregou, como o bom pastor. Quantos tinham a graça de lhe estar perto viam-se transformados em outros tantos bons pastores e em válidos confessores. Indicava com clareza a todos os sacerdotes a santidade por alcançar exatamente no ministério pastoral.   A memória litúrgica de São José Cafasso é um chamado a todos para intensificar o caminho rumo à perfeição da vida cristã, à santidade. Recorda especialmente aos sacerdotes a importância de dedicar tempo ao Sacramento da Reconciliação e à Direção espiritual.   InfoANS
As comitivas pontifícias litúrgicas e de segurança estiveram no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, para acertar os detalhes da visita do Papa Francisco. O Santo Padre vai percorrer trajeto de papamóvel pela cidade com duração de 45 minutos.   A Comitiva Litúrgica do Vaticano, presidida pelo mestre de cerimônias pontifícias, monsenhor Guido Marini, esteve no dia 6 de junho, em Aparecida, SP.   Uma das solicitações da comitiva, apresentadas na segunda-feira, 10, foi a retirada de quebra-molas das ruas e avenidas por onde o papamóvel vai circular. Antes de começar as atividades oficiais da JMJ, o Papa Francisco vai visitar o Santuário na quarta-feira, 24 de julho. Foi realizada coletiva à imprensa para apresentar as definições.   Segundo o bispo auxiliar da arquidiocese de Aparecida, dom Darci José Nicioli, todos os fiéis verão o Santo Padre quando ele passar de papamóvel. “Será um trajeto bem lento, para que todos tenham a oportunidade de vê-lo. O público ficará distante alguns metros, por causa das barreiras, mas todos verão o Pontífice passar”, garantiu durante coletiva à imprensa.   A coletiva contou ainda com a participação do cardeal-arcebispo, dom Raymundo Damasceno, e do reitor do Santuário, padre Domingos Sávio. Ainda segundo os bispos, se a missa presidida pelo Papa for celebrada no interior da basílica, os fiéis passarão por detectores de metais para garantir a segurança.   Festa da padroeira   Antes da celebração, no entanto, o Sumo Pontífice vai venerar a réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida na Capela dos Apóstolos. “O Papa quer que esta visita seja um momento íntimo, como devoto de Nossa Senhora. Vemos nisso uma vontade do Papa em renovar seu pontificado e oferecê-lo à Santa”, disse Dom Damasceno.   A celebração, que seguirá a liturgia da Festa da padroeira do Brasil, será concelebrada pelos bispos que vão acompanhar a visita. “Evidentemente, nós entendemos que o número de concelebrantes não será tão grande, já que a maioria já estará no Rio de Janeiro, em razão da JMJ”, destacou o cardeal.   Dom Damasceno disse ainda que “será uma festa própria de Nossa Senhora Aparecida, com paramentos brancos, já que será uma Missa solene, típica do dia 12 de outubro”.   A comitiva litúrgica do Vaticano, presidida pelo monsenhor Guido Marini, voltará ao santuário dois dias antes da chegada do Papa Francisco para ensaiar a cerimônia com acólitos e diáconos.   “Todos os diáconos, padres e bispos que chegarem perto do Pontífice estarão credenciados, além dos que vão atendê-lo no seminário. Autoridades que participarão, como governador e o prefeito, serão credenciados também”, explicou Dom Damasceno.   JMJ Rio2013
  Jennifer Moraes, 16 anos, aluna do 2º ano (ensino médio) no Colégio Auxiliadora de Ribeirão Preto, SP,  conquistou três medalhas de ouro na 4ª etapa das competições de natação do JEESP (Jogos Escolares do Estado de São Paulo). A atleta representou a instituição pela 1ª vez no evento, que foi realizado no dia 4 de junho, e garantiu o 1º lugar nas categorias 50m borboleta, 50m livre e 800m livre. As provas aconteceram nas piscinas da Unifran (Universidade de Franca) e receberam estudantes nas categorias Mirim (até 14 anos), Infantil (até 17 anos), além de atletas com deficiência.   “Sempre digo que a natação é a minha vida. Tenho bastante apoio dos meus pais, amigos e do Auxiliadora para continuar praticando o esporte. Pretendo segui-lo como carreira profissional”, comemora Jennifer. Além de terem se tornado os melhores atletas escolares do Estado, os primeiros colocados do JEESP terão a chance de representar São Paulo nas seletivas nacionais do Gymnasiade 2013, o Campeonato Mundial de Esporte Escolar. A competição, que acontecerá de 27 de novembro a 4 de dezembro, terá como sede a capital federal, Brasília.   Trajetória de sucesso   Jennifer Moraes começou no esporte aos 6 anos. Atualmente, é integrante da equipe de natação da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), campus local. A atleta já participou de diversas competições representando a instituição de ensino superior e o município de Ribeirão Preto. Em 2012, ela faturou duas medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Regionais, na cidade de Bebedouro, e outras três de bronze no Campeonato Paulista de Natação Juvenil. Destas, duas foram conquistadas na edição de verão da competição, em Guaratinguetá, e a outra na de inverno, em São Paulo.   RSE Informa
Atendendo ao pedido do governo eleitoapós a chamada Revolução Democrática, que reconheceu o alto valor das escolas e instituições sociais católicas, chegaram à Mongólia em 1992 três sacerdotes (Wenceslao Padilla, Gilbert e Robert) e cinco religiosos da Congregação do Imaculado Coração de Maria. Em 2002,quando o Vaticano elevou a missão de Ulan Bator a prefeitura apostólica, os fiéis eram apenas 114. A comunidade católica tem crescido, “lenta mas constantemente”, e hoje os cerca de 800 católicos, em um total de 2,7 milhões de habitantes, têm quatro paróquias: três na capital e uma em Darkhan. No iníciodo novo milênio, monsenhor Wenceslao Padilla chamou os salesianos para a Mongólia. Em 2000, seis salesianos partiram para a missão. Padre Andrew Nguyen Trung Tin, atual superior da Delegação da Mongólia, que era então diácono, explica: “Estávamos prontos para qualquer lugar do mundo. O superior nos confiou a missão de uma obra salesiana na Mongólia, então viemos”.
O Programa Jovem Aprendiz traz para a atualidade os princípios apontados por Dom Bosco com o Sistema Preventivo e tem no Parque Dom Bosco, em Itajaí, SC, um de seus principais exemplos.   A qualificação profissional sempre foi uma das preocupações dos salesianos, além da inserção do jovem no mercado de trabalho. Dom Bosco intermediou o primeiro contrato de trabalho em aprendizagem que se tem conhecimento, em 1853. Nesse documento um marceneiro se prontifica a ser responsável pela formação de um jovem instruído no Oratório de Dom Bosco, para o período de dois anos. O contrato estipulava que o marceneiro deveria transmitir ao jovem uma formação não apenas técnica, mas também moral e cívica, permitindo, inclusive, a ida do jovem às celebrações e a outros compromissos no Oratório. O Programa Jovem Aprendiz, oferecido hoje em várias casas salesianas do Brasil, carrega a semente lançada por Dom Bosco. Traz consigo a essência pedagógica desse projeto, que consistia em uma formação integral do jovem, visando aos lados físico, psicológico e moral. Esse programa, como uma continuação do Sistema Preventivo, encarrega-se da importante missão de encaminhar muitos jovens a um futuro mais digno, em que serão capazes de viver em plenas condições o mercado de trabalho. Esse sonho continua atual, visto que o desafio do Programa Jovem Aprendiz é capacitar jovens, não só para o mercado de trabalho, mas para a vida, estimulando-os a se tornarem cidadãos e adultos dotados de responsabilidade social.
Terça, 11 Junho 2013 14:11

Jovens indígenas realizam sonho do ensino superior

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O primeiro dia de aula de Bergamim Tsipta'awe Tsuwate foi marcante. Ao entrar, no dia 30 de janeiro, nas dependências da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande, MS, o jovem acredita ter dado “o passo mais importante de sua vida”. “Estou realizando um sonho”, diz o Xavante de 23 anos, um dos doze indígenas que integram projeto iniciado neste ano pela Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT). Pelos próximos anos, as turmas de Enfermagem, Direito, Serviço Social, Administração, Pedagogia, Fisioterapia, Nutrição, Zootecnia e Agronomia da UCDB terão entre seus acadêmicos índios vindos de Mato Grosso – a instituição já conta com alunos indígenas, das etnias de Mato Grosso do Sul, principalmente Terena. Do grupo que desembarcou em Campo Grande no dia 29 de janeiro, oito são Xavante e quatro são Bororo – divididos em oito homens e quatro mulheres com idades entre 18 e 29 anos. Além de bolsa de estudos na UCDB, a Missão Salesiana também está garantindo moradia (em duas casas próximas à universidade), emprego e acompanhamento. A alimentação foi custeada nos primeiros dois meses de permanência na capital sul-mato-grossense. “Agora, eles deram início a uma nova fase, que é de manter a alimentação com o salário que já estão recebendo”, diz mestre Antônio Teixeira, ecônomo inspetorial que acompanha de perto cada um dos jovens. A coordenação é do inspetor, padre Lauro Takaki Shinohara, da Inspetoria Salesiana de Campo Grande.
Fatos recentes colocaram novamente em discussão a proposta de redução da maioridade penal. Os Salesianos manifestam uma posição claramente contrária a essa proposta, afirmam que ela não colabora para resolver o problema da violência no Brasil e defendem que seja efetivado o Estatuto da Criança e do Adolescente.   Antes de refletir sobre a redução da maioridade penal, é necessário fazer uma breve abordagem sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – legislação que os coloca como sujeitos de direitos e, também, de deveres. Até a promulgação do ECA, a legislação que tratava deste público no Brasil era o “código de menores”, criado em 1927, que os considerava infratores e um perigo para a sociedade. Os Salesianos de Dom Bosco e as Filhas de Maria Auxiliadora tiveram participação fundamental na construção e na validação desta legislação. Ainda hoje, os salesianos se empenham junto aos diversos setores sociais e órgãos governamentais, para efetivar os direitos das crianças e adolescentes, e assim, ajudar a construir uma sociedade mais justa e igualitária.
  O “Dia mundial contra o trabalho de crianças e adolescentes” celebrado hoje, 12 de junho, não pretende ser apenas uma data no calendário, mas sim um chamado a um empenho mais intenso na oposição a tais fenômenos que, como demonstram várias boas práticas já ativas no mundo, podem realmente ser contrastados.   No final do mês de abril a Organização Internacional para o Trabalho (ILO, em inglês) publicou o seu último “Relatório mundial sobre o trabalho de menores”, que além de apresentar dados e estatísticas inerentes à matéria, oferece várias análises relativas aos temas relacionados ao trabalho de menores: a vulnerabilidade econômica e a proteção social.   Há atualmente cerca de 215 milhões de trabalhadores mirins no mundo, dos quais 115 milhões em condições assemelhadas à escravidão, ameaçados de extorsão por dívidas, e explorados por prostituição e atividades ilícitas, ou empregados em trabalhos muito dispendiosos, e arriscados para a saúde e a segurança. 60% trabalham na agricultura. São 15,5 milhões as crianças e adolescentes empregados no trabalho doméstico. Só um sobre cinco recebe pagamento, os outros trabalham dentro da família, sem remuneração.   A situação desses menores depende com frequência da situação das suas famílias: pais pobres, famílias desestruturadas, com baixos níveis de escolarização – todos fatores que aumentam as probabilidades para um menor de ser “vendido” ou ao menos de deixar os estudos e ser destinado ao trabalho desde a infância.   O Dia Mundial contra o Trabalho de Crianças e adolescentes 2013 concentra-se no tema do trabalho doméstico e quer lembrar como, se é verdade que uma situação familiar difícil pode favorecer o trabalho de menores, é também verdade que o retorno a uma situação familiar positiva pode salvaguardar o presente e o futuro de crianças e adolescentes.   Os especialistas de ILO observaram uma sensível redução de trabalho de menor quando se adotam projetos de proteção social:   No Brasil, a adoção do programa “Bolsa Família”, que prevê a doação de uma quantia fixa mensal às famílias com crianças para garantir-lhe a frequência escolar, mostrou uma sensível diminuição do trabalho de menores tanto no campo quanto na cidade; estudos feitos na África do Sul, Botswana, Maláui, Namíbia Tanzânia e Zimbábue, países em que mais de 50% dos órfãos vivem com os avós, têm mostrado um decréscimo de trabalho de menores quando se dá o auxílio-sustento aos idosos.   Em vista do Dia Mundial Contra o Trabalho de Menor, as procuradorias missionárias salesianas atuaram em campanhas de solidariedade, que atestam como a Congregação Salesiana é contra qualquer forma de exploração dos menores e a favor do desenvolvimento integral dos jovens em todos os países do mundo. A procuradoria de Madri, por exemplo, lançou a campanha “Não estou à venda”, para denunciar o dramático problema da exploração de menores; a de Bonn, na Alemanha,  renovou o seu empenho com o projeto, na Índia, da “Kinderbank” (Banco da Criança): banco que permite aos pequenos, que trabalham regularmente, depositar as próprias economias com segurança, oferecendo-lhes ao mesmo tempo uma certidão de identidade civil.   InfoANS
  Jovens das equipes da Articulação da Juventude Salesiana (AJS) das inspetorias Nossa Senhora da Paz (FMA) e Santo Afonso Maria de Ligório (SDB) participaram do Encontro Interinspetorial da AJS, realizado entre os dias 7 e 9 de junho, na Casa São José – Sede Inspetorial, em Campo Grande, MS.   De acordo com coordenador de Pastoral e referente inspetorial da AJS, Gilmar Vieria, “o encontro foi muito positivo e oportuno, pois conseguimos alcançar dois objetivos. O primeiro, da integração e interação entre as duas equipes de AJS Inspetorial e o segundo de compartilhamento das ideias em torno das fichas de reflexão que serão abordadas no Encontro Continental no mês de julho em Niterói, RJ”.   Foram três dias de encontro com momentos de reflexão, oração e descontração, antecipando o clima do Encontro Continental (dos jovens salesianos) e da Jornada Mundial da Juventude. “A programação foi bem objetiva. Os referentes locais apresentaram de forma dinamizada o entendimento de cada ficha (de reflexão), o que possibilitou uma maior compreensão do conteúdo. Com isso poderemos participar do Encontro Continental mais afinados e dispostos a colaborar durante os estudos”, finalizou Gilmar.   Missão Salesiana de Mato Grosso
  A Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) pede aos inscritos no II Congresso Nacional de Educação Católica que deverão atualizar seu cadastro de inscrição, optando pelas atividades de seu interesse até a data final das inscrições, dia 24 de junho e informa que  a palestra do professor Juan Antonio Ojeda Ortiz – Uma outra escola católica é possível – foi acrescentada na programação no dia 04, às 10h.   De acordo com a programação do II Congresso Nacional de Educação Católica da ANEC, os Grupos de Trabalho (GT’s) serã realizados nos dias 4 e 5, das 15h às 18h. Os Fóruns, Pôsteres, Sessões de Comunicação Científica e Oficinas serão realizados no dia 5 de julho, simultaneamente, das 10h às 13h.   Para acessar a relação das atividades que serão desenvolvidas no II Congresso da ANEC, o participante deverá acessar a página de inscrições do evento e na opção “Paralelos” no menu principal, digitar o número de inscrição, CPF e escolher quais atividades irá participar. O número de inscrição aparece impresso no boleto bancário da inscrição do Congresso.   Clique aqui para atualizar sua inscrição. O número de vagas para as atividades do II Congresso da ANEC é limitado. Esta etapa não é obrigatória e não impede a pessoa de participar do evento, somente das atividades propostas.   Acesse o portal da ANEC para ler a notícia na íntegra
  No mês de junho o calendário litúrgico salesiano relembra duas memórias: dos bem-aventurados Francisco Keşy, leigo, e de seus quatro companheiros mártires; e de São José Cafasso. Conheça um pouco da história desses homens:   12 de junho - bem-aventurados Francisco Kesy, leigo, e quatro companheiros mártires   Czesław Jóźwiak, Edward Kaźmierski, Franciszek Kęsy, Edward Klinik e Jarogniew Wojciechowski eram cinco jovens do oratório salesiano de Poznań, na Polônia, unidos no martírio (24 de agosto de 1942) e na beatificação (13 de junho de 1999, em Varsóvia). Eram animadores do oratório, apaixonados por música, teatro, esporte, empenhados na catequese, unidos por uma intensa vida espiritual. Em setembro de 1940, foram, durante a ocupação nazista, presos e acusados de pertencer a uma organização ilegal. Edward Klinik, primeiro a ser preso, escreveu à mãe: “Por mim pode ficar tranquila: vou para o combate da vida com intensa Fé. Sei que Aquela, à cuja proteção me entreguei fazendo-me um seu cavaleiro, vigia por mim e nunca me abandonará”. Presos também os demais, partilharam durante meses a experiência das humilhações e da tortura, sustentados por uma fé firme e decidida, por uma intensa devoção a Maria e por uma fraterna amizade.   Condenados sem processo regular, sem possibilidades de defesa, e, pior, por motivos que não justificavam a pena de morte, deram um exemplo heroico de Fé e de Vida cristã. Tinham-nas absorvido no oratório salesiano, de Poznań, e da Fé hauriram a força de aceitar com serenidade a “vontade de Deus”, até perdoar aos seus supliciadores, segundo o mais genuíno espírito do Evangelho.   Os Cinco Jovens Mártires são um modelo para tantos jovens que ainda hoje, em não poucos lugares do mundo, sofrem por causa da sua Fé cristã. Mas para todos os jovens são verdadeiros companheiros de vida, indicando-lhes as árduas – mas fascinantes – metas da santidade. Da santidade juvenil.   23 de junho - São José Cafasso   Também neste ano sua ocorrência cai em um dia de domingo; nessa data recorda-se “uma pérola do clero italiano”, sinal de uma extraordinária capacidade de acolhença, compreensão e misericórdia, brilhante figura de sacerdote, mestre e formador de sacerdotes, entre os quais Dom Bosco, que o teve como diretor Espiritual por 25 anos (1835-1860): antes como clérigo, depois como padre e, por fim, como fundador. As opções fundamentais de Dom Bosco tiveram como conselheiro e guia São José Cafasso. José Cafasso não formou em Dom Bosco um discípulo “à sua imagem e semelhança”; e Dom Bosco não copiou José Cafasso: imitou-o nas virtudes humanas e sacerdotais – definindo-o “modelo de vida sacerdotal” –, mas segundo os seus pessoais dons e a própria peculiar vocação: um sinal da sapiência do mestre espiritual e da inteligência do discípulo. O primeiro não se impôs ao segundo, respeitou-o na sua personalidade e o ajudou a ler qual fosse a vontade de Deus a seu respeito.   Cafasso não fundou institutos religiosos: sua “fundação” foi a “escola de vida e de santidade sacerdotal” que realizou, com o exemplo e o ensinamento, no  “Colégio Eclesiástico de São Francisco de Assis”, em Turim. O seu segredo era simples: ser um homem de Deus; fazer, nas pequenas ações cotidianas, “o que pode ser da maior glória de Deus e de vantagem para as almas”. Amava inteiramente a Deus; era animado de fé arraigadíssima e sustentado por uma profunda e prolongada oração. Vivia uma sincera caridade para com todos. Conhecia a teologia moral, mas conhecia outrossim as situações e o coração do povo, de cujo bem se encarregou, como o bom pastor. Quantos tinham a graça de lhe estar perto viam-se transformados em outros tantos bons pastores e em válidos confessores. Indicava com clareza a todos os sacerdotes a santidade por alcançar exatamente no ministério pastoral.   A memória litúrgica de São José Cafasso é um chamado a todos para intensificar o caminho rumo à perfeição da vida cristã, à santidade. Recorda especialmente aos sacerdotes a importância de dedicar tempo ao Sacramento da Reconciliação e à Direção espiritual.   InfoANS
As comitivas pontifícias litúrgicas e de segurança estiveram no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, para acertar os detalhes da visita do Papa Francisco. O Santo Padre vai percorrer trajeto de papamóvel pela cidade com duração de 45 minutos.   A Comitiva Litúrgica do Vaticano, presidida pelo mestre de cerimônias pontifícias, monsenhor Guido Marini, esteve no dia 6 de junho, em Aparecida, SP.   Uma das solicitações da comitiva, apresentadas na segunda-feira, 10, foi a retirada de quebra-molas das ruas e avenidas por onde o papamóvel vai circular. Antes de começar as atividades oficiais da JMJ, o Papa Francisco vai visitar o Santuário na quarta-feira, 24 de julho. Foi realizada coletiva à imprensa para apresentar as definições.   Segundo o bispo auxiliar da arquidiocese de Aparecida, dom Darci José Nicioli, todos os fiéis verão o Santo Padre quando ele passar de papamóvel. “Será um trajeto bem lento, para que todos tenham a oportunidade de vê-lo. O público ficará distante alguns metros, por causa das barreiras, mas todos verão o Pontífice passar”, garantiu durante coletiva à imprensa.   A coletiva contou ainda com a participação do cardeal-arcebispo, dom Raymundo Damasceno, e do reitor do Santuário, padre Domingos Sávio. Ainda segundo os bispos, se a missa presidida pelo Papa for celebrada no interior da basílica, os fiéis passarão por detectores de metais para garantir a segurança.   Festa da padroeira   Antes da celebração, no entanto, o Sumo Pontífice vai venerar a réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida na Capela dos Apóstolos. “O Papa quer que esta visita seja um momento íntimo, como devoto de Nossa Senhora. Vemos nisso uma vontade do Papa em renovar seu pontificado e oferecê-lo à Santa”, disse Dom Damasceno.   A celebração, que seguirá a liturgia da Festa da padroeira do Brasil, será concelebrada pelos bispos que vão acompanhar a visita. “Evidentemente, nós entendemos que o número de concelebrantes não será tão grande, já que a maioria já estará no Rio de Janeiro, em razão da JMJ”, destacou o cardeal.   Dom Damasceno disse ainda que “será uma festa própria de Nossa Senhora Aparecida, com paramentos brancos, já que será uma Missa solene, típica do dia 12 de outubro”.   A comitiva litúrgica do Vaticano, presidida pelo monsenhor Guido Marini, voltará ao santuário dois dias antes da chegada do Papa Francisco para ensaiar a cerimônia com acólitos e diáconos.   “Todos os diáconos, padres e bispos que chegarem perto do Pontífice estarão credenciados, além dos que vão atendê-lo no seminário. Autoridades que participarão, como governador e o prefeito, serão credenciados também”, explicou Dom Damasceno.   JMJ Rio2013
  Jennifer Moraes, 16 anos, aluna do 2º ano (ensino médio) no Colégio Auxiliadora de Ribeirão Preto, SP,  conquistou três medalhas de ouro na 4ª etapa das competições de natação do JEESP (Jogos Escolares do Estado de São Paulo). A atleta representou a instituição pela 1ª vez no evento, que foi realizado no dia 4 de junho, e garantiu o 1º lugar nas categorias 50m borboleta, 50m livre e 800m livre. As provas aconteceram nas piscinas da Unifran (Universidade de Franca) e receberam estudantes nas categorias Mirim (até 14 anos), Infantil (até 17 anos), além de atletas com deficiência.   “Sempre digo que a natação é a minha vida. Tenho bastante apoio dos meus pais, amigos e do Auxiliadora para continuar praticando o esporte. Pretendo segui-lo como carreira profissional”, comemora Jennifer. Além de terem se tornado os melhores atletas escolares do Estado, os primeiros colocados do JEESP terão a chance de representar São Paulo nas seletivas nacionais do Gymnasiade 2013, o Campeonato Mundial de Esporte Escolar. A competição, que acontecerá de 27 de novembro a 4 de dezembro, terá como sede a capital federal, Brasília.   Trajetória de sucesso   Jennifer Moraes começou no esporte aos 6 anos. Atualmente, é integrante da equipe de natação da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), campus local. A atleta já participou de diversas competições representando a instituição de ensino superior e o município de Ribeirão Preto. Em 2012, ela faturou duas medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Regionais, na cidade de Bebedouro, e outras três de bronze no Campeonato Paulista de Natação Juvenil. Destas, duas foram conquistadas na edição de verão da competição, em Guaratinguetá, e a outra na de inverno, em São Paulo.   RSE Informa
Atendendo ao pedido do governo eleitoapós a chamada Revolução Democrática, que reconheceu o alto valor das escolas e instituições sociais católicas, chegaram à Mongólia em 1992 três sacerdotes (Wenceslao Padilla, Gilbert e Robert) e cinco religiosos da Congregação do Imaculado Coração de Maria. Em 2002,quando o Vaticano elevou a missão de Ulan Bator a prefeitura apostólica, os fiéis eram apenas 114. A comunidade católica tem crescido, “lenta mas constantemente”, e hoje os cerca de 800 católicos, em um total de 2,7 milhões de habitantes, têm quatro paróquias: três na capital e uma em Darkhan. No iníciodo novo milênio, monsenhor Wenceslao Padilla chamou os salesianos para a Mongólia. Em 2000, seis salesianos partiram para a missão. Padre Andrew Nguyen Trung Tin, atual superior da Delegação da Mongólia, que era então diácono, explica: “Estávamos prontos para qualquer lugar do mundo. O superior nos confiou a missão de uma obra salesiana na Mongólia, então viemos”.
O Programa Jovem Aprendiz traz para a atualidade os princípios apontados por Dom Bosco com o Sistema Preventivo e tem no Parque Dom Bosco, em Itajaí, SC, um de seus principais exemplos.   A qualificação profissional sempre foi uma das preocupações dos salesianos, além da inserção do jovem no mercado de trabalho. Dom Bosco intermediou o primeiro contrato de trabalho em aprendizagem que se tem conhecimento, em 1853. Nesse documento um marceneiro se prontifica a ser responsável pela formação de um jovem instruído no Oratório de Dom Bosco, para o período de dois anos. O contrato estipulava que o marceneiro deveria transmitir ao jovem uma formação não apenas técnica, mas também moral e cívica, permitindo, inclusive, a ida do jovem às celebrações e a outros compromissos no Oratório. O Programa Jovem Aprendiz, oferecido hoje em várias casas salesianas do Brasil, carrega a semente lançada por Dom Bosco. Traz consigo a essência pedagógica desse projeto, que consistia em uma formação integral do jovem, visando aos lados físico, psicológico e moral. Esse programa, como uma continuação do Sistema Preventivo, encarrega-se da importante missão de encaminhar muitos jovens a um futuro mais digno, em que serão capazes de viver em plenas condições o mercado de trabalho. Esse sonho continua atual, visto que o desafio do Programa Jovem Aprendiz é capacitar jovens, não só para o mercado de trabalho, mas para a vida, estimulando-os a se tornarem cidadãos e adultos dotados de responsabilidade social.
Terça, 11 Junho 2013 14:11

Jovens indígenas realizam sonho do ensino superior

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O primeiro dia de aula de Bergamim Tsipta'awe Tsuwate foi marcante. Ao entrar, no dia 30 de janeiro, nas dependências da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande, MS, o jovem acredita ter dado “o passo mais importante de sua vida”. “Estou realizando um sonho”, diz o Xavante de 23 anos, um dos doze indígenas que integram projeto iniciado neste ano pela Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT). Pelos próximos anos, as turmas de Enfermagem, Direito, Serviço Social, Administração, Pedagogia, Fisioterapia, Nutrição, Zootecnia e Agronomia da UCDB terão entre seus acadêmicos índios vindos de Mato Grosso – a instituição já conta com alunos indígenas, das etnias de Mato Grosso do Sul, principalmente Terena. Do grupo que desembarcou em Campo Grande no dia 29 de janeiro, oito são Xavante e quatro são Bororo – divididos em oito homens e quatro mulheres com idades entre 18 e 29 anos. Além de bolsa de estudos na UCDB, a Missão Salesiana também está garantindo moradia (em duas casas próximas à universidade), emprego e acompanhamento. A alimentação foi custeada nos primeiros dois meses de permanência na capital sul-mato-grossense. “Agora, eles deram início a uma nova fase, que é de manter a alimentação com o salário que já estão recebendo”, diz mestre Antônio Teixeira, ecônomo inspetorial que acompanha de perto cada um dos jovens. A coordenação é do inspetor, padre Lauro Takaki Shinohara, da Inspetoria Salesiana de Campo Grande.
Fatos recentes colocaram novamente em discussão a proposta de redução da maioridade penal. Os Salesianos manifestam uma posição claramente contrária a essa proposta, afirmam que ela não colabora para resolver o problema da violência no Brasil e defendem que seja efetivado o Estatuto da Criança e do Adolescente.   Antes de refletir sobre a redução da maioridade penal, é necessário fazer uma breve abordagem sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – legislação que os coloca como sujeitos de direitos e, também, de deveres. Até a promulgação do ECA, a legislação que tratava deste público no Brasil era o “código de menores”, criado em 1927, que os considerava infratores e um perigo para a sociedade. Os Salesianos de Dom Bosco e as Filhas de Maria Auxiliadora tiveram participação fundamental na construção e na validação desta legislação. Ainda hoje, os salesianos se empenham junto aos diversos setores sociais e órgãos governamentais, para efetivar os direitos das crianças e adolescentes, e assim, ajudar a construir uma sociedade mais justa e igualitária.