O reconhecimento foi conferido pelo representante do Estado Wilker de Azevedo Barreto à irmã Paola Battagliola, conselheira visitadora do Instituto das FMA, presente em nome da Madre-geral, irmã Chiara Cazzuola, e à irmã Carmelita Conceição, inspetora da Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia.
Wilker de Azevedo Barreto expressou gratidão ao Instituto das FMA “pelo que fizestes e fareis”, reconhecendo a coragem de entrar na região, estando as Salesianas até agora presentes na comunidade onde o acesso é difícil. E sublinhou que “só a vocação, só o amor a abrir-se” torna possível esta presença.
O ministro encorajou a assembleia a fazer conhecida a obra das Filhas de Maria Auxiliadora, expressando a necessidade de auxiliar, com recursos públicos, as obras que hoje levam adiante, através das quais podem atingir as pessoas onde o estado não chega a se tornar presente.
Em nome da Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia, irmã Carmelita Conceição agradeceu ao ministro pela homenagem e a todos os que colaboram nas diversas obras da Congregação no Estado de Amazonas.
Irmã Carmelita destacou que a presença não começou na capital, mas “num dos lugares de difícil acesso da nossa região, a cidade de São Gabriel da Cachoeira”, sublinhando a coragem que permitiu alcançar este reconhecimento, fruto “da generosidade das superioras da época que acreditaram na proteção de Deus e da solidariedade de tantas pessoas envolvidas nesta missão”, para realizar o sonho de Dom Bosco e Maria Mazzarello.
A inspetora também evidenciou como agora “muitas FMA pertencem às etnias e hoje traduzem o carisma salesiano na linguagem diversificada dos povos da Amazônia, motivo para nós de grande orgulho e agradecimento a Deus, autor de toda vocação”.
Irmã Carmelita recordou “todas as irmãs que nos precederam”, que “ultrapassaram as barreiras da língua, da alimentação, do clima, do modo de viver o cotidiano das comunidades”, que “ensinaram e aprenderam a amar e a cuidar da mãe terra, a acolher a diversidade cultural e construir juntos um modo de se empenharem pela sobrevivência do planeta”.
Falando da missão salesiana de hoje e do trabalho que continua a ser realizado no campo da educação, dos centros sociais e das casas de acolhida, das paróquias e ambulatórios nas comunidades indígenas e ribeirinhas, expressou por fim o desejo “de que as dificuldades não nos tolham a coragem de ser profetas de um mundo em que todos tenham direito à vida, à saúde e à educação”, sustentando a importância de caminhar em sinodalidade.
Fonte: Portal das FMA com CNBB