Apresentando a figura do novo bem-aventurado, assim se expressou na circunstância o Sumo Pontífice: “A sua vocação nasceu do encontro com o Apóstolo dos Jovens (Dom Bosco), pelo qual foi encaminhado pela estrada da formação religiosa e sacerdotal. Emulou-lhe tanto as virtudes e as característicasespirituais que lhe chamavam sua ‘imagem viva’. Inflamado de amor pela Igreja, promoveu-lhe a presença renovadora entre os povos, com uma autêntica mobilização missionária, também com candidatos juveníssimos.
Bem consciente da importância dos leigos, zelou por sua organização e formação espiritual, seguindo modernos critérios. O oratório feminino por ele dirigido junto às Filhas de Maria Auxiliadora, em Turim, tornou-se desse modo um centro de intensa vitalidade eclesial, com associações religiosas, culturais, sociais, recreativas. Foi o mesmo fervoroso clima de fé que ali reinava que deu origem a um grupo de ‘vida consagrada no mundo’, que após se desenvolveu no hoje sólido Instituto laical ‘Voluntárias de Dom Bosco’.
Padre Rinaldi foi, sobretudo, incansável promotor da grande Família Salesiana, nos seus vários grupos, e trabalhou por que ela se desenvolvesse mantendo a sua válida, coordenada e dútil força para a educação cristã dos jovens e dos classes populares”.
Nascido em 1856, em Lu Monferrato, Alexandria, Filippo Rinaldi conheceu Dom Bosco desde menino no colégio de Mirabello. Sacerdote em 1882 e mestre de noviços, foi enviado à Espanha onde como inspetor contribuiu para o desenvolvimento da presença salesiana em terras ibéricas. Como vigário geral da Congregação, impulsionou os (Salesianos) Cooperadores e a pastoral vocacional; instituiu as Federações mundiais dos Ex-alunos/as; e interessou-se pelo mundo do trabalho; apoiou as Filhas de Maria Auxiliadora; e intuiu o papel das “Zeladoras”, futuras “Voluntárias de Dom Bosco”.
Em 1922 foi eleito III sucessor de Dom Bosco. Morreu em 5 de dezembro de 1931, em Turim. Teve a alegria de ver a beatificação de Dom Bosco, no dia 2 de junho de 1929.
