Segundo o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, resgatar essa história é valorizar o esforço de seus protagonistas. “Eu penso que é uma homenagem aos nossos antepassados que construíram esse ambiente com tanto esforço, carinho e dificuldade. O trabalho da Igreja nesse torrão onde começou tudo no Brasil continua e está ligado à fé dos nossos antepassados”, constata.
Para a criação deste Centro foi mobilizada uma equipe com mais de 50 pessoas, entre pesquisadores, operários, restauradores e outros profissionais coordenados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo é desvendar a História iniciada no século XVIII.
O consultor responsável pelo projeto museográfico do palácio, Luiz Fernando de Almeida, explica que a proposta da equipe é construir uma narrativa com a História da Igreja, da Literatura, das Artes e da ocupação do território brasileiro. Ele confirma o fato de ser naquele local onde a Igreja no Brasil nasceu. “São indícios documentais, uma vez que esse edifício é construído no século XVIII como sede da Igreja na Bahia, que na verdade dirigia a Igreja no Brasil e o nosso desafio é contar isso de maneira leve, estruturada, capaz de atrair as pessoas e fazer que elas compreendam mais a sua história”.
Além disso, o projeto visa a transformar o Palácio Arquiepiscopal em um espaço de restauração, principalmente dos acervos documentais e móveis da Bahia. As imagens e materiais concentrados no Arquivo da Arquidiocese de Salvador, considerado o mais rico da América Latina, serão transferidos para os laboratórios do Centro de Referência, onde serão tratados e conservados.
Inspetoria São João Bosco com informações da ACI Digital