Exemplos de santidade na ação social salesiana

Quarta, 27 Dezembro 2023 18:04 Escrito por  Com informações: ANS e MSMT
Exemplos de santidade na ação social salesiana Dom Antonio de Almeida Lustosa, SDB
Em 2023, avançaram as causas de reconhecimento de santidade de alguns salesianos que foram exemplo de vida dedicada a gerar esperança para os mais pobres e excluídos no Brasil.  

 

Dom Antônio de Almeida Lustosa é Venerável!

O decreto sobre a as virtudes heroicas do Servo de Deus Antônio de Almeida Lustosa, que reconhece o Salesiano e bispo emérito de Fortaleza como Venerável, foi anunciado em 22 de junho, durante uma audiência entre o Papa Francisco e o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.

 

Antônio de Almeida Lustosa nasceu na cidade de São João del Rei, MG, em 11 de fevereiro de 1886. Aos 16 anos ingressou no Instituto Salesiano de Cachoeira do Campo, MG e, três anos depois, já se encontrava em Lorena, como noviço e assistente. Após a primeira profissão religiosa, em 1906, tornou-se também professor de Filosofia na mesma época em que estudava Teologia. A profissão perpétua ocorreu em 28 de janeiro de 1912, quando recebeu a ordenação sacerdotal.

 

Após exercer alguns cargos na própria Congregação religiosa, em 1925 foi eleito bispo de Uberaba. Em 1928 foi transferido para Corumbá, MT, e, em 1931, foi promovido a arcebispo de Belém do Pará, onde permaneceu por 10 anos. Em 5 de novembro de 1941 assumiu o cargo de arcebispo de Fortaleza, CE.

 

Em todas as dioceses que dirigiu, dom Lustosa destacou-se pela ação pastoral e social, mas foi na capital cearense que conseguiu estender de forma mais completa essa atenção aos mais pobres e necessitados. Junto com um grande número de iniciativas e ações de caráter social e beneficente, ergueu mais de 30 novas paróquias, 45 escolas para pessoas carentes, 14 postos de saúde na periferia de Fortaleza, a Escola de Serviço Social, os hospitais São José e Cura d'Ars, apenas para citar algumas das obras mais importantes atribuídas ao seu episcopado.

 

Sua ação pastoral articulou-se particularmente no campo da catequese, da educação, das visitas pastorais, no aumento das vocações, na valorização da ação católica, na melhoria das condições de vida dos mais pobres, na defesa dos direitos dos trabalhadores, na renovação do clero, no estabelecimento de novas ordens religiosas no Ceará, sem mencionar sua rica e frutífera atividade de poeta e escritor. Fundou ainda duas congregações religiosas: o Instituto dos Cooperadores do Clero e a Congregação das Josefinas.

 

Onze anos depois de deixar a Arquidiocese de Fortaleza para se retirar na casa salesiana de Carpina, e confinado a uma cadeira de rodas devido a uma queda que lhe provocou uma fratura do fêmur, veio a falecer no dia 14 de agosto de 1974, demonstrando, mesmo durante a doença e o sofrimento, uma atitude exemplar de aceitação plena e incondicional da vontade de Deus.

 

Iniciado o processo de beatificação de Dom Campelo de Aragão

O início do processo de beatificação de dom Campelo de Aragão, SDB e IV bispo da Diocese de Petrolina, ocorreu em 30 de setembro, na Catedral do Sagrado Coração de Jesus e Cristo Rei, em Petrolina, PE. A solenidade foi organizada pelas Irmãs Medianeiras da Paz, congregação fundada por Dom Campelo e o 32° grupo acolhido na Família Salesiana. A missa foi presidida pelo bispo da Diocese de Petrolina, dom Francisco Canindé Palhano, e concelebrada pelos padres salesianos Ilmário de Souza, Laércio José e Francisco Inácio, inspetor da Inspetoria São Luiz Gonzaga.

 

Na ocasião, padre Laércio José escreveu uma mensagem em que traçou a figura desse salesiano pastor e o seu relacionamento com a comunidade citadina e com a Diocese que hoje leva à frente a sua causa de beatificação:

 

“Pastor presente, olhar voltado para os mais pobres, profundamente envolvido com a realidade do tempo. Contribuiu para o desenvolvimento da cidade de Petrolina, ou melhor de toda diocese. Que pela intercessão Nossa Senhora Auxiliadora, seja elevado aos santos altares da Santa Igreja. Oremos pelas irmãs Medianeiras da Paz, que realizam uma bela e nobre missão, indo ao encontro dos mais pobres...”.

 

Padre Francisco Inácio, partilhando uma mensagem pública com dom Canindé Palhano e as Irmãs Medianeiras da Paz, escreveu: “Nós, Salesianos de Dom Bosco no Nordeste do Brasil, a Família Salesiana, de modo especial o Instituto das Irmãs Medianeiras da Paz, rejubilamos no Senhor e entoamos juntos um hino de gratidão a Jesus, Bom Pastor de nossas almas, que suscitou no meio de sua Igreja um pastor zeloso e sábio, prudente e empreendedor, o nosso coirmão dom Antônio Campelo de Aragão”.

 

Na mensagem, o inspetor salesiano também recorda as várias iniciativas de promoção humana, social e de caridade: “Reconhecemos nele, sobretudo a sua profunda fé, um bispo filho de Dom Bosco que entregou-se à missão com incansável ardor, procurando fazer tudo bem, com simplicidade e medida (cf. C 18)”.

 

Comunidade celebra martírio do P. Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo

A comunidade de Meruri, MT, se reuniu para celebrar os 47 anos de memória da morte dos Servos de Deus padre Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo. O evento, realizado no dia 15 de julho, foi marcado por momentos de fé e devoção.

 

A participação expressiva dos fiéis demonstrou a importância e o carinho que a comunidade ainda nutre pelos Servos de Deus. A celebração foi presidida pelo padre João Bosco Maciel, secretário inspetorial, e concelebrada pelo diretor da comunidade salesiana, padre Andelson Dias de Oliveira.

 

À noite, foi a vez da comunidade rezar a Via-Sacra da vida dos Servos de Deus. O momento contou com a participação dos jovens da Rota de Voluntários das Filhas de Maria Auxiliadora, de diferentes regiões, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, além da comunidade Boe Bororo.

 

Durante a cerimônia, o padre João Bosco convidou a todos a rezarem pelos Bororo que estavam presentes naquele dia do sacrifício do sacerdote salesiano e do indígena, como forma de honrar a doação de vida dos Servos de Deus. Atualmente, esses indígenas são os anciãos da comunidade, sendo símbolos vivos da aliança de amor entre os Boe Bororo e os missionários salesianos. Suas vidas são testemunhos da transformação e da harmonia que a mensagem dos Servos de Deus promoveu na comunidade ao longo dos anos.

 

A celebração dos 47 anos de memória da morte dos Servos de Deus Padre Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo reforçou a importância de manter viva a memória e o legado deixado por eles.

 

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Exemplos de santidade na ação social salesiana

Quarta, 27 Dezembro 2023 18:04 Escrito por  Com informações: ANS e MSMT
Exemplos de santidade na ação social salesiana Dom Antonio de Almeida Lustosa, SDB
Em 2023, avançaram as causas de reconhecimento de santidade de alguns salesianos que foram exemplo de vida dedicada a gerar esperança para os mais pobres e excluídos no Brasil.  

 

Dom Antônio de Almeida Lustosa é Venerável!

O decreto sobre a as virtudes heroicas do Servo de Deus Antônio de Almeida Lustosa, que reconhece o Salesiano e bispo emérito de Fortaleza como Venerável, foi anunciado em 22 de junho, durante uma audiência entre o Papa Francisco e o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.

 

Antônio de Almeida Lustosa nasceu na cidade de São João del Rei, MG, em 11 de fevereiro de 1886. Aos 16 anos ingressou no Instituto Salesiano de Cachoeira do Campo, MG e, três anos depois, já se encontrava em Lorena, como noviço e assistente. Após a primeira profissão religiosa, em 1906, tornou-se também professor de Filosofia na mesma época em que estudava Teologia. A profissão perpétua ocorreu em 28 de janeiro de 1912, quando recebeu a ordenação sacerdotal.

 

Após exercer alguns cargos na própria Congregação religiosa, em 1925 foi eleito bispo de Uberaba. Em 1928 foi transferido para Corumbá, MT, e, em 1931, foi promovido a arcebispo de Belém do Pará, onde permaneceu por 10 anos. Em 5 de novembro de 1941 assumiu o cargo de arcebispo de Fortaleza, CE.

 

Em todas as dioceses que dirigiu, dom Lustosa destacou-se pela ação pastoral e social, mas foi na capital cearense que conseguiu estender de forma mais completa essa atenção aos mais pobres e necessitados. Junto com um grande número de iniciativas e ações de caráter social e beneficente, ergueu mais de 30 novas paróquias, 45 escolas para pessoas carentes, 14 postos de saúde na periferia de Fortaleza, a Escola de Serviço Social, os hospitais São José e Cura d'Ars, apenas para citar algumas das obras mais importantes atribuídas ao seu episcopado.

 

Sua ação pastoral articulou-se particularmente no campo da catequese, da educação, das visitas pastorais, no aumento das vocações, na valorização da ação católica, na melhoria das condições de vida dos mais pobres, na defesa dos direitos dos trabalhadores, na renovação do clero, no estabelecimento de novas ordens religiosas no Ceará, sem mencionar sua rica e frutífera atividade de poeta e escritor. Fundou ainda duas congregações religiosas: o Instituto dos Cooperadores do Clero e a Congregação das Josefinas.

 

Onze anos depois de deixar a Arquidiocese de Fortaleza para se retirar na casa salesiana de Carpina, e confinado a uma cadeira de rodas devido a uma queda que lhe provocou uma fratura do fêmur, veio a falecer no dia 14 de agosto de 1974, demonstrando, mesmo durante a doença e o sofrimento, uma atitude exemplar de aceitação plena e incondicional da vontade de Deus.

 

Iniciado o processo de beatificação de Dom Campelo de Aragão

O início do processo de beatificação de dom Campelo de Aragão, SDB e IV bispo da Diocese de Petrolina, ocorreu em 30 de setembro, na Catedral do Sagrado Coração de Jesus e Cristo Rei, em Petrolina, PE. A solenidade foi organizada pelas Irmãs Medianeiras da Paz, congregação fundada por Dom Campelo e o 32° grupo acolhido na Família Salesiana. A missa foi presidida pelo bispo da Diocese de Petrolina, dom Francisco Canindé Palhano, e concelebrada pelos padres salesianos Ilmário de Souza, Laércio José e Francisco Inácio, inspetor da Inspetoria São Luiz Gonzaga.

 

Na ocasião, padre Laércio José escreveu uma mensagem em que traçou a figura desse salesiano pastor e o seu relacionamento com a comunidade citadina e com a Diocese que hoje leva à frente a sua causa de beatificação:

 

“Pastor presente, olhar voltado para os mais pobres, profundamente envolvido com a realidade do tempo. Contribuiu para o desenvolvimento da cidade de Petrolina, ou melhor de toda diocese. Que pela intercessão Nossa Senhora Auxiliadora, seja elevado aos santos altares da Santa Igreja. Oremos pelas irmãs Medianeiras da Paz, que realizam uma bela e nobre missão, indo ao encontro dos mais pobres...”.

 

Padre Francisco Inácio, partilhando uma mensagem pública com dom Canindé Palhano e as Irmãs Medianeiras da Paz, escreveu: “Nós, Salesianos de Dom Bosco no Nordeste do Brasil, a Família Salesiana, de modo especial o Instituto das Irmãs Medianeiras da Paz, rejubilamos no Senhor e entoamos juntos um hino de gratidão a Jesus, Bom Pastor de nossas almas, que suscitou no meio de sua Igreja um pastor zeloso e sábio, prudente e empreendedor, o nosso coirmão dom Antônio Campelo de Aragão”.

 

Na mensagem, o inspetor salesiano também recorda as várias iniciativas de promoção humana, social e de caridade: “Reconhecemos nele, sobretudo a sua profunda fé, um bispo filho de Dom Bosco que entregou-se à missão com incansável ardor, procurando fazer tudo bem, com simplicidade e medida (cf. C 18)”.

 

Comunidade celebra martírio do P. Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo

A comunidade de Meruri, MT, se reuniu para celebrar os 47 anos de memória da morte dos Servos de Deus padre Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo. O evento, realizado no dia 15 de julho, foi marcado por momentos de fé e devoção.

 

A participação expressiva dos fiéis demonstrou a importância e o carinho que a comunidade ainda nutre pelos Servos de Deus. A celebração foi presidida pelo padre João Bosco Maciel, secretário inspetorial, e concelebrada pelo diretor da comunidade salesiana, padre Andelson Dias de Oliveira.

 

À noite, foi a vez da comunidade rezar a Via-Sacra da vida dos Servos de Deus. O momento contou com a participação dos jovens da Rota de Voluntários das Filhas de Maria Auxiliadora, de diferentes regiões, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, além da comunidade Boe Bororo.

 

Durante a cerimônia, o padre João Bosco convidou a todos a rezarem pelos Bororo que estavam presentes naquele dia do sacrifício do sacerdote salesiano e do indígena, como forma de honrar a doação de vida dos Servos de Deus. Atualmente, esses indígenas são os anciãos da comunidade, sendo símbolos vivos da aliança de amor entre os Boe Bororo e os missionários salesianos. Suas vidas são testemunhos da transformação e da harmonia que a mensagem dos Servos de Deus promoveu na comunidade ao longo dos anos.

 

A celebração dos 47 anos de memória da morte dos Servos de Deus Padre Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo reforçou a importância de manter viva a memória e o legado deixado por eles.

 

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