<style>.lazy{display:none}</style> Boletim Salesiano - Memórias Biográficas: O início da construção da Basílica de N. Sra. Auxiliadora Boletim Salesiano

Memórias Biográficas: O início da construção da Basílica de N. Sra. Auxiliadora

Sexta, 17 Mai 2024 09:33 Escrito por  Pe. Osmar A. Bezutte, SDB
    Mês de maio, mês de Maria. Mãe de Deus, Mãe de Jesus. A Auxiliadora de Dom Bosco e nossa! Nossa!!! Que privilégio!!! Um bom momento para recordar o início da construção da Basílica a ela dedicada, conforme relatam as Memórias Biográficas VII, p. 470-471.

    Dom Bosco disse ao padre Sávio, ecônomo da casa, para começar os trabalhos. Este, que já conhecia o grandioso projeto, respondeu-lhe:

    - Mas Dom Bosco, como fazemos? Não se trata de uma capela, mas de uma igreja grande e cara. De manhã não tínhamos dinheiro nem para pagar as despesas do correio.

    E Dom Bosco:

    - Começa a fazer as escavações: desde quando iniciamos uma obra tendo o dinheiro em caixa? Vamos deixar a Providência fazer alguma coisa!

    Padre Sávio executou as ordens. Mas, devendo-se deixar embaixo do piso da igreja o subterrâneo, além da escavação dos alicerces, era preciso escavar inteiramente e por dois metros e meio de profundidade, um terreno perto de 1200m². Devido ao enorme transporte de terra por meio de carros, num lugar fixado pelo Município, se conseguiu, neste ano, fazer apenas uma parte do trabalho.

    Enquanto isso a Providência fazia alguma coisa. No começo, alguns abastados cidadãos tinham prometido grandes doações, mas alguns, mudando suas intenções, empregaram alhures suas beneficências; outros queriam fazer suas ofertas, mas somente mais adiante. Dom Bosco estava em apuros e se aproximava o dia da primeira quinzena. Eram necessárias mil liras. E eis que, por causa do sagrado ministério, Dom Bosco foi chamado para atender a uma pessoa gravemente doente. Jazia imóvel havia três anos, atormentada por tosse e febre com grande fraqueza de estômago. Ela começou a dizer:

    – Se, por acaso, eu pudesse recuperar um pouco a saúde, estaria disposta a fazer qualquer oração, qualquer sacrifício; seria para mim um grande alívio se pudesse tão só me levantar da cama.

    - O que pretenderia fazer?, perguntou Dom Bosco.

    - O que o senhor disser.

    - Faça uma novena a Maria Auxiliadora.

    - O que devo dizer?

    – Por nove dias reze três Pai nosso, Ave Maria e Glória ao Santíssimo Sacramento com três Salve Rainha à Bem-aventurada Virgem.

    - Isto eu farei: e qual obra de caridade?

    - Se achar bom e se conseguir uma verdadeira melhora fará algumas ofertas para a Igreja de Maria Auxiliadora que está sendo construída em Valdocco.

    - Sim, sim; farei isso com muito prazer. Se no decorrer desta novena eu conseguir tão somente levantar da cama e fazer uns passos por este quarto, eu farei uma oferta para esta igreja que me acenou.

    Iniciou a novena e já estava no último dia. Dom Bosco devia naquela noite entregar aos escavadores não menos de mil francos. Foi, portanto, visitar aquela doente. A doméstica lhe abriu a porta e com alegria comunicou que sua patroa estava perfeitamente curada, já tinha feito dois passeios e já tinha ido à igreja para agradecer ao Senhor.

    Enquanto a doméstica falava rapidamente as novidades, eis que apareceu jubilosa a mesma patroa dizendo:

    - Eu estou curada, eu já fui agradecer a Nossa Senhora Santíssima; venha: eis o pacote que lhe preparei, e esta é a primeira oferta, mas certamente não será a última.

    Dom Bosco tomou o pacote e foi para casa, abriu e encontrou cinquenta napoleões (moeda francesa) de ouro, que correspondiam justamente às mil liras de que precisava.

    A partir desse momento, como sabemos, tais e tantas foram as graças de Nossa Senhora aos que colaboraram na construção de sua nova igreja em Valdocco, que bem podemos dizer que foi Ela mesma quem a construiu.  Aedificavit sibi domum Maria (Maria construiu a casa para si. – cf. Pr 9,1).

     

    Padre Osmar A. Bezutte, SDB, é revisor da nova tradução das Memórias Biográficas de São João Bosco (Editora Edebê).

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    Memórias Biográficas: O início da construção da Basílica de N. Sra. Auxiliadora

    Sexta, 17 Mai 2024 09:33 Escrito por  Pe. Osmar A. Bezutte, SDB
      Mês de maio, mês de Maria. Mãe de Deus, Mãe de Jesus. A Auxiliadora de Dom Bosco e nossa! Nossa!!! Que privilégio!!! Um bom momento para recordar o início da construção da Basílica a ela dedicada, conforme relatam as Memórias Biográficas VII, p. 470-471.

      Dom Bosco disse ao padre Sávio, ecônomo da casa, para começar os trabalhos. Este, que já conhecia o grandioso projeto, respondeu-lhe:

      - Mas Dom Bosco, como fazemos? Não se trata de uma capela, mas de uma igreja grande e cara. De manhã não tínhamos dinheiro nem para pagar as despesas do correio.

      E Dom Bosco:

      - Começa a fazer as escavações: desde quando iniciamos uma obra tendo o dinheiro em caixa? Vamos deixar a Providência fazer alguma coisa!

      Padre Sávio executou as ordens. Mas, devendo-se deixar embaixo do piso da igreja o subterrâneo, além da escavação dos alicerces, era preciso escavar inteiramente e por dois metros e meio de profundidade, um terreno perto de 1200m². Devido ao enorme transporte de terra por meio de carros, num lugar fixado pelo Município, se conseguiu, neste ano, fazer apenas uma parte do trabalho.

      Enquanto isso a Providência fazia alguma coisa. No começo, alguns abastados cidadãos tinham prometido grandes doações, mas alguns, mudando suas intenções, empregaram alhures suas beneficências; outros queriam fazer suas ofertas, mas somente mais adiante. Dom Bosco estava em apuros e se aproximava o dia da primeira quinzena. Eram necessárias mil liras. E eis que, por causa do sagrado ministério, Dom Bosco foi chamado para atender a uma pessoa gravemente doente. Jazia imóvel havia três anos, atormentada por tosse e febre com grande fraqueza de estômago. Ela começou a dizer:

      – Se, por acaso, eu pudesse recuperar um pouco a saúde, estaria disposta a fazer qualquer oração, qualquer sacrifício; seria para mim um grande alívio se pudesse tão só me levantar da cama.

      - O que pretenderia fazer?, perguntou Dom Bosco.

      - O que o senhor disser.

      - Faça uma novena a Maria Auxiliadora.

      - O que devo dizer?

      – Por nove dias reze três Pai nosso, Ave Maria e Glória ao Santíssimo Sacramento com três Salve Rainha à Bem-aventurada Virgem.

      - Isto eu farei: e qual obra de caridade?

      - Se achar bom e se conseguir uma verdadeira melhora fará algumas ofertas para a Igreja de Maria Auxiliadora que está sendo construída em Valdocco.

      - Sim, sim; farei isso com muito prazer. Se no decorrer desta novena eu conseguir tão somente levantar da cama e fazer uns passos por este quarto, eu farei uma oferta para esta igreja que me acenou.

      Iniciou a novena e já estava no último dia. Dom Bosco devia naquela noite entregar aos escavadores não menos de mil francos. Foi, portanto, visitar aquela doente. A doméstica lhe abriu a porta e com alegria comunicou que sua patroa estava perfeitamente curada, já tinha feito dois passeios e já tinha ido à igreja para agradecer ao Senhor.

      Enquanto a doméstica falava rapidamente as novidades, eis que apareceu jubilosa a mesma patroa dizendo:

      - Eu estou curada, eu já fui agradecer a Nossa Senhora Santíssima; venha: eis o pacote que lhe preparei, e esta é a primeira oferta, mas certamente não será a última.

      Dom Bosco tomou o pacote e foi para casa, abriu e encontrou cinquenta napoleões (moeda francesa) de ouro, que correspondiam justamente às mil liras de que precisava.

      A partir desse momento, como sabemos, tais e tantas foram as graças de Nossa Senhora aos que colaboraram na construção de sua nova igreja em Valdocco, que bem podemos dizer que foi Ela mesma quem a construiu.  Aedificavit sibi domum Maria (Maria construiu a casa para si. – cf. Pr 9,1).

       

      Padre Osmar A. Bezutte, SDB, é revisor da nova tradução das Memórias Biográficas de São João Bosco (Editora Edebê).

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