Voluntários da Missão Humanitária do UniSALESIANO realizam mais de mil atendimentos em 15 dias

Terça, 04 Junho 2024 13:50 Escrito por  Monique Bueno
Na madrugada deste domingo, 37 voluntários da Missão Humanitária do UniSALESIANO: “Saúde não espera!” retornaram a Araçatuba,SP,  trazendo consigo histórias de resiliência e solidariedade após duas semanas intensas de trabalho em Porto Alegre, RS. Coordenada pelo médico Ângelo Jacomossi, a equipe realizou mais de mil atendimentos em seis abrigos de Porto Alegre, oferecendo cuidados médicos e apoio às comunidades locais que foram vítimas das enchentes no Estado gaúcho.

 

Em entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã desta segunda-feira (3/06), Dr. Ângelo, o médico Lucas Caroli Cruz, os acadêmicos de Medicina – Julia da Silva Zeffiro, João Pedro Teixeira de Queiroz, Beatriz Parpinelli Scarpin – e a acadêmica do Curso de Enfermagem, Beatriz Dessotti Cirilo – que representaram todo o grupo – compartilharam os detalhes dessa jornada, ao lado do Reitor do UniSALESIANO, Pe. Paulo Vendrame, SDB, do Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, André Ornellas, e do Coordenador do Curso de Medicina, Dr. Antônio Poletto.

Dr. Ângelo explicou que o grupo chegou num momento de tragédia emergencial, em que as pessoas estavam em abrigos temporários, sem medicamentos e sem histórico médico. “Nosso primeiro trabalho foi o reconhecimento das necessidades e características dos abrigados”, disse ele, ao relatar que o cenário encontrado era desafiador, com condições agudas de saúde, infecções e doenças crônicas como hipertensão e diabetes. “Me marcou a história de um senhor alcoólatra, que estava há dias sem beber e passou por alucinações. Ele agradeceu pela oportunidade de conversar “, compartilhou Jacomossi.

A acadêmica de Medicina, Julia, relatou a intensidade da experiência: “Além de cuidados médicos, nos envolvemos em tarefas de limpeza, alimentação e cuidados pessoais dos abrigados. A convivência trouxe histórias marcantes e nos fez refletir sobre a fragilidade humana”, contou.

Por sua vez, o acadêmico de Medicina, João Pedro, enfatizou a importância do aprendizado prático: “Tínhamos poucos recursos e confiávamos em nossa formação e nos médicos Ângelo e Lucas, que nos transmitiam confiança. Aprendemos a ouvir mais as pessoas, entender suas histórias e necessidades.”

O doutor Lucas destacou momentos emocionantes, como por exemplo, a chegada a Porto Alegre, depois de 28 horas de viagem, e o impacto das situações críticas. “Um dos momentos mais marcantes foi celebrar o aniversário de uma idosa que estava em condições precárias de saúde. Ver seu sorriso trouxe esperança para todos nós.”

 

EMPATIA

Para a acadêmica de Medicina, Beatriz, a experiência foi intensa, com a prática da empatia de forma tão profunda. “Saber que algumas pessoas não voltarão para casa nos afetou muito. Tudo isso mudará minha formação”, analisou.

A acadêmica da Enfermagem, Beatriz, salientou que essa experiência moldou tanto a parte acadêmica quanto a pessoal, de todos os envolvidos. “Se conseguimos dar conta sem recursos, imagina o quanto podemos fazer com mais apoio”, disse.

O Coordenador do Curso de Medicina, Dr. Antônio Poletto, acrescentou que essa iniciativa gera muita esperança na solidez da formação. “A gente fica muito feliz com a maneira como eles acolheram esse projeto. E muita gente queria ter tido essa oportunidade.”

O Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação do UniSALESIANO, André Ornellas, também comentou sobre o esforço coletivo: “Nossa missão institucional é essa e fazemos a diferença. É possível, pela competência nossa, dar este acréscimo de valores, não só os mantimentos, de mandar pessoas para poder ajudar e salvar vidas. Então, tivemos sete dias, desde a organização, a logística, até materiais de EPIs, mapeamento. Nós monitoramos eles 24 horas por dia, desde quando saíram até a hora que chegaram. Valeu a pena toda essa trajetória.”

 

POSTURA

Por fim, Pe. Paulo ressaltou o impacto da missão, que marcou a experiência profissional e a vida dos voluntários, bem como a vida do pessoal de Porto Alegre. “Tenho falado muito com o pessoal da Faculdade Dom Bosco, com o Inspetor Salesiano do Sul do Brasil, Pe. Ademir Ricardo Cwendrych, SDB, e eles ficaram muito impressionados com a postura de vocês, com a disponibilidade. Foi muito bonito e é um jeito salesiano de ser, que é um diferencial”, explicou.

Os voluntários expressaram gratidão ao UniSALESIANO e à Faculdade Dom Bosco pelo suporte e acolhimento. “Só temos que agradecer por tudo o que nos proporcionaram para que pudéssemos fazer nosso trabalho da melhor forma possível”, disse Beatriz Dessotti.

Para saber mais sobre o trabalho realizado pela Missão Humanitária do UniSALESIANO, acesse o Diário Virtual da Missão: https://unisalesiano.com.br/aracatuba/missao-humanitaria-rs-diario/

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Voluntários da Missão Humanitária do UniSALESIANO realizam mais de mil atendimentos em 15 dias

Terça, 04 Junho 2024 13:50 Escrito por  Monique Bueno
Na madrugada deste domingo, 37 voluntários da Missão Humanitária do UniSALESIANO: “Saúde não espera!” retornaram a Araçatuba,SP,  trazendo consigo histórias de resiliência e solidariedade após duas semanas intensas de trabalho em Porto Alegre, RS. Coordenada pelo médico Ângelo Jacomossi, a equipe realizou mais de mil atendimentos em seis abrigos de Porto Alegre, oferecendo cuidados médicos e apoio às comunidades locais que foram vítimas das enchentes no Estado gaúcho.

 

Em entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã desta segunda-feira (3/06), Dr. Ângelo, o médico Lucas Caroli Cruz, os acadêmicos de Medicina – Julia da Silva Zeffiro, João Pedro Teixeira de Queiroz, Beatriz Parpinelli Scarpin – e a acadêmica do Curso de Enfermagem, Beatriz Dessotti Cirilo – que representaram todo o grupo – compartilharam os detalhes dessa jornada, ao lado do Reitor do UniSALESIANO, Pe. Paulo Vendrame, SDB, do Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, André Ornellas, e do Coordenador do Curso de Medicina, Dr. Antônio Poletto.

Dr. Ângelo explicou que o grupo chegou num momento de tragédia emergencial, em que as pessoas estavam em abrigos temporários, sem medicamentos e sem histórico médico. “Nosso primeiro trabalho foi o reconhecimento das necessidades e características dos abrigados”, disse ele, ao relatar que o cenário encontrado era desafiador, com condições agudas de saúde, infecções e doenças crônicas como hipertensão e diabetes. “Me marcou a história de um senhor alcoólatra, que estava há dias sem beber e passou por alucinações. Ele agradeceu pela oportunidade de conversar “, compartilhou Jacomossi.

A acadêmica de Medicina, Julia, relatou a intensidade da experiência: “Além de cuidados médicos, nos envolvemos em tarefas de limpeza, alimentação e cuidados pessoais dos abrigados. A convivência trouxe histórias marcantes e nos fez refletir sobre a fragilidade humana”, contou.

Por sua vez, o acadêmico de Medicina, João Pedro, enfatizou a importância do aprendizado prático: “Tínhamos poucos recursos e confiávamos em nossa formação e nos médicos Ângelo e Lucas, que nos transmitiam confiança. Aprendemos a ouvir mais as pessoas, entender suas histórias e necessidades.”

O doutor Lucas destacou momentos emocionantes, como por exemplo, a chegada a Porto Alegre, depois de 28 horas de viagem, e o impacto das situações críticas. “Um dos momentos mais marcantes foi celebrar o aniversário de uma idosa que estava em condições precárias de saúde. Ver seu sorriso trouxe esperança para todos nós.”

 

EMPATIA

Para a acadêmica de Medicina, Beatriz, a experiência foi intensa, com a prática da empatia de forma tão profunda. “Saber que algumas pessoas não voltarão para casa nos afetou muito. Tudo isso mudará minha formação”, analisou.

A acadêmica da Enfermagem, Beatriz, salientou que essa experiência moldou tanto a parte acadêmica quanto a pessoal, de todos os envolvidos. “Se conseguimos dar conta sem recursos, imagina o quanto podemos fazer com mais apoio”, disse.

O Coordenador do Curso de Medicina, Dr. Antônio Poletto, acrescentou que essa iniciativa gera muita esperança na solidez da formação. “A gente fica muito feliz com a maneira como eles acolheram esse projeto. E muita gente queria ter tido essa oportunidade.”

O Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação do UniSALESIANO, André Ornellas, também comentou sobre o esforço coletivo: “Nossa missão institucional é essa e fazemos a diferença. É possível, pela competência nossa, dar este acréscimo de valores, não só os mantimentos, de mandar pessoas para poder ajudar e salvar vidas. Então, tivemos sete dias, desde a organização, a logística, até materiais de EPIs, mapeamento. Nós monitoramos eles 24 horas por dia, desde quando saíram até a hora que chegaram. Valeu a pena toda essa trajetória.”

 

POSTURA

Por fim, Pe. Paulo ressaltou o impacto da missão, que marcou a experiência profissional e a vida dos voluntários, bem como a vida do pessoal de Porto Alegre. “Tenho falado muito com o pessoal da Faculdade Dom Bosco, com o Inspetor Salesiano do Sul do Brasil, Pe. Ademir Ricardo Cwendrych, SDB, e eles ficaram muito impressionados com a postura de vocês, com a disponibilidade. Foi muito bonito e é um jeito salesiano de ser, que é um diferencial”, explicou.

Os voluntários expressaram gratidão ao UniSALESIANO e à Faculdade Dom Bosco pelo suporte e acolhimento. “Só temos que agradecer por tudo o que nos proporcionaram para que pudéssemos fazer nosso trabalho da melhor forma possível”, disse Beatriz Dessotti.

Para saber mais sobre o trabalho realizado pela Missão Humanitária do UniSALESIANO, acesse o Diário Virtual da Missão: https://unisalesiano.com.br/aracatuba/missao-humanitaria-rs-diario/

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