Marquesa Barolo é venerável

Terça, 12 Mai 2015 11:31 Escrito por  InfoANS
Marquesa Barolo é venerável imagens web
  O Papa Francisco autorizou, em 5 de maio, a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o Decreto relativo às virtudes heróicas da serva de Deus Giulia Colbert, leiga, viúva e fundadora da Congregação das Filhas de Jesus Bom Pastor e das Irmãs de Sant’Ana, declarando-a Venerável.


Giulia Colbert (26 de junho de 1786 a 19 de janeiro de 1864), marquesa Falletti di Barolo, foi uma das figuras femininas turinenses mais carismáticas do século XIX. Uma grande benfeitora que se ocupou, sobretudo, das péssimas condições por que passavam as mulheres detentas. Mas não só: fundou vários Institutos assistenciais, mantendo relacionamentos sociais com numerosos personagens ilustres: do Rei Carlos Alberto a Cavour, de Silvio Pellico a Dom Bosco.
 

Nascida em Maulévrier, na Vandeia (França), casara em 1807 com o marquês Trancredi Falletti di Barolo, cuja causa de beatificação também está em curso. Ambos muito ricos, não tiveram filhos: decidiram adotar  os pobres de Turim, cidade que na época atraía imigrados dos campos e que foi salva por figuras eminentes, desde Cottolengo a Cafasso, de Dom Bosco a Faá di Bruno, às quais se deve associar o casal Carlo Tancredi e Giulia Colbert di Barolo.
 

No início do oratório Dom Bosco achará acolhida nas obras da marquesa, antes junto ao refúgio e sucessivamente no Pequeno Hospital de Santa Filomena (de outubro de 1844 a de maio de 1845). O período passado como diretor espiritual nas obras educativas da marquesa foi breve. Mas deixou um sinal indelével em Dom Bosco. A marquesa, com sua fé sincera e profunda, sua forte personalidade, sua concretitude e franqueza, muito ajudou Dom Bosco a manter os pés no chão, a desenvolver um sistema educativo impregnado de caridade, tolerância e paciência, a testemunhar uma fé rica de confiança no Anjo da Guarda e em Maria, além da fidelidade ao Papa.
 

A marquesa alimentou sempre grande estima por Dom Bosco e o apoiou na promoção das suas obras. Em uma carta escrita ao padre Borel no dia 18 de maio de 1846,após definir Dom Bosco “ótimo”, afirma:“Agradou-me também a mim desde o início: acho nele aquele ar de recolhimento e simplicidade próprio das almas santas”. Materna e feminina, intuíra que a saúde de Dom Bosco, prostrado pela mole de trabalho educativo e pastoral, corria perigo, Além disso,  estava justamente preocupada em salvaguardar a especificidade das suas obras, relativamente àquelas de Dom Bosco, em favor dos jovens.
 

Giulia e Carlo Tancredi: modelo perfeito de comunhão conjugal. Despojados de todo orgulho aristocrático, misturaram-se e confundiram com os pobres, visando a transformação dos sistemas em favor da justiça ali onde justiça não havia.
 

InfoANS

Avalie este item
(1 Votar)
Última modificação em Quarta, 13 Mai 2015 00:31

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Marquesa Barolo é venerável

Terça, 12 Mai 2015 11:31 Escrito por  InfoANS
Marquesa Barolo é venerável imagens web
  O Papa Francisco autorizou, em 5 de maio, a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o Decreto relativo às virtudes heróicas da serva de Deus Giulia Colbert, leiga, viúva e fundadora da Congregação das Filhas de Jesus Bom Pastor e das Irmãs de Sant’Ana, declarando-a Venerável.


Giulia Colbert (26 de junho de 1786 a 19 de janeiro de 1864), marquesa Falletti di Barolo, foi uma das figuras femininas turinenses mais carismáticas do século XIX. Uma grande benfeitora que se ocupou, sobretudo, das péssimas condições por que passavam as mulheres detentas. Mas não só: fundou vários Institutos assistenciais, mantendo relacionamentos sociais com numerosos personagens ilustres: do Rei Carlos Alberto a Cavour, de Silvio Pellico a Dom Bosco.
 

Nascida em Maulévrier, na Vandeia (França), casara em 1807 com o marquês Trancredi Falletti di Barolo, cuja causa de beatificação também está em curso. Ambos muito ricos, não tiveram filhos: decidiram adotar  os pobres de Turim, cidade que na época atraía imigrados dos campos e que foi salva por figuras eminentes, desde Cottolengo a Cafasso, de Dom Bosco a Faá di Bruno, às quais se deve associar o casal Carlo Tancredi e Giulia Colbert di Barolo.
 

No início do oratório Dom Bosco achará acolhida nas obras da marquesa, antes junto ao refúgio e sucessivamente no Pequeno Hospital de Santa Filomena (de outubro de 1844 a de maio de 1845). O período passado como diretor espiritual nas obras educativas da marquesa foi breve. Mas deixou um sinal indelével em Dom Bosco. A marquesa, com sua fé sincera e profunda, sua forte personalidade, sua concretitude e franqueza, muito ajudou Dom Bosco a manter os pés no chão, a desenvolver um sistema educativo impregnado de caridade, tolerância e paciência, a testemunhar uma fé rica de confiança no Anjo da Guarda e em Maria, além da fidelidade ao Papa.
 

A marquesa alimentou sempre grande estima por Dom Bosco e o apoiou na promoção das suas obras. Em uma carta escrita ao padre Borel no dia 18 de maio de 1846,após definir Dom Bosco “ótimo”, afirma:“Agradou-me também a mim desde o início: acho nele aquele ar de recolhimento e simplicidade próprio das almas santas”. Materna e feminina, intuíra que a saúde de Dom Bosco, prostrado pela mole de trabalho educativo e pastoral, corria perigo, Além disso,  estava justamente preocupada em salvaguardar a especificidade das suas obras, relativamente àquelas de Dom Bosco, em favor dos jovens.
 

Giulia e Carlo Tancredi: modelo perfeito de comunhão conjugal. Despojados de todo orgulho aristocrático, misturaram-se e confundiram com os pobres, visando a transformação dos sistemas em favor da justiça ali onde justiça não havia.
 

InfoANS

Avalie este item
(1 Votar)
Última modificação em Quarta, 13 Mai 2015 00:31

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.