A proposta surgiu com a adoção do livro “Viver Perigosamente” para estudo, que tem dentre seus objetivos mobilizar a comunidade escolar por meio da construção de games sobre assuntos como drogas e bullying. “O game está no dia a dia dos nossos alunos. E porque não, eles criarem seus próprios games? Lançamos esse desafio, pois vimos nesta proposta uma ferramenta útil para fugir da monotonia da sala de aula, além de utilizar o lúdico para a perspectiva educativa. Empregamos a linguagem de programação como facilitadora do processo de ensino-aprendizagem, desenvolvendo a construção do jogo em si, destacando sua relevância científica e social”, explica o professor Emerson de Oliveira, um dos orientadores deste projeto.
Para criar os games educativos, os alunos precisaram estudar sobre a temática trabalhada afim de expandir seu aprendizado. “Sabemos que as crianças são muito atraídas pela tecnologia e pelos jogos, e ter a oportunidade de desenvolver a disciplina com essa ferramenta dentro da escola é muito produtivo”, explica Neide Medeiros, coordenadora do laboratório de informática. Animados com o projeto, cinco duplas de alunos do colégio foram além e estão participando do Concurso de Criação de Games, de abrangência nacional, que premiará educando, orientador e escola que desenvolverem o melhor game dentro das especificações solicitadas. O resultado final será divulgado no dia 9 de outubro.
Com uma proposta educacional do uso do jogo, os alunos conseguem desenvolver capacidades úteis para a sua vida em sociedade. Por exemplo, aprendem a planejar ações, selecionar informações de acordo com os critérios estabelecidos, tomar decisões, organizar, relacionar e interpretar dados dispostos de diferentes formas e linguagens. Além disso, desenvolvem o raciocínio baseado em hipóteses e deduções, enfrentam situações problemas e socializam as decisões. “O aprendizado deve ter como foco uma perspectiva cidadã no intuito de construir um mundo mais justo e igualitário, pois os jovens de hoje serão o futuro do nosso país. Eles precisam aprender esses conteúdos sociais para encarar e buscar soluções em situações desafiadoras impostas pelo nosso cotidiano”, finaliza o educador Emerson de Oliveira.
A metodologia facilita o processo educacional da geração digital que chega às salas de aula e faz parte do ensino de linguagem e códigos.