Papa Francisco articula sua exortação em 177 pontos, distribuídos por cinco capítulos. No primeiro, expõe o assunto principal: a santidade não é outra coisa que a vida cotidiana vivida de maneira extraordinária. Para exemplificar, o Papa cita exemplos de santidade no dia a dia: "pais que criam seus filhos com tanto amor", "homens e mulheres que trabalham para levar o pão para casa", "religiosos idosos que continuam sorrindo"...
No segundo capítulo, o Papa apresenta dois perigos para a santidade: o gnosticismo e o pelagianismo. O primeiro porque atribui valor excessivo ao conhecimento religioso; Francisco adverte contra o risco de "transformar a experiência cristã em um conjunto de ruminações mentais"; e o segundo porque refere-se a uma atitude que leva em conta "unicamente a própria força" e esquece que "a falta de um reconhecimento sincero e sofrido de nossos limites é justamente o que impede uma melhor ação da graça em nós".
No terceiro capítulo, o Pontífice analisa aquela que pode ser considerada como "a regra" da vida cristã: as bem-aventuranças. Examinando-as uma por uma, ele revela que a santidade se manifesta através do cumprimento das atitudes que estas implicam.
No quarto capítulo, o Papa Francisco apresenta algumas características que representam o mundo contemporâneo, das quais os cristãos podem se apropriar ao longo do caminho da santidade. Das mais previsíveis - perseverança, paciência, mansidão - a outras talvez menos esperadas como alegria e senso de humor, por exemplo - sem nunca esquecer a necessidade de agir com audácia e fervor, em um caminho que é sempre feito em comunidade.
Enfim, no último capítulo o Papa não nega que o caminho para a santidade também é feito de combate: contra a mentalidade mundana, contra as próprias inclinações desordenadas, mas também claramente contra o Maligno.