- Fundado em 1990, portanto há mais de 26 anos, o LAR DOM BOSCO é uma obra salesiana que acolhe adolescentes em situação de vulnerabilidade social desta cidade. Centenas deles foram acolhidos nesta instituição num serviço de assistência e promoção humana sempre dentro dos marcos legais.
- Atento aos desafios sociais, atualmente atende adolescentes em conflito com a lei e adolescentes egressos de abrigos. O LAR DOM BOSCO DE Porto Alegre é uma instituição com foco determinado: ADOLESCENTES.
- No dia 25 de novembro de 2016 fomos surpreendidos com a invasão de pessoas pertencentes a um grupo sem personalidade jurídica que se autointitula Coletivo Olga Benário. Há mais de oito meses não podemos mais entrar nesta casa.
- Dentro do estado democrático de direito, procuramos junto à Justiça competente a reintegração de posse desta obra social. Atuamos dentro dos marcos legais e temos uma missão bem definida. É inconcebível que um movimento social, por mais relevante que seja sua missão, queira destituir outro grupo social obstruindo sua atuação.
- Entre idas e vindas jurídicas, o Tribunal de Justiça confirmou a ordem de reintegração de posse. Resta cumprir a decisão liminar proferida pelo juízo de primeiro grau em novembro de 2016.
- A casa do Lar Dom Bosco não tem estrutura de residência (abrigagem). Fatos recentes, como a Boate Kiss, estão a indicar que não se pode brincar com o fogo. O processo judicial é uma proteção nossa contra eventuais problemas decorrentes desta realidade. Denunciamos autoridades constituídas que, apesar de saber disto, encaminham mulheres com medidas protetivas para esta casa.
- Não entramos no mérito da atuação das ocupantes. Não aceitamos, porém, o moralismo de quem exige de nós uma postura que não tiveram quando da ocupação e, muito menos aceitamos interpelações e ofensas nas redes sociais tão somente por estarmos defendendo o direito dos adolescentes tão vítimas quanto as mulheres da crueldade de um sistema que os marginaliza.
- É inconcebível que nossa cidade não tenha uma estrutura adequada para acolher mulheres em situação de violência e com medidas protetivas. É vergonhoso para o poder executivo e legislativo de nosso estado que não tenham sido capazes até hoje de construir a Casa da Mulher Brasileira.
- Apelamos às autoridades competentes para que adotem efetivamente políticas públicas consistentes para resolver situações urgentes e necessárias junto aos mais necessitados da sociedade.
Porto Alegre, 31 de julho de 2017.