A expedição começou dia 7 e vai até 14 de julho, com a participação de 34 pessoas, dentre elas: 26 acadêmicos de diversos cursos, das cidades de Araçatuba e Lins, o responsável pela equipe de colaboradores da Pastoral Universitária, padre Guillermo Morales Velazquez, as coordenadoras de cursos, professora Juliana Mitidiero (Educação Física) e Mirella Justi (Psicologia), ambas do UniSALESIANO de Araçatuba; professores de Lins e agentes de pastoral, Leosino Eduardo de Sousa, Rafael Rodrigues dos Santos e Talita Cristina Cavicchio.
Neste ano, consta uma atividade diferenciada no cronograma de ações, que é a revitalização do pomar na aldeia de São Marcos. Segundo Juliana, alunos do curso de Agronomia realizaram um estudo para saber quais tipos de mudas seriam interessantes ser plantadas, conforme as características da terra da aldeia. “Vamos fazer o plantio de pitanga, goiaba, cereja-do-rio-grande, entre outras”, disse.
Conforme o cronograma, os integrantes do projeto participam, junto com os índios, de celebrações religiosas, palestras, visitas, atividades recreativas (pintura e danças), jogos de futebol, coleta de lixo, oficinas de materiais recicláveis, entre outras ações.
“Vamos seguir a programação do ano passado, trabalhando os três eixos, que são a educação, meio ambiente e saúde”, completou a coordenadora do curso de Educação Física, ao ressaltar que os alunos conseguiram doações diversas de patrocinadores.
“Eles arrecadaram muitos produtos que são usados nas atividades recreativas e lúdicas, como tinta e papel. Há ainda muitas roupas, sapatos e matérias didáticos. ” A academia Physicus, de Auriflama, por exemplo, doou 70 bolsas e uniformes para os índios jogarem futebol.
Diário virtual
Os interessados na expedição podem acompanhar as ações promovidas diariamente nas aldeias por meio de um “diário virtual”, que está sendo feito pelos agentes de pastoral. “São relatos, vídeos e fotos que aproximam todos que têm interesse em nossa expedição”, explicou Rafael Rodrigues dos Santos.
Para o vice-reitor do UniSALESIANO, professor André Ornellas, a presença salesiana nas missões indígenas existe há mais de 100 anos e este trabalho com os alunos é para diversificar suas atividades, além do que já é feito nas regiões de Araçatuba e Lins.
“Quando retornam da viagem, a gente faz um bate-papo e eles deixam claro que a experiência é fantástica. É uma mudança de vida”, disse, ao lembrar do relato de um aluno que pensava que tinha problema, mas viu que não era ‘nada’ quando visitou as aldeias. “Quando voltou de lá, disse que não ia mais reclamar”.
Ornellas afirmou ser importante ressaltar a criação dos projetos para melhoria das aldeias, em várias áreas: agronomia, de arquitetura, saúde, entre outros. “É um projeto amplo e o mais importante é que o aluno veja a realidade que está tão longe e, ao mesmo tempo, tão perto. E que eles saibam que são parte do trabalho dos salesianos que atuam para melhorar a vida dos índios, sem interferir na cultura deles”, concluiu.
Fonte: Monique Bueno