O purpurado, segundo uma nota enviada por fonte local à Agência Fides, fez referência ao assassinato ocorrido na semana anterior, de um advogado hondurenho que conduzia a defesa de uma deputada e de três de seus familiares envolvidos em presumida fraude aos danos do Estado. Honduras, com 8,2 milhões de habitantes, está vivendo nestes últimos anos uma onda de violência que, segundo as organizações dos Direitos Humanos e a imprensa local, provoca em média 20 mortos por dia.
O cardeal Maradiaga continuou: “O país, Honduras, é de todos” e ‘não há lugar para a ideologia do pensamento único. Pensamos de modos diferentes, mas isto não significa que sejamos inimigos. A vida é sagrada. Só Deus é o Senhor da vida”. Além disso sublinhou que um sistema econômico que só tem em mira a máxima vantagem é semente de injustiça e de sofrimento para muitos seres humanos e que à crise econômica, em Honduras, se acrescenta o drama dos pobres migrantes.
Neste século o mundo não abre os braços aos imigrantes. Ao contrário, “constrói muros em todos os lugares”, emulando a Idade Média, quando se construíam “as cidades circundadas de muros para não receber a ninguém”. Lamentou também a crise econômica, que atinge os jovens migrantes de Honduras, obrigando-os a emigrar. “Se em Honduras há a vontade de mudar, de combater a corrupção e alcançar justiça, isto se pode fazer. Mas sem violência. Sem ódio!”, advertiu o cardeal.